As inseparáveis

As inseparáveis Simone de Beauvoir




Resenhas - As inseparáveis


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Edson 30/06/2021

« As inseparáveis », Simone de Beauvoir
A famosa autora do consagrado « Le Deuxième Sexe » esbanja talento não só na teoria filosófica, social e existencialista, mas também na narrativa literária. De cunho autobiográfico, « Les Inséparables » traz a envolvente história de Simone e Zaza, sob os pseudônimos Sylvie e Andrée, situada no contexto sociopolítico das décadas de 1910-20, narrando uma amizade de limites imprecisos, vivenciada por figuras ora muito semelhantes, ora diametralmente opostas, numa dança de complementaridade cujo ritmo é marcado pela pressa em viver, com batidas de opressão maternal (parental?). O enredo traz elementos que nos permitem testemunhar o nascimento da feminista e nos enternecer com a intempestiva, porém enclausurada, amiga. Não paro de pensar na pergunta do « El País »: « Teria havido uma Simone de Beauvoir sem uma Zaza? ». Sem dúvida, esta é uma leitura marcante!
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Marcelo.Alencar 28/06/2021

Histórico e trágico
Beauvoir escreveu esse história e guardou. Nunca publicou. Falar da própria vida, sua infância e adolescência num ambiente austero e machista nunca foi fácil até para ícones como ela.
O livro é um retrato do cotidiano das elites e seus valores conservadores: um protesto.
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Rafa 27/06/2021

As inseparáveis
Nesse livro, Simone de Beauvoir apresenta suas memórias e narra sua amizade com Andrée (Zaza). Uma história curta, mas profunda, que nos traz reflexões acerca do papel da mulher na sociedade da época, da religião e outros pontos importantes. Uma linda história de amor, recomendo.
giovanaamassi 05/07/2021minha estante
huuum q fofa fazendo resenha ?




Thammy 24/06/2021

Adorei. Beauvoir lê a nossa alma.
Esse é um livro sobre memórias e sobre amor. Amor de amigas. De irmãs de alma. Uma ficção baseada em uma história real de carinho e de crescimento e aprendizado mútuo entre duas mulheres.

Sempre digo que Simone de Beauvoir parece que lê a minha alma em seus escritos. Nunca conheci, até hoje, quem decifrasse melhor a essência feminina. Nesse livro, Beauvoir debate, dentre outras tantas coisas, a liberdade feminina, o excesso de culpa que muitas de nós carregamos e são causadas por diferentes fatores sociais como a religião e seus dogmas. Beauvoir chama a atenção também para a responsabilidade afetiva, o sexismo e a saúde mental da mulher.

Embora as situações descritas sejam fortes em diversos momentos, a escrita é objetiva e afetuosa, como toda amizade verdadeira deve ser. Apesar de um final um tanto triste para essa jornada, não se pode desprezar a sorte de quem tem uma amizade como a de Sylvie e Andrée.
Alê | @alexandrejjr 23/09/2021minha estante
Excelente texto, Thamyris!


Thammy 23/09/2021minha estante
Obrigada, Alexandre!




Julinhafox 19/06/2021

As inseparáveis
"O calor do álcool e a indignação me tornavam ousada; eu tinha vontade de dizer a Andrée coisas que só se dizem nos livros."

"As coisas teriam sido mais simples se ela, como eu, tivesse perdido a fé assim que a fé perdera a ingenuidade."

Minha primeira leitura de Simone de Beauvoir.
As inseparáveis conta uma história muito bonita e bastante sensivel sobre duas amigas, com o foco na especial Andrée, refletindo sobre a fé e sobre visões de mundos (internos e externos) tão distintas, mas não conflitantes.
Apesar de bastante diferente, me remeteu à forma como Elena Ferrante discorre sobre a relação de Lila e Lenú na tetralogia da Amiga genial. Ambas amizades são desenvolvidas e descritas de forma sensível, profunda e com um olhar não limitado sobre a vida e suas relações. Algo muito rico, a meu ver.

Recomendo. Inspirada na relação de Simone com Zaza, uma amiga de infância, a trama é envolvente, profunda e curta.

"Felicidade ou infelicidade é sobretudo uma questão de disposições interiores."
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Alê Ferreira 22/04/2021

As inseparáveis. O apagar das luzes da alma.
As inseparáveis
Simone de Beauvoir
Com um luminoso prefácio de Sylvie Lê Bom de Beauvoir.

Nessa novela de cunho autobiográfica Simone retrata uma história de amor e amizade.

A personagem narradora, Sylvie reconhece em Andrée um espírito livre e vivaz, mas que perde a luminosidade e a felicidade ao se ver obrigada a aceitar o destino traçado por sua família e se encaixar nos padrões sociais, que não só lhe torna prisioneira das convenções sociais, mas sufoca-lhe a alma e apaga em si a chama da vida.

"Essa derradeira e feroz coerção, exercida contra si mesma, precipita a catástrofe. Zaza morreu de todas as contradições que a dilaceravam." Essa é a análise de Sylvie Le Bon de Beauvoir, ao falar da amiga de infância de Simone, a qual serviu de inspiração para este livro.

