Resenhas - Klara e o Sol

Anna.Giulia 04/12/2021

Acabo o livro sem entender 10% da história. As dúvidas que tive ao longo da leitura não foram desenvolvidas nem explicadas

Heidi Gisele Borges 11/11/2021

História delicada, tão gostosa de ler, tão bem descrita sem exagerar nas descrições.

Virei fã do autor e quero ler mais, sem dúvida!

distritodoslivros 05/12/2022

Klara, o sol e a moral da história (?)
Esse livro definitivamente não marcou a minha vida do jeito que eu esperava, deve ser por isso que até esqueci de escrever a resenha dele.

O livro mostra uma Inteligência Artificial (ou amiga artificial como eles chamam) que tem um senso de percepção avançado e é uau tão moderna e profunda, mas eu achei ela bem bobinha.

A história em si não tem muito nexo, mas acho que o foco principal era o comportamento da Klara perante as situações, mas levando em consideração o fim do livro, não entendi muito bem a moral da história e o objetivo da narrativa.

Ouvi falar mto bem desse livro e esperava uma coisa que me deixasse ???, mas no fim achei um texto tão cabeça que perdi o fio da meada.

luisguedes 08/08/2023

O que nos torna únicos?
Nessa história, exploramos um mundo tecnológico onde as IAs fazem parte do dia a dia das pessoas. A época e o local dos eventos não são claramente definidos, mas isso não tem um impacto forte na história. O foco está em Klara, uma IA robótica que aguarda junto com outras IAs até serem compradas. A trama se desenvolve a partir do momento em que Klara é adquirida por Josie, uma garota muito solitária que deseja que a IA seja sua amiga.

A narrativa é apresentada da perspectiva de Klara, que observa diariamente os conflitos que envolvem sua nova família. A compreensão de Klara sobre o mundo é limitada pelos conhecimentos que ela possui como IA, o que frequentemente a leva a ter uma visão literal e ingênua de sua realidade. Não acredito que seja uma referência do autor ao escrever esse livro, mas para quem jogou "Detroit: Become Human", Klara lembra muito a robô Kara. Já o comportamento de Klara faz muitas referências às três leis da robótica propostas por Isaac Asimov.

O livro provoca muitas reflexões atuais sobre os limites que a inteligência artificial pode alcançar. Chegará o momento em que o contato humano será substituído por robôs? É algo para se pensar.

No geral, a história é bastante leve e agradável. Gostaria muito que fosse adaptada para o cinema em forma de filme ou animação. Sem dúvida, foi uma ótima primeira escolha para conhecer o trabalho desse autor incrível.

amannda 17/04/2023

?¿
Não sei não viu ... depois que a menina se curou magicamente e eu vi que esse livro tem uns fãs cristãos eu fiquei meio meeehh. O que eu havia gostado no livro era justamente a ilusão da Klara de atribuir qualidades e divindade a algo que ela simplesmente não conhece, isso tem um paralelo incrível como a nossa condição humana. Não sei sobre a intenção do autor em relação a isso ? mas valeu a experiência.

Jacky 04/04/2021

Klara
Klara e sua percepção das emoções humanas iluminam a narrativa de uma forma fantástica.

Diana Gomes 02/10/2021

Escrita simples e uma história de profundidade gigantesca
Esse é o famoso livro pão: aquele que você termina a leitura e ainda passa um tempo com a história fermentando e crescendo cada vez mais na sua cabeça. A escrita do Kazuo Ishiguro é deliciosa e funcionou super bem comigo. O livro foi fluido, mesmo com os capítulos longos (que na verdade, não temos a divisão por capítulos e sim por partes).

A Klara é uma amiga artificial com habilidades de observação muito grandes e ter o livro narrado por ela foi algo muito certeiro. O olhar de inocência e por vezes infantil e dócil de alguém que não entende a natureza humana e quanto mais observa mais se percebe que é tudo muito confuso.

Eu poderia passar horas falando dos vários pontos desse livro que o autor coloca pra gente pensar e se questionar sobre o ser humano, sobre nossas emoções, nossas relações, sobre ética e mais tantas coisas.

É um livro com uma história de escrita simples mas com uma complexidade muito grande. Não é nada inovador e diferente das inúmeras ficções científicas que temos por aí, mas tem uma peculiaridade em trazer a tona esses questionamentos que já mencionei de uma forma muito única e sutil.
Não sei se foram as minhas expectativas, mas eu terminei com a sensação de que estava faltando algo, que eu estava esperando algo durante toda a leitura que não veio?

