Identidade

Identidade Nella Larsen
Nella Larsen




Resenhas - Identidade


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Danielly.Clezar 19/03/2021

Eu gostei muito desse livro porque me mostrou algo que eu nunca presenciei e nem tinha escutado falar mas é muito comum: o negro que nega sua identidade. Passei a história toda tentando intervir em situações e chacoalhar todo mundo hehehe
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Tati 16/03/2021

Irene Redfield vive bem. Casou-se com um médico, que assim como ela, é afro-americano e, por isso, ao seu lado, sente que não precisa fingir ser alguém que não lhe agradaria. De todo o seu passado, as únicas coisas que restaram foram o bairro, Harlem, em que ainda reside, e as lembranças, permeadas pelos pequenos momentos em que mesmo criança, soube, pelo modo como seu pai conversava com a família, que ser uma mulher negra em um país racista significava lutar contra muitas coisas, dia após dia, apenas por existir. Ela só não esperava ver seu passado novamente.

Clare Kendry cresceu muito próxima de Irene, mas seus caminhos foram totalmente opostos. Com uma infância cruzada pela violência e a negligência do pai alcoólatra, Clare, ainda muito nova, aprendeu a conseguir das pessoas aquilo que precisasse para sobreviver, através de sua aparência. O sorriso milimetricamente calculado, os olhos que fingem se interessar por cada história que se conta, e todos os trejeitos sempre tão bem pensados foram o que a içaram para, segundo ela, uma vida melhor, muito longe do bairro de sua infância. Até o dia em que encontrou com Irene novamente, por acaso, e apresentou seu marido para ela: um homem branco com falas racistas que, Irene não sabe como, parece não perceber que sua esposa, mesmo que com a chamada pele clara, também é negra. Identidade, publicado por Nella Larsen em 1929, alterna então entre dois momentos da vida de Irene: o antes e o depois do encontro com Clare, e sua dificuldade em apresentar e explicar as questões envolvidas pela raça para alguém que tanto fugiu desta.

Continuação da resenha no link abaixo

site: https://www.queridoclassico.com/2021/01/identidade-nella-larsen.html
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Lara Mélo 12/03/2021

"muita gente finge ser o que não é o tempo todo"
O livro de Nella Larsen tem como cenário a sociedade norte-americana na década de 1920, quando a segregação racial era escancarada, até legalizada, e não havia nenhuma vergonha ou hesitação em chamar os negros de "crioulos sujos".

A história tem como enredo principal o risco de fingir ser branco quando se tem sangue negro e vai tratar da volta súbita de Clare Kendry à vida de Irene Redfield, a voz da história. Clare é uma mestiça que engana o marido e a sociedade se passando por branca e, em dado momento, deseja se reaproximar da sociedade negra do Harlem, independente dos problemas que isso pode acarretar para sua vida e daqueles com quem convive.

Os diálogos das personagens principais sempre são permeados por palavras como raça, mestiços, negros, brancos, crioulos, etc. e choca em alguns momentos com frases como "temer que ela tivesse a pele escura" ou "ninguém quer uma criança negra".

Mas será que chocam mesmo? Quando paramos para pensar no racismo estrutural tão negado no Brasil lembramos que, em 2021, ainda há pessoas que julgam e diferenciam os outros pela cor da pele. Sabemos que ainda se morre, se passa fome, se sofre muito mais por ser negro.

Sinceramente, no fim da leitura, não consegui definir o que é mais difícil: viver num país em que as pessoas de pele clara com ascendência negra se passavam por brancas e escondiam suas raízes ou em um no qual se chegou a acreditar no mito da democracia racial, em que os mestiços de brancos, negros e indígenas "viveriam em harmonia" quando o que existe, na verdade, são desigualdades sociais diretamente relacionadas a questões raciais se perpetuando através dos séculos.
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Gabi Florence 07/03/2021

Surpreendente!
"? Você ficaria surpresa, Rene, se soubesse como as coisas são mais fáceis com os brancos do que com a gente.
Talvez porque haja tantos deles ou talvez porque eles se sentem seguros e não precisam se preocupar. Nunca cheguei a uma conclusão."

Comecei a ler esse livro sem muita expectativa e sem saber muito sobre a história, peguei o ebook quando estava de graça, por já ter ouvido falar nele. Resolvi fazer a leitura e me surpreendi muito com o enredo. Temos aqui a história de duas mulheres, que eram amigas na infância e com o passar dos anos se distanciaram e perderam o contato. Anos depois, se encontram por acaso em um café e depois de um momento de constrangimento, por Irene não reconhecer a amiga, Clare, elas começam a conversar e percebem que suas vidas tomaram rumos muito diferentes.
Ambas são negras, mas adotaram posturas antagônicas para lidar com o preconceito e a discriminação existente na sociedade americana na década de 1920. O racismo e os debates sobre o tema são muito presentes no livro, a questão de pertencimento e fuga das origens também. Gostei muito da escrita e não esperava que a história terminasse de forma tão intensa.
O livro é curto e fiquei muito envolvida, então consegui realizar a leitura em poucos dias.
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skuser02844 04/03/2021

O livro fala sobre o reencontro de Irene Redfield e Clare Kendry após perderem contato durante a adolescência. Elas são mulheres negras que podem se passar por brancas. A partir daí acompanhamos como a lealdade a sua raça muda a dinâmica na vida, na família e na comunidade de Irene. O livro é curto, e as vezes um pouco raso, com pouco aprofundamento nos personagens. Apesar disso temos uma boa discussão não apenas sobre raça mas também sobre classe e gênero.
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Tha 19/02/2021

Ótimo!
Esse livro é ótimo e só melhora a cada página. A história vai se tornando cada vez mais envolvente e os personagens cada vez mais complexos.

