Resenhas - Na corda bamba

Vanessa2056 07/11/2021

Necessário e realista.
A Kiley trouxe uma história muito fiel à realidade sobre racismo, riqueza, privilégio branco e fetichismo de pessoas negras.
Pessoas brancas que pensam estarem sendo antiracistas apenas por namorar, empregar ou ter amigos negros, mas na realidade são ações que não passam de um racismo enraizado e velado.
Cada um enxerga o racismo do próximo, mas não percebe o racismo que é perpetuado por si mesmo.

Para mim foi uma leitura rápida e gostosa, mas ao mesmo tempo foi bastante impactante acompanhar essa tentativa de relação entre os personagens.

Gabi 14/11/2021

Uma premissa interessante que me deixou com altas expectativas para a história, mas a história acabou se perdendo. O acontecimento descrito na sinopse acontece nas primeiras páginas do livro, mas acaba sendo completamente ignorado depois. Apesar de abordar o fetichismo para com mulheres negras e pessoas que acreditam que não são racistas simplesmente por terem amigos negros, a história esquece de falar sobre racismo. Parece contraditório, mas é o que acontece. Parecia que o foco era o relacionamento entre Emira e Briar. Ou talvez o foco fosse o fato de que tanto Kelley quanto Alix eram obcecados por controle e por pagarem de bonzinhos para a Emira. Seja lá em qual assunto a história estava focando, definitivamente não era no racismo que Emira sofreu, que é o que a sinopse promete. Queria que Emira tivesse sido melhor explorada, as coisas que ela pensa/sente são muito comuns, mas não vejo isso ser tão abordado nos livros. (A sensação de que você está "atrasado" em comparação com outras pessoas.) Enfim, o livro tem um bom potencial, mas senti que a história se perdeu demais e desperdiçou esse potencial.

Stella Moraes 15/11/2021

Um livro incrível!
Em um primeiro momento, esse livro parece ser apenas mais um romance.

No entanto, conforme a história vai acontecendo, o livro mostra duas versões da mesma história e vai construindo a narrativa em cima da personagem principal, Emira, que tem seu amor e atenção disputados por duas pessoas que se odeiam.

Um livro que oferece duas perspectivas completamente opostas a respeito do racismo.

Com certeza é um livro que te faz pensar com uma história envolvente e personagens interessantes.

Douglas 16/11/2021

Estou vendo resenhas e vendo muita gente falar que está desapontada com o livro, que a sinopse promete algo e não cumpre, eu posso até entender a parte de que a sinopse pode passar uma certa ideia, mas é apenas uma sinopse, mostrando o plot, não o desenvolvimento. Então é questão de expectativa do leitor para com o livro.

O livro trata de racismo, tanto o que viraliza, como o dá história, como aquele que está tão presente que por vezes pode ser até passar despercebido.

A autora escolhe outros caminhos e foge do obvio, esse não é um livro sobre um grande acontecimento, ele é só um ponta pé, pra um estudo de personagens e pessoas, diante de situações de confronto, uma analise sobre o entendimento do mundo de cada um e dos outros, que a autora faz muito bem na minha opinião e com uma narrativa muito ágil, talvez o fato de não ser um drama sobre racismo, da maneira como muitos podem acabar esperando, pode acabar afastar alguns leitores, mas a autora aborda questões raciais do começo ao fim, o leitor só precisa estar atendo pois está tudo ali.

A escrita da autora é muito agradável e rápida, apesar do tipo de história que ela resolver contar não ser repleta de reviravoltas e acontecimentos, criando personagens detestáveis, e superficiais, mas nunca unidimensionais. Minha única questão é quanto ao final um pouco corrido e algumas partes arrastada, mas foi uma leitura muito boa.

Rosy 25/11/2021

Tinha tudo pra ser bom
Como o título, tinha tudo pra ser bom, porém não foi. A premissa é mto boa, intrigante. Falar sobre o racismo é sempre bom, gerar esse debate é mto válido. Mas ficou só nisso. Não foi debatido tão a fundo, embora tivessem coisas sutis, q dava pra pegar essa ideia. Contudo, ele foi pra outros caminhos. Não ficou no que parecia ser o foco principal. Ficou parecendo um briga de ex namorados que não se superaram (pelo menos não ambas as partes) com uma outra pessoa no meio, que era negra. O q realmente fazia vir a tona algumas das questões importantes do livro.
Mas achei tudo mto básico, sem mto enfoque. Não gostei dos personagens, não torci pra ngm, nem pra Emira (q ainda é a menos pior de todos, mas tbm mto pacífica).
Só gostei da temática, que não foi mto aprofundada, e da relação da Emira com a Briar. O resto, não valeu de nada pra mim.
Uma pena, pq tinha boas expectativas pra esse livro, porém deixou bastante a desejar.
Recomendo apenas pra gerar um debate mais a fundo sobre o racismo e sobre como isso pode impactar tudo na vida de quem o sofre.

lubento 01/12/2021

E aí branquitude?
Por mais que a autora afirme que não era essa a sua pretensão, o livro é uma grade provocação às pessoas brancas que querem ser antirracistas mas não conseguem abrir mão da posição de branco salvador do mundo.

Livro muito bom pela premissa, mas deixa a desejar um pouco no ritmo. A leitura envolve quem se interessa pelo tema, pelas complexidades das relações humanas. Mas a história é morna e não tem aquele apelo que faz a gente ficar louca pra saber o final.