Leiam, vale muito a pena. Kazuo Ishiguro é um autor no qual vou ficar de olho a partir de agora.

Alessandra 25/07/2023

É uma leitura leve e envolvente que nos traz reflexões sobre a fé e amor de maneira simples. É um livro legal para discussões sobre ética e inteligência artificial já que o assunto está em alta.

Tem vários detalhes em aberto quanto a ambientação distópica, então muita coisa eu só imaginei mesmo: Tipo, não entendi a coisa de pessoas elevadas mas imaginei ser algo mutação genética humana; não tem explicação pra doença porque tanto faz a doença o foco é a fé da AA no Sol; a ideia de "castas" sociais para manter pessoas pobres e não elevadas dissociadas da burguesia, e até cheguei a imaginar o Rick como um personagem que utiliza sua inteligência tipo numa sociedade secreta pra lutar contra esse sistema. Também imaginei o final como uma espécie de sucata que só deixam as AAs jogadas lá pra aproveitarem de alguma forma, e achei bem triste não poder "desligar" a AA, ela só fica lá sozinha remoendo as memórias do que ja viveu e ao meu ver, isso fala muito mais sobre solidão do que todos os aspectos levantados durante o livro.

Fe Salau 31/12/2022

Muito bom
Gostei bastante da leitura... A escrita é bem interessante e adorei o ponto de vista ser da robô com toda inocência dela...

Rafael Mussolini 24/06/2021

Klara e o Sol
"Klara e o Sol" do Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras, 2021) é uma espécie de conto de fadas moderno misturado com ficção científica. Kazuo não prepara de forma alguma o terreno para que o leitor entenda logo de cara do que a história trata e quem é o narrador. Conforme vamos lendo e depois de um estranhamento que nos acompanha por algumas páginas nossa visão vai se abrindo e nos descobrimos enlaçados pelas estratégias narrativas que Ishiguro teceu sorrateiramente. Klara, a protagonista da história, é uma espécie de autômato, um robô com inteligência artificial super avançada muito popular no tempo e espaço onde a história se passa e que não sabemos qual é. Esses robôs (apesar da história não usar esse nome para defini-los) são adquiridos pelas crianças para serem uma espécie de melhor amigo e fazem todo tipo de acompanhamento, desde as brincadeiras, até a educação. Tudo o que conhecemos da história acessamos pelo olhar de Klara que inicia o livro apenas com a visão que possui da vitrine de sua loja.

O Sol é a maneira como os AA's (como são chamados na história) recarregam sua bateria. Klara se refere sempre ao Sol como "a nutrição" e apesar de já serem programados com inteligência para apreender o mundo, os AA's também necessitam de experimentação para entender a lógica de vida dos humanos. De cara Klara entende que esse Sol tão essencial para ela possui igual importância para a vida humana. Inicialmente a vitrine da loja se torna uma escola para Klara e aos poucos ela vai entendendo que o mundo é muito maior do que aquele pedaço de asfalto, edifício, carros, pessoas e céu que se projeta a sua frente.

"Aqui devo confessar que, para mim, sempre houve outro motivo para querer ficar na vitrine, que nada tinha a ver com a nutrição do Sol ou com ser escolhida. Ao contrário da maior parte dos AAs, mesmo de Rosa, eu sempre quis ver mais do lado de fora - e com todos os detalhes."

É durante sua "morada" na vitrine da loja que Klara é avistada pela menina Josie, que depois de alguns desencontros acaba levando-a para casa. Acontece que o que Klara conhece do mundo é o que ela avistava da vitrine. Aos poucos, ao observar a menina Josie, sua família e um grupo problemático de amigos que frequenta a casa da menina, Klara começa a entender mais sobre o caráter, as reações, os dilemas e problemáticas que envolvem a vida humana em sociedade. É como se Klara tivesse passado um bom tempo vivendo como na metáfora de Platão sobre o mito da caverna. De repente ela se vê diante daquilo que é chamado "real" e ela utiliza a seu favor a grande destreza que possui para observação.

"Você acredita no coração humano? Não estou falando do órgão em si, claro. Estou falando no sentido poético. O coração humano. Você acha que existe uma coisa assim? Uma coisa que faz com que cada um de nós seja especial, único? E digamos que exista."

