Imago

Imago Octavia E. Butler




Resenhas - Imago


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Nath @biscoito.esperto 13/03/2022

"Nada é mais obstinado do que a vida de que somos feitos".
"Imago" é o terceiro livro da trilogia Xenogênese. Apesar de ser um pouco anticlimático, é uma história de amadurecimento (coming of age) bastante diferente das que vemos por aí.

Acho que "Imago" é anticlimático porque ele não se parece com um último livro. Se ele fosse o terceiro livro de uma saga mais longa, seria ótimo como obra intermediária. Não acho que a Octavia Butler pretendia estender esta série de livros, mas eu fiquei com um gostinho de quero mais que nunca será saciado.

Depois de três livros brilhantes (e completamente diferentes uns dos outros), não estou pronta para dizer adeus para este universo. Facilmente leria outros 10 livros sobre os Oankali e suas aventuras genéticas com os seres humanos.

Eu nunca li nada como esta trilogia, e provavelmente jamais encontrarei livros parecidos com estes. Octavia Butler foi absolutamente brilhante em tudo a que se propôs. Simplesmente um gênio da ficção-científica.
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Lucas.Silva 10/03/2022

Bom
Eu gostei muito desse livro. As novas complexidades apresentadas são muito interessantes, mas acabei me decepcionando, de certa forma, por conta do padrão que Ritos de Passagem colocou. Eu esperava um desfecho na história, no entanto não foi o que aconteceu. Acredito que a expectativa gerada pelo segundo livro da trilogia fez com que este se tornasse abaixo.
Guilherme2290 10/03/2022minha estante
essa resenha me fez colocar ritos na minha wishlist.


Lucas.Silva 11/03/2022minha estante
É maravilhoso, acredito que você não se arrependerá




Luan 01/03/2022

A frente do tempo, desfecho da trilogia Xenogênese continua com boa reflexão, mas tropeça na história
Imago é o volume final da comemorada trilogia Xenogênese, mais uma das tantas obras de Octavia E. Butler a frente do tempo. Em Imago, ela mostra a resolução para a história onde os humanos e alienígenas precisam aprender a conviver, depois que a terra é devastada e somente os seres chamados Onkali tem como ajudar a humanidade.

Imago foi o livro que menos gostei da trilogia. Ele não é uma sequência direta do segundo livro, embora mantenha uma linha linear. Assim, o terceiro livro se passa anos depois do segundo, com outro protagonista e outros personagens em destaque. O plot principal, que não foi tão impactante como os anteriores, demora um pouco a se desenvolver.

De toda a forma, esta é mais uma história da autora que está frente do tempo. Escrita e publicada nos anos 80, a trilogia, assim como os demais livros de Octavia, aborda temas sensíveis ao mesmo tempo que é uma ficção científica. Os temas sensíveis nada mais são do que assuntos sociais, como racismo, preconceitos, até mesmo homossexualidade, e neste caso, as diferentes construções de família.

Se hoje em dia, se tornou mais comum vermos pais e mães solteiros, ou famílias com filhos de pais diferente, e até mesmo, cada vez mais amplo, crianças com pais homossexuais, isso não era normal no passado, incluindo nos Estados Unidos, onde a tal da família nuclear – pai, mãe e filho – sempre foi o padrão.

Então, novamente, como em todas as histórias, Octavia se propôs a tocar em um tema sensível, até mesmo um tabu. E quando ela faz isso, sempre consegue obter êxito. Embora com altos e baixos, esta trilogia gera importantes discussões, mesmo hoje em dia, quando, em tese, o preconceito já nem deveria existir, mas ainda se sobrepõe.
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Ana Gouvêa 04/02/2022

Gostei ainda menos desse livro. Achei a mesma lenga-lenga do segundo, fora que aumentou meu desconforto em relação ao clichê de usar nomes bíblicos. Jesusa? Fala sério né.
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xxxRFxxx 10/01/2022

