O pássaro secreto

O pássaro secreto Marilia Arnaud




Resenhas - O pássaro secreto


372 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Lívia 18/06/2021

Diferente e com gatilhos
Aglaia é uma personagem profunda e com transtornos mentais e alimentares. É difícil ver seu sofrimento com a nova irmã que começa a viver sua vida. Conversem e façam terapia.
comentários(0)comente



Aline.Bernardi 18/06/2021

Profundo e polêmico
O livro é muito bem escrito. No início, a linha do tempo é um pouco confusa, mas ao decorrer da leitura, fica mais claro e muito interessante. A temática é sobre distúrbios psíquicos. Consegui me identificar bastante pois convivo com essa situação no âmbito familiar. Penso que possa servir para desmistificar alguns preconceitos sobre esse assunto.
Reflexão: Tudo na vida é uma questão de probabilidade. Desenvolver câncer é probabilidade. Ganhar na loteria é probabilidade. Portanto, façamos escolhas que favoreçam as nossas.
comentários(0)comente



Victor Vale 19/06/2021

Aglaia é mesquinha, violenta, perigosa e incrivelmente humana. Seus sentimentos amplificados são nossas vergonhas mais internas, mas nela escancaradas. Sua doença rompe pra realidade o que não temos coragem de admitir nem para nós mesmo! Incrível jornada da incrivente crível Aglaia.
comentários(0)comente



Vanessa.Benko 19/06/2021

Felicidade não era algo de se ter por esforço...
Preciso começar sobre a escrita: não desista. O começo vou interessante e me apaixonei nas metáforas. Depois ficou cansativo e repetitivo todo aquele sofrimento. Nos 70% voltei a ter empatia. E ao fim, tudo foi ainda mais chocante. Coisas que não entendemos, mas aceitamos.
Sobre o tema discutido: a depressão definitivamente não tem um consenso. Ela não tem necessariamente um começo nem um motivo. Ela não tem padrão. Ela arrasa de diferentes formas e as reações dos que apenas observam são infinitas. O livro me passou uma lição de nunca julgar, por mais prazeroso que isso possa ser. Há algo mais forte que a tristeza. O silêncio pode dizer mais do que palavras. E que feridas abertas não falam. Feridas abertas sangram!
comentários(0)comente



Michele 21/06/2021

Bastante indigesto
Pra mim, a leitura já teria valido a pena só pela escrita da Marília Arnaud e pelas descrições da vida da avó Sarita na cidadezinha chamada Saudade, que me conquistaram de imediato. Mas temos também os conflitos complexos da protagonista, e acompanhar tudo de dentro de sua mente desde o início fez que com eu, apesar de não concordar com suas atitudes, entendesse os motivos que a levaram ao extremo. Não consigo julgá-la antes de julgar seus pais, colegas e pessoas de seu convívio em geral, que não foram capazes de atender nenhum de seus pedidos de socorro camuflados em seu comportamento inconstante e agressivo.
Sobre o final, até agora não sei se achei exagerado e acrescentado apenas para chocar ainda mais o leitor, ou se entendi a proposta da autora, mas não consigo e nem posso dar menos que 5 estrelas pra esse livro.
comentários(0)comente



Vitor.Stenner 21/06/2021

de Clarice a Mean Girls
Começa como uma investigação da psique humana viciante alá Clarice, no meio vira um conto de vingança teen e no final, por um breve momento, se torna um delírio que não leva a lugar algum. É uma delícia de leitura, você entra dentro da cabeça da Aglaia, e cheguei a acreditar que fosse uma versão da história de vida da autora de tão reais que são os personagens e acontecimentos, mas pelo que vi é tudo ficção mesmo. Incrível. São pessoas muito bem construídas, sabe?

