Jansen 18/06/2021
Ótimo. Autor debutando no romance, merece um destaque à parte. Segundo o IMDB, Richard Osman nasceu em 28 de novembro de 1970 em Billericay, Essex, Inglaterra. É um apresentador de TV, produtor, escritor e comediante. Esta é sua primeira incursão no romance policial. E começou muito bem. É um romance delicioso, apesar de ter como personagens alguns velhos de um Retiro para aposentados numa bela região na Inglaterra. Nem por isso vai nos deprimir a ação dos idosos, pelo contrário é um apologia à boa idade, quando acrescentamos aos anos propósito e disposição. Neste ponto é uma lição que deve ser aprendida por quem ultrapassou os setenta, como todos os personagens principais. Não são pessoas simples, pois os custos do Retiro devem ser altos, pois é tudo de bom. Um Hotel Boutique para idosos, com piscina, vários salões restaurante etc. Entre seus hóspedes identificamos entre outros um Sir, um arqueólogo, um psiquiatra e uma enfermeira, a simpática Joyce que participa ativamente com seu diário revelando fatos que nos ajudam nas pistas do Clube do Crime das Quintas-Feiras. São 4 seus participantes fixos, mas dois policiais convidados por razões não muito cristãs: Criss, chefe da polícia da pacata Fairhaven, para onde vai trabalhar a policial londrina Donna de Freitas (será descendente de portugueses ou brasileiros?).
Elizabeth e seu terceiro marido, o Stephen, meio apagado no Clube, a não ser pelo fato de ser marido da Elizabeth é a líder do grupo. Pouco se sabe sobre ela, a não ser suas ações nalgum país da Cortina de Ferro na época da guerra fria. Creio que tenha sido uma espiã ou policial, dada seus conhecimentos de interrogatórios e práticas policiais.
Uma característica interessante e que torna o romance mais dinâmico é o intercalar da primeira e a terceira pessoa. O diário de Joyce é na primeira pessoa. E o escritor conta a história em terceira pessoa.
O Grupo que se reúne no único dia vago no salão de Quebra-cabeças, a quinta-feira, tem por hábito resolver crimes para os quais não houve um desfecho. Têm o apoio da Penny, uma ex comissária de polícia que vive no Retiro com o marido, um veterinário, que fica calado ao seu lado. Não sabemos bem o que ela tem, mas a impressão é que vive como um vegetal, entubada e necessitando de cuidados especiais. É uma amiga próxima da Elizabeth e, importante, trouxe cópia dos casos não resolvidos, fonte de pesquisa da Elizabeth e seus comparsas. Há também um ex-líder sindical, o Ron, grosso como um toco de açougue. Pronto. Mais que isto já posso provocar um spoiler. Divirtam-se porque é coisa muito boa.