Kazuo nos coloca diante de uma grande alegoria para falar sobre a sociedade e humanidade. O livro é quase que um alerta para a forma como estamos construindo um mundo que prima pela tecnologia, pela informação rápida, pela comodidade e se esquecendo que ao deixar a dinâmica das relações de lado, estamos criando algo que ruirá de uma forma ou de outra. É uma história que nos leva a pensar sobre a essência do que é ser humano e do que estamos fazendo com as nossas relações e com o planeta.

O autor explora a ideia de que trabalhamos sempre com a manutenção das relações de subserviência, onde quem tem mais, quem dita as ordens, quem emprega se torna dono de mundos particulares. Na casa daquela família, Klara entra quase que como uma serviçal, assim como a humana que também trabalha na casa de Josie, a qual Klara aprendeu a chamar de Melania empregada doméstica, como se sua função fosse seu sobrenome.

Por vezes temos a impressão de que Klara e a forma como foi programada possui mais possibilidade de empatia e amor ao próximo do que os próprios personagens humanos. Acredito que uma das grandes questões que o livro nos deixa é sobre o que significa ser humano? Em certo momento da história, Klara irá se ver diante de uma missão grandiosa e que colocará humanos e AA's quase que em pé de igualdade, ressaltando que a intenção do autor não era a de escrever um livro sobre tecnologia, mas sim o de maximizar ao máximo um cenário tecnológico que nos deixa nus enquanto seres humanos.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2021/05/klara-e-o-sol-de-kazuo-ishiguro.html

Andre 27/11/2022

Kazuo, um prêmio de leitura
Não conhecia a obra de Kazuo Ishiguro, apenas que ele havia ganho o Prêmio Nobel de Literatura.
Mais do que merecido!
Em Klara e o Sol, Ishiguro conta a história de Klara, uma amiga artificial criada para ser s amiga perfeita. Nos mostra a sensibilidade de Klara, sua capacidade de aprender detalhes e, acima de tudo, sua enorme gentileza e carinho com sua dona, o nascem e doente Josie.
Um livro que trata de amizade, carinho e esperança!

Mavi 25/08/2021

Não acredito que eu poderia ter escolhido um livro melhor para sair de uma ressaca literária.

A escrita da autora é extremamente intrigante e o fato de vermos tudo na visão de um robô que foi programado para servir humanos, deixa tudo mais interessante.

Rafael 20/03/2022

Como fã do Ishiguro, eu não poderia deixar de conferir essa estória.

Dessa vez, temos a pureza da Klara, uma robô com inteligência artificial e uma capacidade de observação excepcional e que acredita na pureza do ser humano. Klara é alimentada por energia solar e pela sua curiosidade. Quando ela está na vitrine da loja, com a amizade da gerente, ela vê outros robôs mais recentes serem adquiridos para serem amigos de crianças. O sol é uma fonte de admiração e poder justamente por ser a fonte de energia da Klara. Depois de conhecer Josie, sua humana, Klara passa a observar os humanos que integram a família e se vê no dilema de aprender a se portar de modo a atender as necessidades da sua família.

A discussão sobre a capacidade de uma IA ter sentimentos é extremamente atual e traz reflexões necessárias sobre a temática. O plot não é dos melhores e a história tende a ser morna boa parte do livro, mas, destaco que o intuito do livro, ao meu ver, é causar a reflexão, que justamente é um dos traços clássicos do Ishiguro em seus outros livros.

Vale a leitura e os pensamentos que a estória propicia!

Bia 12/06/2023

Klara e o sol
Foi uma boa leitura, mas pra mim não foi nada marcante. Mas valeu a leitura.


porisso só 3 estrelas.

Luh 03/03/2022

Nostalgia e Tecnologia
Eu sou meio suspeita para falar sobre as obras de Ishiguro pq elas sempre me tocam algum lugar muito forte no coração. Klara e o Sol não é diferente. É aquela emoção humana que tentamos captar na nossa narradora, aquela pena que sentimos por ela ao mesmo tempo que torcemos por ela, aquela angústia por saber que ela sempre será vista como um ser que talvez nunca possa ser amado de verdade - e por ela tudo bem. Acho que esse livro acaba falando muito muito mais sobre os humanos do que sobre os AA. Nossa maneira de encarar os objetos do nosso dia-a-dia, a falta de empatia com tudo que não tem um sentimento palpável, apesar de usarmos eles até seu fim.