Autobiografia precoce

Autobiografia precoce Pagu




Resenhas - Autobiografia precoce


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luceliamesquita 31/03/2024

"Procurava talvez a humanidade e ela não existia na humanidade."

Pequeno retrato de uma trajetória marcada por desilusões, perseguições, abnegação e amor pela luta política.

PS: e que raiva do Oswald de Andrade!!!
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Tuyl 08/01/2021

Livro muito bom! Fundamental para conhecer uma figura importantíssima da nossa literatura, mas que tem pouco reconhecimento
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Artemis 27/07/2023

"Falo ainda deste corpo e da inquietação que ele carregava."
Ouvi falar sobre Pagu em uma postagem de uma editora,fiquei intrigada com o nome bonito e diferente,então resolvi pesquisar sobre a figura que o pertencia: Patrícia Galvão,descobri que além de brasileira,era uma mulher a mil anos luz de sua época,que viveu centenas de vidas dentro de uma só e que era dona de uma natureza intensa e um espírito inquieto. A autobiografia "precoce" de Pagu demarca sua escrita cortante e fervorosa,revelando seu gênio político e humanidade latente. Durante a leitura é como ser guiado por ela ? e pelos termos dela ? através das memórias de uma mulher comprometida com tudo aquilo que lhe despertava inquietação.
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@pedroliterario 13/07/2021

Um livro corajoso.
?Pagu: autobiografia precoce?, de Pagu.

Figura mais conhecida no meio acadêmico e cultural, Pagu e é uma das personalidades mais fortes que o Brasil já teve. Retratada na maioria das vezes à sombra de seu ex-marido Oswald de Andrade, Pagu teve uma importante produção literária e foi protagonista na militância comunista da década de 1930, sendo presa 37 vezes. Numa dessas saídas da prisão, escreveu esta autobiografia.

Dos livros biograficos que li, esse foi o mais diferente. Tanto por ser uma autobiografia como também pela coragem em falar de temas espinhosos como sexo, papel da mulher na sociedade, comunismo, maternidade, etc. Outro fator interessante é a forma de divisão do livro. Não há capítulos demarcados, apenas pausas, o que dá um certo tom de diário inconstante no relato. Como se auto-define, ?Hoje chego a achar cômica essa maneira de contar coisas, cortando uma vida em partes, deixando para amanhã o resto, voltando sempre a um ponto de partida diferente. Estávamos aqui, estávamos ali?.

Por ser um relato dirigido a alguém conhecido - no caso o marido Geraldo Ferraz - há diversas lacunas que o leitor precisa utilizar a imaginação para preencher. Um estilo que nos aproxima dessas pessoas e situações já que, ao lê-lo, também nos tornamos o receptor dessa mensagem.

Me chamou atenção também a relação de Pagu com seu sexo e com a sexualidade, ambos sempre em destaque no livro e objetificado pelos homens ao redor. Escrito em 1940, é impressionante notar que pouco mudou nessa relação abusiva da sociedade com o feminino. Pagu acredita ter substituído todos os aspectos da condição humana, como a vaidade, em prol de sua atuação política. Considero isso um autoengano, já que a vaidade e o exibicionismo de Pagu era relacionado, também, à sua atuação política. E isso é o que mais impressiona: um relato humano, cheio de nuances e profundidade, dúvidas, incoerências feito com a mais pura coragem.

?? Nota: 4,5 de 5
? Páginas: 144

#pedroliterario #bookstagram #livros #leitura #literaturabrasileira #pagu #modernismo
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Natalia Faria 01/07/2023

O sentimento para com este livro é o de que para realmente ter uma ideia de alguém, é preciso buscar as palavras da própria pessoa. Patrícia Galvão, a Pagu, é na minha opinião uma das figuras mais malcompreendidas da história brasileira e confirmo isso ao ler o que antes eram apenas cartas ao seu segundo marido contando-lhe sobre sua vida e que foram transformadas postumamente nesta autobiografia.

É doloroso acompanhar sua jornada, escrito sem reservas quanto aos acontecimentos. A sexualização precoce de seu corpo, o casamento com Oswald de Andrade, suas viagens, as inúmeras vezes em que precisou provar seu valor para com o partido comunista, a descrença. Patrícia se absteve do conforto, da identidade e até mesmo de seu filho, por acreditar na revolução. Não consigo imaginar o quão difícil tudo isso deve ter sido. Só me fez valorizar ainda mais a mulher que ela foi.