Um novo mundo
Esse livro é o final da trilogia Xenogênese, de Octavia Butler. O trabalho de mergulho na cabeça de um híbrido humano e alienígena que ela desenvolve desde o primeiro volume se conclui aqui. Da visão, pensamento e sexualidade humana à alienígena, a transformação é retratada de uma maneira surpreendente. Do mesmo modo que Le Guin explorou em ?A Mão Esquerda da Escuridão ?, as possibilidades de sexualidade e gênero são abordadas aqui, mas pelos olhos de quem as está vivendo.
Pessoalmente, o trabalho de Butler me impressiona mais, pela extensão do trajeto sentimental e sexual, e pela surpresa de uma senhora o ter elaborado no começo dos anos 80. Não pela sua capacidade, mas pela sua ousadia temática e de trajetória.
A trilogia é meio árida, contudo, em alguns momentos, pelo detalhamento dos aspectos biológicos. Algo parecido acontece na leitura da trilogia marciana de Kim Stanley Robinson.
Não é um problema, só uma característica que não tira o prazer da ler e que, talvez, delimite a apreciação a quem tem um interetem ficção científica e em ciências.
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thai 08/01/2022

Gostei
O livro de certa forma é lento, mas a escrita da Octavia prende demais. Nesse acompanhamos a evolução e metamorfose de Jodahs, mais um dos filhos de Lilith. Ainda tenho um problema com a visão de consentimento dos oankali. No geral é um bom livro.
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Tamires 20/12/2021

O que você faria?
Sério e muito difícil a leitura na visão do alienígena, não consigo ver os atos deles como bondosos. Apenas usurpam a vida de seres diferentes, para mim tentam impor a verdade deles.
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Vitorcfab 14/12/2021

Imago
Nesse terceiro e última livro da trilogia, acompanhamos Jodahs, um dos filhos de Lilith e o primeiro Constructo (híbrido de humano e Oankali) a nascer do sexo Ooloi (terceiro sexo, que não é masculino ou feminino). Chegando próximo da fase adulta, a metamorfose de Jodahs começa, adquirindo uma nova identidade e habilidades de manipular sua aparência, matéria, DNA, criar e erradicar doenças, características que podem torna-lo um ser capaz de salvar a humanidade...ou destruí-la.

Acho fantástica a forma como cada um dos três livros dessa série parecem diferentes e únicos, não apenas por contar histórias diferentes e com protagonistas diferentes, mas a autora também aposta em estruturas únicas e abordagens diversas. Os três livros parecem sim partes de uma mesma série, do mesmo mundo e com os mesmos personagens, mas ainda assim independentes e únicos. Eu amo essa abordagem.

Como sempre, Octávia utiliza dessa espécie alienígena para trazer a tona várias discussões relevantes, discussões que também variam de livro para livro. Aqui, ela decide apostar mais em questões familiares, construção social de genro, busca pela própria identidade, preconceito e amadurecimento.

A autora quebra o padrão clássico de família, mas não apenas de forma biológica (já que os Constructos podem possuir até 5 pais), mas principalmente pelo conceito social de família, os laços afetivos que vão além da biologia.

Questões de gênero também são constantes, uma vez que nosso protagonista sempre se sentiu pertencente ao sexo masculino, até receber a notícia que é um Ooloi. Porém, a biologia não mudou a forma como ele se sente, a forma como quer ser tratado, lido e reconhecido, nos fazendo perceber que gênero é algo social, não biológico. Não sei se era a intenção da autora, mas é impossível não pensar em pessoas transgênero, permitindo reflexões muito boas.

O preconceito contra o desconhecido também é recorrente nesse livro. Pode parecer reciclagem dos livros anteriores, mas aqui é trabalhado de forma diferente, principalmente pelo ponto de vista dos rebeldes, um povo que cresceu ouvindo histórias mentirosas ou exageradas sobre os Oankali, muitas delas reforçadas pela religião. Gosto muito da forma como a autora desenvolve esse arco repleto semelhanças com nossa realidade, que são assustadoras.

É importante ter em mente que esse livro é sobre a história de Jodahs e apenas isso, não espere nada grandioso ou cheio de ação, pois essa não é a proposta. Ainda que detalhes sobre o mundo criado pela autora, tanto no tempo presente em que os personagens vivem, quanto as expectativas para o futuro, são temas abordados, mas não são, de forma alguma, o foco.

