Borogodo.Literario 03/01/2022
Gostoso, mas senti falta de mais
Na pegada do cowboy conta a história de Bárbara, uma garota mimada que ao ser colocada em uma das falcatruas do pai conhece o Lucio, um peão arredio da cidade Polominio. A personalidade dos dois não bate, mas a tensão sexual fala mais alto e eles acabam tendo uma noite quente.
Cinco anos depois, Lucio -que desiludido de uma pseudopaixão que colocou-o de morno durante anos- se torna montador profissional no exterior e volta para uma competição próximo a sua cidade natal, o que ele não sabia era que essa competição é patrocinada por ninguém ninguém menos que o pai pilantra de Bárbara e agora os dois com suas grandes diferenças e a lembrança de uma noite quente terão que conviver em prol da competição.
No começo do livro tive que respirar muito para ter empatia da Bárbara, ela é mimada, chata e chega a ser até ingênua, trata sua amiga (a única que suporta o seu jeito insuportável de ser) com desprezo, eu torcia bastante para ela se lascar, mas com o passar da história a autora mostra que a personalidade e o jeito metido de Bárbara é reflexo de um problema parental imenso que atua na sua personalidade. A medida que a história avança você entende o jeito dela e se compadece com os seus problemas, mostrando que não adianta ter dinheiro em uma casa se o que falta é amor.
Acompanhei a história de Lucio no segundo plano no box que li sobre os homens de Palominio e eu já tinha empatia por ele, colocado de molho durante anos pela ex (Ritinha), Lucio prometeu que iria cuidar do que de fato lhe faz feliz e amor ficaria em segundo plano, mas colocar os olhos em Bárbara ele tem um turbilhão de emoções que não consegue explicar.
O romance é construído no estilo cão e gato, eles se provocam direto e tem uma tensão sexual do caramba o que é ótimo,porque você sabe que na hora que acontecer vai pegar fogo. Os personagens secundários abrilhantam e dão suporte para os personagens principais. Os hots são bem construídos e não são em demasiados fazendo sentido para o contexto.
O problema foi a forma como o arco principal foi colocado, o livro inteiro te instiga para saber que espécie de falcatrua o pai da Bárbara meteu ela e o peão e quando descobre é nos 84% do livro, o final fica corrido, me fazendo questionar se não daria para resolver antes, o que tirou todo o brilho da experiência.