O homem que escutava as abelhas

O homem que escutava as abelhas Christy Lefteri




Resenhas - O homem que escutava as abelhas


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Cris 10/08/2021

Guerra, família e amor

"A alma de Afra era tão vasta quanto os campos, o deserto, o céu, o mar e o rio que ela pintava, e igualmente misteriosa. Sempre havia mais para saber, entender, e por mais que eu soubesse, não era suficiente, eu queria mais. Mas na Síria existe um ditado: Dentro de quem você conhece, existe alguém que você não conhece." Pág. 27

Nuri é um criador de abelhas na cidade de Alepo, na Síria. Sua esposa, Afra, é uma artista e eles têm um filho.

Quando a guerra começa na cidade deles, tudo o que eles conhecem e possuem lhes é tomado. Perdem pessoas amadas, têm seu lar e seu trabalho destruídos, e várias feridas são abertas na vida deste casal.

A partir de então, eles são obrigados a saírem de seu país para procurar refúgio no Reino Unido, onde há a esperança de reencontrarem pessoas queridas, porém, esta é uma viagem perigosa e que coloca a vida deles várias vezes em risco

A história deste livro é fictícia, mas a autora usou de sua própria experiência como voluntária em em centro de refugiados para construir esta história. Ou seja, muitos trechos aconteceram na vida de pessoas reais.

A narrativa do livro é do tipo que eu gosto muito, com alguns capítulos no presente e outros voltando para a época de antes da Guerra.

Eu fiquei muito tocada pela história deste livro, especialmente, porque eu nunca tinha lido nada que se passasse na Síria, envolvendo a destruição da cidade de Alepo.

Eu já tinha lido um livro que fala sobre criação de abelhas, mas este livro me trouxe uma visão muito mais emocionante envolvendo este trabalho tão importante.

Como toda história que envolve guerra, aqui nós temos um livro que devasta o nosso coração. São tantas tragédias, tanta dificuldade, que só podemos torcer para o melhor para estes personagens.

Apesar do teor dramático, a autora nos trouxe uma história que fala sobre o amor, família e amizade, e como são estes pilares que nos salvam nos momentos mais difíceis.

"Você precisa aprender a barganhar. As pessoas não são como as abelhas. Não trabalhamos juntos, não temos um sentido verdadeiro de um bem maior." Pág. 97


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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AngAlica.Nery 15/07/2021

Emocionante
Tão triste .... mas ao mesmo tempo tão bonito e esperançoso. Retrata entre outras questões a importância de uma amizade sólida. Gostei muito
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May 12/07/2021

Quando a guerra na Síria começou, Nuri viu pessoas queridas morrerem e seu país ser destruído, porém por ter perdido o filho e ter ficado cega com a bomba que o matou, sua esposa Afra não quer ir embora do país, até que não vê mais saída e eles partem rumo ao Reino Unido, em uma viagem cheia de perigo e sem garantia de que os dois irão chegar ao seu destino. Não há palavras suficientes para descrever os sentimentos que essa leitura passa para o leitor, a história foi o resultado de um tempo em que a autora passou sendo voluntária em um centro de refugiados na Grécia, e por isso e por todas as pessoas que ela ouviu, a história passa uma sensação de que estamos lendo o relato de alguém que realmente passou por tudo aquilo, e é triste saber que infelizmente muitas pessoas tem uma história parecida ou pior que a do livro. E além do desenvolvimento dos personagens, existem muitos termos árabes, e isso faz o leitor ficar imerso nessa cultura. Apesar da situação devastadora dos personagens, o livro não é feito só de sentimentos ruins, durante a evolução da história conseguimos sentir a esperança que, apesar de tudo, os personagens ainda sentem, e as abelhas, que é o que dá nome ao livro, são uma âncora para Nuri, e em meio a sensação de coração apertado que sentimos lendo as descrições dos lugares e situações que eles sofrem, também sentimos o coração quente toda vez que o personagem lembra ou fala das abelhas e do amor que sente pela apicultura, e isso juntamente com a vontade de rever seu melhor amigo e parceiro de negócios, é o que move Nuri à continuar lutando. Além dos sentimentos de Nuri, acompanhamos Afra, e mesmo a leitura não sendo pelo ponto de vista dela, a autora conseguiu nos conectar profundamente com essa mulher forte porém exausta e destruída por tudo que precisou viver.  O amor dos dois, embora abalado, é uma das histórias mais lindas que já li. Eu poderia falar sobre esse livro por muito tempo, ele tem muitas nuances e muitas coisas que nos fazem refletir, por isso só posso indicar fortemente a leitura à todos.

"Seria melhor desejar que a guerra chegasse ao fim. Mas eu precisava de algo em que me agarrar, e se ela sorrisse, se por algum milagre ela sorrisse, seria como encontrar água no deserto."

Gatilhos: Violência, estupro, estresse pós-traumático e luto.
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Simone MK 16/06/2021

Tocante. Necessário. Arrebatador.
O livro é narrado em primeira pessoa por Nuri Ibrahim, que juntamente com sua esposa Afra, após sucessivas tragédias ocorridas em suas vidas, decorrentes da guerra na Síria, decidem empreender fuga com destino à Inglaterra, onde os aguardam seu primo Mustafá e família.

Cada capítulo é dividido entre tempo presente e passado, por uma palavra ou sentença. Achei a utilização desse recurso bem criativa e inteligente, pois ficamos cientes de que haverá uma mudança temporal na narrativa.

A jornada dos dilacerados Nuri e Afra rumo ao Reino Unido, assim como a de milhares de refugiados, é cheia de muitos percalços e provações. Informativo e necessário. Um verdadeiro abrir de olhos para nós que acompanhamos tantas notícias sobre refugiados, sem nos aprofundarmos sobre o fato. O livro humaniza a questão dos refugiados. Deixamos de pensar neles apenas como números, estatística e passamos a vê-los como pessoas, com toda uma história de vida.

Comovente, cativante e tocante. Apesar de ser ficção, o livro traz elementos da vivência da autora, que além de filha de refugiados, trabalhou como voluntária em um centro de refugiados em Atenas, na Grécia. Triste, mas ainda assim, prova que amor e amizade têm o poder de renovar esperanças. Arrebatador. Leiam!!!
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