Veremos muito do amadurecimento emocional, físico, psicológico e sexual de nosso protagonista, demonstrados de diversas formas e por diversas interações com outros personagens, que de alguma forma moldam sua personalidade.

Outra questão interessante, e a forma como alguns personagens enxergam o amor, da forma mais científica possível, como uma reação química no cérebro, que os torna dependentes emocional e sexualmente, como uma forma de ajudar a espécie a sobreviver. Gosto muito dessa visão, que não torna os sentimentos menos reais, mas traz uma forma diferente de vê-los.

Ainda que eu tenha amado esse livro, tive dois pequenos problemas, que me impediram de dar a nota máxima. Esses problema foram a simplicidade da história e de alguns personagens.

Não senti que a história (mais especificamente, alguns temas secundários) ou o desenvolvimento de alguns personagens atingiram todo o potencial que poderiam, principalmente considerando o padrão criado nos livros anteriores. Nada foi superficial, mas senti que acompanhei apenas um pequeno (bem pequeno) pedaço da vida desses personagens, que ainda teria muita história para contar depois disso, e que muito do que vi pareceu simples, mesmo que engrandecido pelos temas socialmente relevantes.

Ainda que esse livro tenha ficado um pouco abaixo dos anteriores, ainda foi, com certeza, um livro favorito para mim, apresentando a história de um personagem encantador, cheio de camadas e com discussões relevantes, me dando mais motivos para ter Octavia Butler entre minhas autoras favoritas.

--- Os Personagens ---

Jodahs. Um Ooloi tímido, as vezes um pouco covarde, mas sempre gentil e inteligente. É interessante observar as formas como a metamorfose afeta sua vida, causando medos, inseguranças e problemas para reconhecer a própria imagem, principalmente seu gênero. Ele é muito empático e consegue se aproximar de todos, principalmente dos que mais precisam de sua ajuda. Seu desenvolvimento durante a história é maravilhoso, nos permitindo conhecer diversas faces de sua vida e ver suas diferentes formas de evoluir.

Nicanj. Uma das progenitoras de Jodahs, uma Ooloi influente em questões políticas entre humanos e Oankali, que é inteligente e extremamente decidida. Ela é a mais solitária dessa família, o que fez Jodahs se tornar muito próximo dela, assim que percebeu essa solidão. Os dois criaram um laço afetivo diferente dos demais, principalmente por um saber exatamente pelo que o outro está passando.

Aaor. Irmã de Jodahs, muito companheira e que está sempre a seu lado. Ela também está passando pela metamorfose, mas de forma diferente de Jodahs, o que traz mais motivos para se aproximarem.

Lilith. Se mantém a mulher séria e forte que sempre foi, mas a idade lhe trouxe mais sabedoria e facilidade para demonstrar alguns sentimentos. Ela encontrou prazer na vida simples, em uma vizinhança que ajudou a construir, ao lado de seu marido Tino, e sua família. Merecido depois de tudo pelo que ela passou. Ela não apareceu pouco, mas gostaria que fosse mais relevante, pois gosto muito dessa personagem.

Jesusa e Thomas. Irmãos de um grupo rebelde que são salvos por Jodahs de uma doença. Eles cresceram em uma comunidade que considerava os Oankali seres demoníacos, mas desenvolvem uma paixão romântica e sexual por Jodahs, o que traz conflitos internos e dilemas para ambos.
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Angelita 11/11/2021

Os Ooloi desvendados
" Humanos diziam uma coisa com o corpo e outra com a boca e todo mundo precisava gastar tempo e energia para descobrir o que realmente queriam dizer"