As observações da amiga sobre Andrée (Zaza) lançam uma luz sobre a angustiante busca por agradar e satisfazer as experiências da sua filha.

O livro permeia tema como a liberdade, o amor, a espiritualidade e a fé e se traduz em reflexões existencialistas, tema que é o eixo central se toda a obra de Beauvoir.

Mesmo diante dessas temáticas a Simone escreveu um livro com uma escrita muito fluida e de leitura fácil.

O livro suscitou em mim uma viagem introspectiva que me deixou emocionada.

Uma curiosidade é que o livro do escrito em 1954, mas somente foi publicado no original, Les Inséparables, na França, em outubro de 2020.
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Paloma 21/04/2021

As inseparáveis - Simone de Beauvoir
Teria existido a grande Simone de Beauvoir sem sua inseparável Zaza? ?
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O romance autobiográfico mostra que de uma linda amizade grandes reflexões filosóficas podem surgir e mudar o mundo.?
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Duas amigas criadas a partir dos ideais católicos e conservadores da época cresceram e enxergaram seus costumes e o mundo de modo um tanto quanto subversivo. Uma mais que a outra, é verdade! ?
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E mesmo que a tradição insistisse em sufocar suas individualidades e visões dissonantes (e muitas vezes conseguia), a sensação de querer se libertar das expectativas sociais impostas continuava ali. ?
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Zaza foi tão importante na vida de Simone, quanto Simone foi na vida de Zaza. E a única certeza que tenho é de que por trás de uma grande mulher sempre tem outra(s) grande(s) mulher(es)! ?
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Não me sinto pronta para me separar d?As inseparáveis ??
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Bookster Pedro Pacifico 16/04/2021

As inseparáveis, de Simone de Beauvoir
Escrito em 1954, “As inseparáveis” é um romance póstumo inédito no Brasil, e foi a minha primeira experiência lendo a memorável Simone de Beauvoir. A leitura tem como pano de fundo a amizade entre duas amigas, Sylvie e Andrée. Mas, na verdade, a autora criou essas duas personagens para escrever um romance sobre a sua própria história e de sua amiga Élisabeth Lacoin, a Zaza. “As inseparáveis” pode, portanto, ser classificado com um romance autobiográfico, em que há elementos de ficção (em maior ou menor grau) junto com um narrador que conta a sua própria historia, em primeira pessoa.

A história das duas garotas começa ainda na infância, quando Sylvie e Andrée se conhecem no colégio Desir, em Paris. A relação entre duas meninas tão diferentes acaba se desenrolando em uma amizade intensa e conflituosa, sobretudo em virtude dos contrastes na educação que cada uma recebe dentro de casa. Um contaste entre mulheres que aceitavam ou se opunham às imposições de uma sociedade conservadora e religiosa do início do século XX.

E é a partir das diferenças de pensamentos, e de como Sylvie se opunha aos pensamentos da conservadores da família de Andrée, que podemos ver pontos que posteriormente marcariam a filosofia da autora sobre as diferenças de gênero.

Além das questões mais ideológicas, o que temos nesse livro é uma narrativa sobre uma amizade marcante e que faz sofrer. A autora enfrenta angústias da sua infância e adolescência, passando por temas como primeiro amor, religião e a dificuldade do amadurecimento.

A edição conta com fotos de Simone e sua melhor amiga e cartas trocadas entre as duas amigas, além de um ótimo prefácio escrito pela filha da autora, Sylvie Le Bon de Beauvoir. Um romance curto, delicioso e que ficará marcado para leitor!

Nota 9/10

site: http://instagram.com/book.ster
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Juliana 15/04/2021

Que idade a gente tem o direito de achar que é para sempre?
Trata-se de um romance autobiográfico que conta a história de Sylvie (Simone) e Andrée (Zaza).

O livro fala de Zaza, ou Andrée, mais do que de Sylvie. Ou não, já que esse relacionamento foi importantíssimo na formação de Simone.

Acompanhamos Andrée da pré adolescência até a morte precoce. É comovente a relação entre as duas meninas, rodeadas de valores sociais conservadores na Paris do início do século XX, que certamente moldaram a visão de Simone de Beuvoir sobre desigualdades de gênero e sexismo.

Andrée e Sylvie se conheceram na escola aos 9 anos. Ambas muito inteligentes, mas a primeira ousada, espontânea e divertida. Sylvie, tímida e religiosa, logo se apaixonou e se tornaram as inseparáveis.

Com o tempo Andrée sentiu o peso do conservadorismo religioso de sua família, a obrigatoriedade do casamento e era infeliz. Sylvia, por outro lado, tinha a oportunidade de continuar estudando, trabalhar e a liberdade de optar por continuar solteira.

Encontrei muitos pontos semelhantes com a tetralogia napolitana de Elena Ferrante neste relacionamento entre amigas que envolve muita admiração e são cerceadas por machismo e imposições sociais.

Leitura fluida e rápida. Como sempre dizem: dá pra ler em uma sentada.
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