feehMantovanny 13/12/2021
Criei expectativas e fui completamente decepcionado
Eu sou muito fã do Vítor DiCastro e do Deboche Astral e por lá conheci esse livro. Na hora, achei que era tudo o que eu precisava: um livro que falasse sobre signos e inferno astral.
Ganhei o livro em um amigo secreto do meu clube de leituras coletiva e mal podia ver a hora de lê-lo.
Eis que chegou o momento e eu fui com sede ao pote e foi decepção atrás de decepção. Por vezes eu larguei o livro porque estava chato demais, mas retomava porque me recusava a não terminar de ler.
Sobre o livro: Deboche astral conta a história de Lucas, um ariano que acha que o mundo gira em torno de seu umbigo e ele se acha debochado (que de deboche não tem nada, ele é bem mal educado mesmo). Ele trabalha em um canal de televisão em um programa de entrevistas e certo dia ele entrevista Dandara, uma astróloga, que, depois de ser muito desrespeitada durante a entrevista, lhe joga uma praga, onde ele deverá apreender a se por no lugar do outro, e enquanto ele não aprende, ele viverá, a cada dia, o infernal astral de cada signo. A cada dia ele passa por um signo diferente, começando pelo dele (Áries) até o último (Peixes), e se ao final do décimo segundo dia, ele não aprender a ter empatia, ele sofrerá a maldição para sempre. Coincidentemente, ele faz aniversário dali a 12 dias e ainda deve uma nota preta para um agiota que ele também tem que pagar dali as 12 dias.
Acho que o autor, por mais incrível e engraçado que ele é, e dominador de assuntos astrológicos, ele pecou muito no desenvolvimento do livro. O personagem principal é muito chato (e não, não melhora conforme ele passa a "ser" de outro signo). É muito chato e irritante pois ele usa ditados, referências, memes, linguagem que nós, LGBTQIA+, usamos, mas ele faz isso de uma forma tão exagerada que se torna chato, irritante e muito caricato.
A redenção do personagem acontece de uma forma porca, que eu mesmo não me convenci e o plot twist envolvendo o agiota (e suas motivações) foram muita preguiçosas.
Sei que o que não foi bom pra mim pode ser muito bom pra você, mas de coração: eu não indico esse livro pra ninguém.