Na conclusão da saga Xenogenesis cerca de um séculos após o despertar e agora com a prole numerosa de Lilith a terra e a comunidade de Marte encontram certo equilíbrio em suas jornadas distintas. Nessa obra seguimos a jornada de autodescobrimento de Jodahs, um dos filhos de Lilith híbrido entre humanos e Oankali, mas um novo espécime, um Ooloi, uma ser proibido de ser desenhado para nascer na terra. Um erro.
Porém, diante das mudanças genéticas apresentadas nele, pode ser que seja apenas a evolução, além de um erro.
Acompanhar a jornada de amadurecimento de Jodahs nós responde em Imago as dúvidas sobre os Ooloi, o terceiro sexo existente somente entre os Oankali. Nesse meio tempo descobrimos novas tribos rebeldes que se mantiveram intocadas e crescendo além do controle Oankali.
Já sinto falta do quão familiarizada fiquei com os Oankali e suas particularidades. Sinto saudade dos filhos de Lilith. Saudade de Nikanj. Octavia criou uma trilogia incrível e cheia de nuances, que se eu aprofundar vou tirar a surpresa da leitura e interpretação de cada um.
Vale muito a leitura de cada um dos 3 livros. São incríveis ??
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My | @pagesandseasons 31/10/2021

Comecei esse livro com as expectativas bem baixas por conta das resenhas negativas que vi, mas no fim, adorei a leitura.

Eu só tinha lido Kindred da autora até essa trilogia. Eu amei demais Kindred, mas fui esperando mais elementos de Scifi, e nessa trilogia Octavia entregou tudo. Amei!
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 19/10/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Dentre os autores que conheci esse ano, Octavia está nesta lista. A trilogia Xegonêse é uma ficção científica única e bastante criativa. Infelizmente Imago não foi uma conclusão à altura da história.

Desde que humanos e Oankali começaram a acasalar e dar vida aos constructos, nunca houve alguém como Jodahs: um constructo que, em sua fase adulta, é o primeiro ooloi nascido de mãe humana. Por alguns ele é visto como milagre, por outros, uma ameaça. Mas cabe a Jodahs decidir seu futuro.

Enquanto em Despertar vemos como se iniciou a relação entre os humanos e Oankali, e em Ritos de Passagem vemos algumas consequências dessa "união", eu esperava que Imago focasse bem mais nos acontecimentos pós-final de Ritos de Passagem. Entretanto, o que acompanhamos aqui teria funcionado melhor se esse livro fosse o segundo, por exemplo.

Entendo bem que, assim como todo mundo, Jodahs está um pouco perdido devido a sua condição de primeiro constructo nascido de mãe humana a se tornar ooloi. Foi até interessante ver um ooloi mais empático com os humanos e até ver as transformações para um ooloi adulto da visão de alguém passando por isso. Mas isso tudo fica meio perdido quando o pensamento de Jodahs está focado apenas é conseguir parceiros humanos.

Por ser o gênero responsável pela reprodução entre os humanos e Oankali, é até aceitável essa obsessão de Jodahs, mas chega um pouco que já fica cansativo e repetitivo o quanto ele diz que realmente necessita de parceiros humanos, agora que está se transformando em um ooloi adulto. Pela sinopse, eu pensei que seria abordado a questão do que esse novo tipo de constructo traz para a relação entre os humanos e seus "salvadores", mas isso é apenas mencionado superficialmente.

90% do livro ficamos na cabeça de Jodahs obcecado por um casal de humanos e tentando convence-los a se tornarem seus parceiros oficialmente. Um ponto que destaco nessa relação entre ooloi e humanos é como a Octavia mostra a ilusão de os humanos realmente possuem alguma voz ativa nesse tipo de relacionamento, já que é mostrado desde o primeiro livro que os Oankali os manipulam geneticamente e o conceito deles sobre consentimento é um tanto deturpado.

Não digo que o livro se encerra de forma completamente aberta, mas fica aquela sensação de que algo se perdeu e não vemos. Comparado com seus antecessores, ele é bem fraco. Como comentei no começo da resenha, Imago teria funcionado muito melhor como livro transitório, mas como encerramento de uma trilogia bastante criativa e com questionamentos importantes, ficou bastante a desejar.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/10/resenha-729-imago-octavia-e-butler.html
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Brunna Fernanda Freire 23/09/2021

Xenogênese
Aqui a trilogia se encerra, deixando ainda aquele leve gostinho de querer mais, de desejar acompanhar um pouco mais essa história tão cativante.
Ainda considero o primeiro livro o melhor, mas também gostei bastante deste, que nos mostra a importância da confiança, do amor e da lealdade.
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