spoiler visualizarLet_almeida 13/02/2022
Clichês e imaturidade
Francamente esperava mais, praticamente todos os personagens do livro anterior tiveram seu character development jogado no lixo, e, quando conseguiam ter um momento de evolução, só serviu pra neutralizar a regressão da maior parte do livro (voltando a estaca zero do final do anterior). Isso porque, quando o personagem não tem mudança de caráter, acaba caindo em situações e frases clichês (estou falando com você Roen). Também sinto que a autora estava holding on no relacionamento da Amari e Tzain como o motivo de os leitores continuarem entretidos, mas eu não poderia ligar menos pra esse casal sem sal e infantil.
Além disso, a própria narrativa era cheia de inconsistências, incluindo a presença dos titans que foi mal explicada e, sinceramente, só pra encher mais um livro. Ao invés de eles investirem no desenvolvimento de uma guerra real e revolução de um povo reprimido contra o poder político e mental dos nobres (presente em toda a História do mundo), escolheram trazer esse detalhe super desnecessário que torna todo o trabalho de trazer a magia de volta pointless (que era pra os majis terem como se defender).
No final, apesar de eles trazerem mais uma morte desnecessária (Mazeli poderia servir de sacrifício ao invés da Mama Agba), ver os poderes da Zelie valorizados e evoluindo é satisfatório, assim como a pura felicidade de vê-la com os reapers (melhor parte do livro). Ademais, foi refrescante ver a comunhão dos Ylica, uma representação poderosa e unida dos maji. Quase esqueci de falar, também gostei bastante do final, um drama e curiosidade que realmente parece interessante.