Infelizmente, essa edição da HarperCollins necessita urgente de uma revisão mais atenta.
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Olivera1 18/02/2021

Identidade
Gente, esse livro foi sensacional. A escrita da autora é meio confusa às vezes, mas deve-se ao fato de ter muitas coisas subentendidas, em uma linha ela quer dizer muitas coisas e foi algo que achei bem interessante.
É um livro muito importante que trata questões raciais, sociais e de gênero, indico demais a leitura. Também fala muito sobre a questão da passividade e do processo de embranquecimento de pessoas negras e de como isso afeta a subjetividade da pessoa e causa um sofrimento psíquico (que no caso do livro percebi por um sentimento de solidão, de não pertencimento e de perda de identidade, no caso de Clare).
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Lais da Mata 16/02/2021

A história é muito boa, me fez pensar bastante. Mas achei a escrita um pouco confusa.
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Luana 12/02/2021

Identidade
Estava com expectativas muito altas no livro, acerca da temática, autora. Acabei me decepcionando, esperava mais! Não recomendo
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Janaína 07/02/2021

Pautas que se cruzam.
Em poucas páginas, a autora consegue pautar várias questões que nos são caras. Questões raciais, sociais e de gênero se entrelaçam nesse livro. Recomendo a leitura. [Fiquei imaginando essa história num filme]
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Michele 06/02/2021

IDENTIDADE, RAÇA E RACISMO
Li recentemente o livro IDENTIDADE, escrito pela estadunidense Nella Larsen e publicado pela primeira vez em 1929, chegando ao Brasil apenas em 2020.

A trama segue o ponto de vista da personagem Irene Redfield, que reencontra depois de muitos anos a sua amiga Clare Kendry. Ambas são mulheres negras com pele muito clara.

Diferente de Irene, Clare rejeitou a sua origem e passou a se apresentar como uma branca “por ascendência” a fim de poder ocupar todos os espaços. E foi mais além: se casou com um homem branco, racista e que nada sabia sobre a origem da esposa.

A obra coteja a diferença no conceito de liberdade em relação às escolhas feitas pelas duas personagens. A primeira vive a tranquilidade da vida honesta e as limitações impostas aos negros. A segunda pode usufruir da passabilidade, mas carrega o medo constante de ser desmascarada.

O livro acabou conversando com outra leitura que eu havia feito um pouco antes: RACISMO LINGUÍSTICO, de Gabriel Nascimento, que descortina as mazelas do racismo estrutural em relação à língua.

Gabriel Nascimento salienta que o termo RAÇA foi criado pelos brancos europeus no período colonial a fim de se distinguirem dos habitantes das colônias e, a partir disso, se autoconceituam como seres superiores e legitimam a sua ação predatória em relação aos colonizados.

Assim, o autor coloca que “o conceito de raça sempre é fruto de violência e não de um processo intrínseco de reivindicação da identidade.”

Nesse sentido, naturalmente, surge a ideia de que negar a “raça” é uma forma de se obter mais prestígio dentro da sociedade.

A questão parece ser fundamental pra entendermos a obra. O próprio título – IDENTIDADE – ressalta que assumir quem você é consiste numa posição de resistência, numa forma de se impor à sociedade ainda excludente como um sujeito ativo que não se permite oprimir.

“Esta língua e esta raça não são minhas, mas agora eu as uso para a luta”, diz Gabriel Nascimento.

IDENTIDADE traz uma trama simples que se engrandece quando fazemos as conexões apropriadas – daí a importância do resgate de certas obras.
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Nat 04/02/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
Livro que “ganhei de presente da Amazon”, já que foi gratuito para o Kindle. Não li a sinopse antes de começar o livro e, quando comecei, achei que seria romance gay. Então, fiquei bastante surpreendida quando a história passou a abordar a identidade de raça – o que achar de uma negra que se passa por branca? Fiquei bastante surpresa com o final.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Faluz 30/01/2021

Passagem
Livro escrito em 1929 que retrata a questão de pertencer a um grupo. Aqui no caso como pessoas negras de pele clara podem passar-se por brancas. Mas isso traz o peso da renúncia a sua ancestralidade, que apesar de adormecida clama por expor-se.
Livro curto com narrativa envolvente nos situa num mundo feminino com muitos temas que podem ser mais aprofundados na sua discussão.
Como a arte nos perpassa. Lançado em 1929 traz uma temática tão presente.
Boa leitura.


Releitura: março/2021

"Qual o caminho mais sábio e infinitamente mais feliz?"

Vemos duas amigas que suscitam amor e ódio entre si. Aparentemente apresentam versões distantes diante da questão racial na sociedade em que estão inseridas. Porém, a grande reflexão que nos revela é até que ponto isso acontece? Como enfrentam a sociedade, cada uma com sua possibilidade de vida?
Mesmo escrito em 1929 ele revela questionamentos presentes até hoje na sociedade.
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Luana Lavareda 29/01/2021

Sutil
Tão sutil que fica morno, não foi uma leitura que me prendeu, mas a escrita é MUITO boa!
Sobre o assunto, eu fiquei com essa pulga atrás da orelha da Clare se passar por branca... tenho muito a estudar sobre colorismo, sei que nos EUA é diferente do Brasil, mas gostaria de saber como a autora imaginou as personagens. Gostei do final porque dá uma quebra boa
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