Giulia316 22/08/2023
Necessário, real, estranhamente bonito!
Como pode uma sociedade ter coragem de ensinar privilégios de acordo com o seu gênero? Isso é tão ridículo que chega a ser burro, ou uma piada de mau gosto. Eu digo infelizmente, porque é triste, desolador que tentam nos criar com a mentalidade inferior, distorcido em relação ao comportamento masculino e a eles em geral. Em vários momentos na história da Joan, lembrei de situações que sofri e agora sei que era abuso. Eu não gostei, eu não concordava, não era justo. mas eu sabia que ninguém daria importância porque eu sou mulher. É o que dizem né "Eles são homens". Eu lembro que por um lado, por mais que eu sabia que era errado eu tentava me culpar porque era assim que queriam que fosse.
Eu acredito que nós escolhemos o que queremos ser, independente da nossa criação, por mais que isso seja um fator forte. O argumento de que "Os homens são assim por natureza" ou "Ele é homem, é assim mesmo" é sem fundamentos, não tem fatos concretos que isso seja real. Isso não é uma justificativa para ser um abusador, um babaca, medíocre, sujo e fraco. Antes disso, homens são seres humanos como qualquer outro, não são especiais. A maioria só prefere continuar na zona de conforto o invés de se conscientizar das suas responsabilidades como ser humano e que ele não tem privilégio. O gênero é só uma casca, e o que é você, é uma escolha. Não um instinto incontrolável, que mais uma vez, só uma justificativa medíore para ser medíocre.
Em relação ao livro, no começo é confuso por conta do estilo da narrativa. Ás vezes achava necessário, outras vezes não. Tanto que tive que ler o último capítulo 2 vezes para entender o que foi o final. Eu achei lindo o que aconteceu aliás, fiquei feliz pela Joan!
Não é o livro intenso e marcante, mas é necessário. Vale a pena ler ele.