Uma delícia de leitura, achei uma pena que alguns pontos ficaram sem nó e algumas expectativas foram criadas em vão, porém temos também que prescindir que caso alguns desfechos fossem dados eles poderiam ser mais insatisfatórios (ou piegas) que ausência de um desfeito. Mesmo considerando que essas expectativas foram construídas de forma a te induzir a pensar nelas como os pilares principais da leitura, apesar delas não serem tudo o que prometem, a leitura em si é, então você sai da leitura mais satisfeitos e feliz com a experiência do que desapontado. É muito gostoso e fácil de ler, apesar de abordar temas pesados. Amei. Agora pensando, também queria ter conhecido melhor uma das personagens, acho que esse livro poderia bem ter uma continuação hein?.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



ElisaCazorla 22/06/2021

Maldita adolescência!
Toda transição é complicada. Sair de um lugar conhecido e passar a habitar um outro completamente desconhecido e nada agradável gera ansiedade, insegurança, falta de perspectiva, angústia, terror. Mudar de cidade é um dos exemplos, mudar de emprego ou perder o emprego são exemplos disso. Mas talvez a pior transição é deixar de ser criança e passar a habitar o corpo e a mente de uma adolescente. Tormento. Inferno.
Para a grande maioria de nós a adolescência é um período de um turbilhão de mudanças que não entendemos, não conseguimos controlar e detestamos cada minuto dessa fase infernal! Este livro foi para mim quase um espelho da minha adolescência atormentada e tumultuada. Eu detestei me tornar adolescente e ter que permanecer ali anos e anos. Foi com grande alívio e êxtase que ingressei na vida adulta e deixei pra trás a aquela adolescente como se eu estivesse abandonando uma carcaça, um cadáver de algum bicho apodrecido numa estrada abandonada. Um dos motivos de não ter tido filhos foi para não infligir esse tormento a outro ser vivo.
É um grande mistério e um complicado paradoxo pensar que raros são os adultos que conseguem lidar com os adolescentes mas todo o adulto passou, necessariamente, por essa fase maldita. Por que não conseguimos ser o adulto que gostaríamos de ter tido em nossa adolescência?
Ser adolescente é ter constantemente uma coisa, que não é você, que não te pertence, que invadiu o seu estômago e sua mente, apodrecendo dentro de você. Passando por um processo de putrefação não silencioso e sim barulhento, fedorento e enlouquecedor.
Maldita adolescência!
Gostei da narrativa da autora. Fácil de ler e de construir empatia pela protagonista e narradora mesmo que algumas vezes chegamos perto de detestá-la.
Ela é muito feliz em trazer à superfície os tormentos íntimos da adolescência. O que os adultos poderiam ter feito para amenizar aquela angústia? Ter contado aquilo que parecia desnecessário ajudaria? Talvez sim. Será que há formas de remediar essa fase odiável? Gostaria de ter podido dormir dos 10 aos 17 anos. Teria sido muito melhor não ter vivido essa fase maldita.
Se as transições são difíceis, a adolescência é a pior delas. Quem conseguir afirmar isso quer dizer que conseguiu sobreviver a esse tormento.
comentários(0)comente



Zelinha.Rossi 22/06/2021

Perturbador, mas brilhante
Em primeiro lugar, queria dizer que este livro foi, dos que li até hoje, aquele em que mais marquei citações. A escrita da autora é repleta de frases que nos levam a uma profunda reflexão, além de ser muito envolvente (não conseguia parar de ler). A personagem principal, Aglaia, é muito complexa. Sofrendo com problemas de autoestima (devido à obesidade, à falta de atenção do pai, aos bullyings sofridos na escola e à falta de amigos), Aglaia vê sua vida desmoronar com a chegada da meia-irmã Thalie, bela e que, sem aparentemente qualquer esforço, consegue cativar a todos. Aglaia me colocou em um dilema constante: em muitas vezes, suas atitudes movidas pelo ódio e pelo sentimento de "por que Thalie tem tudo e eu não tenho nada?" me chocaram e revoltaram profundamente; mas apesar disso, não consegui deixar de sentir muita compaixão por ela e de pensar se as coisas não poderiam ser diferentes se ela tivesse o amor do pai, se não sentisse que a vida da mãe girava totalmente em busca das migalhas do marido e se o amigo e amado Demian não a tivesse deixado de lado. Particularmente, me partiu o coração quando ela diz que "Até o último instante em que permaneceu ao meu lado, desejei com toda a intensidade do pensamento, que ele recuasse e me dissesse "Isso não parece certo, Aglaia, não estamos sendo justos com você. É ao nosso lado que deve ficar, vamos cuidar de você, filha", me abrisse os braços, me apertasse dentro deles e me levasse de volta para casa." O livro é perturbador principalmente por mostrar a luta constante da personagem contra a "Coisa", que nada mais é do que uma luta psicológica ferrenha com sua mente, ferida por tanta falta de amor ("Deveria existir uma lei dispondo sobre o amor para todos, com igualdade de forma e quantidade. Acho que isso facilitaria a vida das pessoas"). Por isso, em muitos momentos, o livro me deixou sufocada (outro motivo para que eu não parasse de ler - a vontade de acabar com aquele martírio rsrs). Para finalizar, seguem algumas das muitas brilhantes citações da obra:

"Um dia me disse, naquele discurso bonito de médico de almas, que não é o outro quem nos enloquece, tudo é uma questão de aceitação de si mesmo, e um dia, quando eu conseguisse acolher minha face mais sombria, mais imperfeita, mais bem oculta de mim, finalmente estaria livre para ser feliz."

"Se era para me esforçar em ser feliz, eu me esforçava... Ocorre que felicidade não era algo de se ter por esforço, pois ele, em si, já afastava a possibilidade do sentimento."

"Descobri que é preciso estocar no coração uma porção generosa de amor azul, fazer uma reserva para tempos de amor sombrio, de amor que machuca, enlouquece e mata."

"Naquele instante pensei que talvez fossem os medos que enlouquecessem as pessoas, e que fosse para escapar deles que elas se retiravam de si mesmas."

"Há muitos anos digo aos médicos que podemos escapar de lugares, pessoas, situações, mas não de nós mesmos."
comentários(0)comente



Cris 25/06/2021

Reflexões sobre problemas mentais.
Livros também servem para reflexões e discussões. Esse aqui não é diferente. Através de uma trama tensa sobre transtornos psicológicos, frutos de problemas de aceitação, a autora tece uma narrativa lírica e doída. O excesso de lirismo é um dos pontos fracos do livro, por vezes dando um tom de conto de fadas que busca leveza na escrita em contraste com a tenebrosidade do tema. A personagem é isso: repleta de defeitos e problemas mentais vai justificando suas ações no decorrer das páginas. Não busca perdão ou redenção perante os leitores. Busca isso dentro do seu círculo familiar e não encontra. Recomendado para pessoas que gostam de dramas psicológicos que não fazem juízo sobre a personalidade dos anti-heois. Se seu objetivo de leitura é distração, romance, heroísmo e escapismo esse aqui não é pra você. Achei o final arrebatador.
comentários(0)comente



Cris609 27/06/2021

Super bem escrito, o livro me deteve em uma reação nova: sublinhar frases extremamente bem construídas e reflexivas.

"não é o outro quem nos enlouquece, tudo é uma aceitação de si mesmo e, um dia, quando eu conseguisse acolher minha face mais sombria, mais imperfeita, mais bem oculta em mim, finalmente estaria livre para ser feliz."

A história de Aglaia Negromonte expõe o quanto é difícil conviver com os próprios sentimentos e com os sentimentos alheios. A raiva e o ciúme, que consomem a vida da personagem, são vistos como doença mental, falta de caráter, maldade. Em nenhum momento eles são tratados como realmente são. E acredito que esse fato é que os fazem tomar proporções asfixiantes.

Essa falta de habilidade em lidar com os sentimentos não é exclusividade de Aglaia e de sua família. É uma deficiência da humanidade. Encontrar a paz dentro de si é uma das tarefas mais complexas. Somente olhando tediosamente para dentro e aceitando o que se encontra lá é que conseguimos ser livres. Não há nada mais libertador do que a calmaria da reflexão.
comentários(0)comente



Tehil 27/06/2021

A Tag nunca decepciona. Faz tempo que não leio nada tão cru. Tão possível! Um enredo que é impossível não se identificar em alguma momento. Onde as dores todas, da alma estão lá. Expostas... Sensacional. Triste de tão bonito.
comentários(0)comente



Ju 28/06/2021

O que é difícil de falar
Só quem já teve uma crise de ansiedade, pânico ou depressão vai entender bem como a delicadeza da autora em abordar um assunto onde muitos acham ser banais. A coisa que vive dentro do ansioso e do depressivo ?
comentários(0)comente



Lurdynha_ 29/06/2021

Para ser o ganhador do prêmio Kindle eu esperava mais do enredo, achei a história um pouco confusa.
comentários(0)comente



372 encontrados | exibindo 151 a 166
11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR