A mulher ruiva

A mulher ruiva Orhan Pamuk




Resenhas - A mulher ruiva


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Lilian 02/12/2021

O livro me surpreendeu, é uma história super envolvente, porém em alguns momentos fica um pouco entediante e o final era o que eu esperava.
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Celia.Mattos 11/12/2021

O livro acompanha a história de Cem Çelik, um jovem turco que vive com os pais em Istambul. Quando está com dezesseis anos, seu pai, envolvido na militância política, deixa a família sem nenhum aviso, e Cem começa a trabalhar para ajudar nas despesas da casa.
Ele se torna aprendiz de cavador de poços junto a mestre Mahmut, na pequena cidade de Öngören, nos arredores de Istambul. Enquanto estão juntos cavando o poço, a relação entre Cem e Mahmut se torna mais próxima de uma relação entre pai e filho. Contudo, conforme o poço parece cada vez mais sem sucesso, o relacionamento entre os dois começa a se deteriorar. Em meio a isso o rapaz conhece a mulher ruiva, uma atriz de teatro com o dobro da sua idade, por quem ele se apaixona, mas o mestre o proíbe de visitar o local onde ela atua, mas Cem passa a procurar qualquer desculpa para vê-la, mesmo que a distância. Devido a um incidente durante o trabalho no poço, ele volta para Istambul e para a casa da mãe.
Cem vai para a faculdade, se casa, e se torna dono de uma empreiteira. Ele e a esposa não conseguem ter filhos, e se concentram em sua empresa, enquanto Cem vive rodeado pelas lembranças do que aconteceu em Öngören. Acredito que contar além disso revelaria detalhes e reviravoltas que são mais interessantes que se descubram ao longo da leitura.
A narrativa é um tanto arrastada, e é um pouco difícil se apegar à história de cara, mas conforme os segredos e mistérios vão se revelando, a história envolve o leitor.
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Jana 30/01/2021

?A vida imita o mito!?
Adorei, foi um livro que, com certeza, me acrescentou bastante!! Pra quem tinha uma rasa noção sobre o mito de Édipo, e nenhuma sobre o mito de Rostam e Sohrab, foi ótimo mergulhar numa reflexão sobre eles.

Também gostei da imersão na cultura, história da turquia, das referências do autor a pinturas, livros e outras obras famosas da antiguidade. Gostei até mesmo de saber o que é ?raki?.

Por girar em torno de um tema que parece restringir o enredo em parricídio/filicídio, achei que o autor conseguiu trazer muitas reviravoltas inesperadas, até nas últimas páginas!! Vale muito a pena.
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A Dama E Os Livros 11/03/2021

A Mulher Ruiva
Um romance cheio de mistério e que surpreende a cada página. Era pra ser só um serviço temporário, era apenas para cavar um poço...surge um teatro, surge uma mulher ruiva e principalmente surge um afeto...e deste,um amor incompreensível.
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Paulinha 30/01/2021

Grata surpresa
Adorei a experiência, a escrita é o ponto forte dessa narrativa que começa despretensiosa, mas que vai abrindo caminhos interessantes. Recomendo
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Lara Moreira 02/02/2021

“Parece que todos nós desejaríamos ter um pai forte e decidido nos dizendo o que fazer e o que não fazer. Será que esse desejo nasce da dificuldade de distinguir o que devemos do que não devemos fazer, o que é certo do que é errado? Ou se deve o fato de precisarmos o tempo todo nos convencer de que somos inocentes e não pecadores? A necessidade de um pai existe. Sempre ou nos a sentimos apenas quando estamos confusos ou angustiados, quando nosso mundo está vindo abaixo?” (Pág 172)

Romance dividido em 3 partes, traz a história de Cem Çeliç, que divide com o leitor suas angústias e incertezas sobre a vida, além de reflexões sobre relação pai e filho. A primeira parte é mais lenta e filosófica, já a segunda é bem marcada por ações que possuem um desfecho significativo na terceira parte. O autor Orhan Pamuk marca por sua escrita fluida e com enredo que discute bastante símbolos mitológicos como Édipo Rei e Rostam e Sohrab. Leitura bem envolvente e que necessita de um cuidado do leitor para os diálogos que entrelaçam os capítulos.
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Pedro Nunes 02/02/2021

O Poço
A Mulher Ruiva é o nome do livro enviado em janeiro para os assinantes da TAG Curadoria. Foi escolhido pelo Milton Hatoum, o curador do mês, e escrito por Orhan Pamuk, que foi Nobel de Literatura em 2006 e que eu, até então, desconhecia completamente.

A história, narrada em primeira pessoa, fala sobre um rapaz cujo pai, envolvido em um movimento político de esquerda, um dia desaparece, durante um governo ditatorial na Turquia, deixando para trás a mulher e o filho que nos conta a história. Já adolescente, o filho, para juntar dinheiro, começa a trabalhar como ajudante de um cavador de poços, nos arredores de uma cidadezinha próxima a Istambul. Nessa cidadezinha ele vê uma mulher ruiva, por quem desenvolve obsessão. Ao mesmo tempo, o cavador de poços que toma o rapaz como auxiliar desenvolve com ele uma relação abertamente paternal e sutilmente antagônica.

O autor traça a história com base em duas histórias de conflito entre pai e filho: Édipo Rei e a lenda de Rostam e Sohrab, do Shahnameh, um poema épico persa escrito há coisa de um milênio atrás. Os paralelos com essas duas histórias - a do filho que mata o pai e a do pai que mata o filho, respectivamente - são abundantes e eu não estou jogando nenhum spoiler no seu colo ao dizer isso: está na contracapa do livro, entrar nesse tema é uma intenção clara do autor desde os primeiros capítulos.

Um paralelo que me parece muito mais gritante, entretanto, e sobre o qual não li muito a respeito no material de análise da história enviado pela Tag - tanto no conteúdo destinado a ser prefácio quanto no prólogo -, o que me faz considerar que talvez tenha passado batido à equipe da Tag, é o da narrativa com a atividade de cavador de poços. A narrativa sobre o poço, as dificuldades, a rotina, todo o processo, é análoga à narrativa de vida do personagem em diversos sentidos, com todos os detalhes sobre as diferentes camadas que precisam ser removidas do caminho até a chegada a algum lençol freático, a incerteza sobre encontrar água ou não (e quando), a sensação de que não vão encontrar nada e a insistência em cavar o poço apesar disso... toda essa etapa da primeira parte do livro me explicou muito mais sobre a segunda do que toda a abordagem geracional (que não é mal desenvolvida pelo autor, nem fora de propósito, mas me parece um recurso muito mais batido do que essa questão do poço).

Aqui não vou entrar em detalhes, justamente para não estragar a experiência do livro a quem resolver lê-lo. Mas se você também assina a Tag e também recebeu esse volume (e leu), bora trocar uma ideia.

A escrita do autor é feita de estruturas diretas, sem grandes volteios e sem a construção de suspenses desnecessários. Poucas pausas para descrição, também. O tipo de ritmo que te permite ler mais de trinta páginas de uma vez, sem precisar colocar o cérebro em stand by, como muitas vezes acontece nesses "page turners".

Um livro fácil de ler, inteligente, bem-escrito e bem amarrado. Me causa estranheza que o autor não seja mais conhecido pro lado de cá. Depois deste, vou buscar mais coisas dele.
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Zezinho 02/02/2021

A mulher ruiva
Achei o livro espetacular! Reviravoltas, buscas míticas, tragédia ao sabor das tragédias gregas! A busca pelo pai, o abandono, a revolta... A busca pelo filho, o desconhecimento de si, a angústia...
O livro apresenta dois mitos.miito antigos, o de Edipo e o de Sohrab, isto tanto nos apresenta o enredo, como nos faz delinear um desfecho.
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Marques60 11/03/2021

Reflexões
Vale a pena ler o livro mais pelas reflexões e demonstrações culturais que ele faz do que pela história em si. No decorrer, já temos uma ideia do que vai acontecer pela quase obsessão de Cem, e apesar de muito descritivo, não achei monótono.
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Helissa 27/08/2022

Livraço
Um excelente livro que traz outra perspectiva de mundo, com base no oriente, no sentimento de não pertencimento, dentre outros temas importantes para a condição humana.
Recomendo!
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Renata 12/02/2021

Não sei se criei expectativas devido às avaliações e comentários sobre esse livro, ou se ando enjoada mesmo.

Detestei. Só se salva o fato de poder conhecer um pouco uma cultura diferente da minha, mas só. Devia ter aberto um guia de viagens, ganhava mais.
Erika 17/02/2021minha estante
Minha opinião também é bem sincera. Achei bem mediano. Para não dizer ruim. Não gostei .


Debora 05/03/2021minha estante
Eu também odiei. Não se puna. Rs


Renata 05/03/2021minha estante
Boa! Kkkk




Jose.Maltaca 01/04/2021

Um Espetáculo de Coincidências
A vida é pautada por coincidências e por dramas que se assemelham a expressões artísticas, as quais sempre têm uma finalidade e uma conclusão bem delineadas. Assim parece o mundo descrito por Orhan Pamuk em A Mulher Ruiva, livro publicado originalmente em 2016. Se o autor tratasse a sua narrativa como fábula, isso seria um elemento enriquecedor da experiência literária, mas ao tratar de temas reais e bater reiteradamente na não fidedignidade, Pamuk distancia o leitor de uma experiência fantástica e cai nas águas profundas da irrealidade. O enredo do livro é composto por dualismos entre pais e filhos e pela reprodução na vida de um conto ocidental (a história de Édipo Rei) e de um oriental (Rostam e Sohrab). Assim, o protagonista oscila entre duas figuras paternas e todos os desdobramentos que dessa oscilação se sobressaem remetem ao parricídio ou ao filicídio. Tudo é amarrado por uma série de coincidências absurdamente convenientes, as quais são conectadas por um enredo que cobre um período de décadas.

Outro tema central é o de que a arte é um reflexo da vida e as expressões artísticas tendem a se repetir indefinidamente. Contudo, o que se percebe na leitura é o contrário: a obsessão pela arte dita os rumos das personagens. E o que mais agrava é o fato de que, na concepção de Pamuk, as histórias se repetem e sempre são reproduzidas em um círculo vicioso, tornando a arte um movimento estéril de mera reprodução de padrões já estabelecidos. Esta ideia é absurda para uma pessoa que escreve livros e acredita no potencial transformador de manifestações artísticas. Logo, o que poderia ser uma ode à escrita e ao teatro assume a forma de um manifesto à influência circular que a arte causa na vida e a vida na arte, fazendo com que cometamos sempre os mesmos equívocos. O livro torna-se mais um exercício sobre a obsessão – expresso na figura do interminável poço – do que sobre a relação complexa entre a arte e a vida. Assim, perde-se o foco e a mensagem central.

Por fim, o livro é dividido em três partes, as quais não mantêm um ritmo fluido. Tanto a primeira quanto a segunda são compostas de eventos esparsos, arrastados e cheios de descrições que pouco contribuem para o andamento da narrativa. Ao fim destes trechos, alguns eventos chocantes ocorrem de forma acelerada. A terceira parte funciona como uma explicação e uma amarração das pontas soltas deixadas pela obra. Todavia, a conclusão em si a e introdução da um personagem extremamente antipático deixam um gosto amargo ao fim da história: Pamuk falha ao tentar despertar no leitor a simpatia por este personagem, ao mesmo tempo em que usa um artifício barato para tentar dizer que o livro inteiro era outra coisa, e não o que o leitor supunha. Não obstante, o A Mulher Ruiva consegue entreter, não somente pelo valor do choque de algumas passagens, mas pela escrita, a qual é elegante, mas também acessível. É um livro que pode agradar pela quantidade de viradas que o enredo proporciona, mas que poderia ter sido muito melhor se fosse mais bem amarrado e elaborasse melhor seus simbolismos.
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Sayd 04/04/2021

Divagações interessantíssimas
Acompanhamos a jornada de vida do jovem Çem, seus sonhos, seus traumas e suas paixões até a pessoa em quem ele se tornou. O autor consegue trabalhar, a partir dessas divagações do protagonista, pensamentos interessantíssimo sobre os laços de família e a ganância humana. Recomendo!
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