"Procurava talvez a humanidade e ela não existia na humanidade".
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JAQUELINE.ARGOLO 30/03/2023

Relatos de uma revolucionária
Recomendo o relato autobiográfico dessa mulher singular: Patricia Galvão, a Pagu. Além de narrar um pouco sobre seus relacionamentos, ela também discorre sobre sua militância política, suas dificuldades/lutas e sobre seu desencantamento com o regime soviético.
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gablues 19/02/2023

Uma das figuras mais esquisitas da história brasileira, a mulher vivia o equivalente a uma vida inteira num ano só, enfim, livro muito bom pra quem tem curiosidade em saber mais sobre a história de Pagu (meio óbvio isso).
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Marca texto verde 12/11/2022

Pagu
Estava procurando algo leve pra ler mas uma amigo me recomendou esse livro (e preciso dizer que é a minha primeira biografia) e não me arrependo de ler.
Como o título diz "autobiografia precoce", o livro é a própria Pagu (Patrícia Galvão) contando em formato de carta momentos de sua vida, desde a sua infância até o momento que ela fica decepcionada com o comunismo na Rússia.
Em muitos momentos você vai odiar o Oswald (de Andrade), os homens e o partido comunista brasileiro; no final da leitura você pode continuar achando que tudo é uma merda ou que algumas medidas são necessárias. Mas se quiser pode encontrar um meio termo, mas para isso você precisa ler e tirar suas próprias conclusões.
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Michele 27/07/2022

Conhecendo Pagu
Esta é uma autobiografia da escritora Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. A obra é de importância não apenas literária, mas também histórica, trazendo as reflexões de Pagu sobre temas como sua liberdade sexual em tempos tão puritanos e seu ingresso no Partido Comunista.
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Leo Ratão 06/08/2021

A Pagu é muito mais foda do que eu podia imaginar!
Ritmo... Tragédia. Superação. Força.
Acho que isso da o conteúdo da vida e a forma como Patrícia Galvão conta.

Tem uma narrativa rápida, um ritmo intenso de intercalar tragédias onde tem vez  a força que só o acreditar no crepúsculo do dia e na primavera da revolução podem trazer.

É interessante que a Pagu narra de um jeito meio poético e complicado. Ela só é mais clara, mais concreta quando fala dos dias de comício, lutas, prisões.

A biografia dela mostra um aspecto muito doido do PCB. A forma como agem a direção burocrática: parece menos um partido, menos militantes revolucionários e mais agentes do FBI e coisas do tipo. Inegavelmente pessoas dispostas, disciplinadas... mas nao se parecem com militantes que lutam pelos ideais que fundaram Internacional Comunista.
Namoral, livro foda!
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Letícia 14/03/2022

Recomendo demais!
Muito bom ler as palavras da Pagu e conhecer um pouco da sua história... Ela foi uma mulher admirável, sensível, que lutou bravamente pelos seus ideais. Pensava no coletivo. Amava seu filho e, por isso, o via em cada criança do mundo, fazendo trabalhos de base para que não fosse uma mera utopia o fato de que ninguém passe fome num mundo tão desigual, tirano e cheio de recursos.
Infelizmente, devido ao machismo, Pagu foi sexualizada desde criança...ela mesma menciona que está cansada de ser vista como sexo. Entende que teria muito mais liberdade se tivesse nascido homem.
Uma mulher incrível que não distinguia o sexo de cada camarada, pois entendia todos como parte de uma mesma classe dominada e explorada.
Mesmo nascendo em família de classe média, saiu cedo de casa e passou muito perrengue, morou em pensões cheias de baratas, trabalhou na metalurgia... enfim, estava literalmente ao lado do povo trabalhador que lutava por seus direitos e contra a repressão da ditadura Vargas. Ela se doou muito e não foi valorizada por isso o quanto deveria...
Me irritou o autoritarismo do partido comunista que, em dado momento, não permitiu que Pagu - que precisava de trabalho pra se manter - trabalhasse em empregos que tinha conseguido em jornais, só pq era um trabalho intelectual e eles queriam que ela fosse operária pra mostrar que estava com eles (?).
Como se o trabalho intelectual fosse algo que não fizesse parte da classe trabalhadora. Muita ingenuidade e ignorância...
Além do machismo da época que, obviamente, reverbera até hoje inclusive na esquerda!
Tirando essas questões, a luta coletiva da época foi muito inspiradora. Os trabalhadores se viam realmente como classe...
Pagu precisa ser mais lembrada e conhecida, que mulher inspiradora, necessária e importante!
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clara 18/02/2022

a maior que temos!!
uma pessoa que passou por tanto sofrimento e não tinha ideia da sua importância. com tanta dor, escrevia palavras lindas, impressionantes. pagu, te amo tanto que nem sei
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