Jordanna.Cardoso 11/12/2021

Um livro sutil
Bem, são várias coisas importantes para se pontuar nesse livro, mas em suma, ele retrata o racismo de forma muito sutil, são os micro racismo estilo senhorita morello.

_pam0808 13/12/2021

Com exceção do relacionamento da Mira com a Briar, achei a leitura um pouco morna? Você se revolta na cena do Market Depot, sente um incrível desconforto pelas tentativas de aproximação da Sra. Chamberlain e fica naquela expectativa com a cena de Ação de Graças, mas não vai muito além disso.

Bru.knutz 22/12/2021

Gostei
Acho que as pessoas sempre esperam que todos os livros que leem sejam tipo "UAAL" mudou minha vida, porém, um livro pode não entregar tudo isso e ainda ser bom.

É o caso desse livro. Li super rápido, me fez pensar em várias coisas, achei ótimo, mas não é o melhor livro que já li.

Gustavo G Camargo 27/12/2021

Emira, Alix e Briar
Livro perfeito pra mim. A confusa e dificultosa relação entre a Emira e a Alix, que tentava demais, o amor da Emira pela Briar, de partir o coração, e todas as peculiaridades desse livro me conquistaram.

A Alix é realmente uma working mom e se revela vulnerável e imperfeita em vários momentos da narrativa, o que me fez olhar pra ela com admiração e raiva ao mesmo tempo, já que ela tem boas intenções, mas ultrapassa vários limites.

A Emira, por outro lado, passa por um momento pelo qual todo jovem adulto já teve que enfrentar. Ela se sente atrasada pelos amigos parecerem mais bem sucedidos, é pressionada por não ter um emprego de ?adulta? ainda, tem dúvidas em relação à carreira e medo do futuro.

A Briar é um capítulo à parte. A autora capturou muito bem a essência e energia que os pequenos normalmente têm e como resultado vemos uma personagem inocente, curiosa e cativante.

Um detalhe pequeno, mas que eu gostei e foi novidade pra mim, é que a autora tem um vocabulário bem atual, com palavras como Uber, por exemplo. Isso fez com que eu me sentisse mais conectado com a história.

Vou sentir muita saudade das personagens e recomendo muito a leitura. Acredito que esse livro poderia facilmente se tornar uma série, tanto por ser leve no enredo quanto por ter personagens muito carismáticos.

saraiva 29/12/2021

divertido e reflexivo
o livro conta a história de Emira, uma jovem negra de 25 anos que é acusada do sequestro da menina que cuidava como babá em um mercado de gente rica. a partir daí a história do livro se desenrola, assim como sua relação com Kelley (homem que filmou o ocorrido) e Alix (sua chefe).

foi um livro muito divertido, ri horrores com Emira e suas amigas Zara, Shaunie e Josefa. além disso, me fez pensar muito sobre certas questões que estão enraizadas na nossa cabeça e nem percebemos, tipo o "uniforme" (depois até tive uma conversa cabeça com um amigo meu). eu gostei demais e recomendo bastante!!

Manu 22/01/2022

Talvez tenha ido com muita sede ao pote.. ou talvez não tenha entendido realmente o enredo só livro. Mas não deu muito certo para mim, infelizmente, pq eu estava muito esperançosa sobre a história do livro.
Mas uma coisa eu entendi, o racismo não está só no momento com o segurança no mercado. Na verdade, o tempo todo há vislumbres de racismo. Quando a Alix ou o Kelley não aceitam que a Emira sabe o que é melhor para ela, quando eles tentam a todo custo "salvar" ela sem perceber que na verdade estão fazendo por eles e não por ela.
Achei o livro meio arrastado. Mas tem ensinamentos necessários!

Alice Lazzarini 24/01/2022

a melhor coisa que tem nesse livro é a relação da Emira com a Briar. Gostei também da tensão entre a Briar e a mãe, mas queria que isso tivesse sido mais bem trabalhado. E a Alix é psicopata e precisa de tratamento psicológico para ontem. E o namorado da Emira, meu deus, só queria socar a cara dele

J K 25/01/2022

Emira é uma babá de 25 anos que, embora ame seu trabalho com a sua pessoinha favorita (uma menina de três anos), ela sabe que esse não é um trabalho de verdade.

Ela basicamente tem vários surtos quanto a isso, pois enquanto todas as suas amigas estão com carteiras assinadas e ganhando até que bem, ela só faz um "bico" e mal paga as contas.

Entre esses surtos que são ótimos de se acompanhar temos alguns dramas bem desenvolvidos e muitas discussões sobre raça/racismo tanto do ponto de vista de negro, quanto branco. Questões como fetichização de pessoas negras, sobretudo mulheres, são algumas das que temos bem discutidas nesse livro.

Além disso tudo há a grande carga de emoções. Adorei as cenas da Briar e Emira juntas, amei o fato de a autora não ignorar a existência de crianças pequenas em quase todo o livro, de modo que vez ou outra há frases sem sentidos sendo ditas de forma bem fofa.

O final me deixou agitadissíma. Sabe quando as máscaras vão caindo e você fica tipo "não é possível uma coisa dessas..."? Foi assim. E amei a sensação.

Enfim né, indico a leitura. No mínimo você vai se divertir com a Briar. Oi talvez você vai adorar assim como eu.