Resenhas - Doramar ou a odisseia: Histórias

Myria.Viana 20/05/2024

Nem toda vez, mas sempre?
Passam por preconceitos
Passam por julgamentos
Passam por exclusão
Passam por subjugação
Assim são aqueles que parecem não ter nome, invisíveis.

Fernanda.Ogura 19/05/2024

Coletâneas
O livro é uma coletania de contos. Alguns contos eu gostei bastante,e os achei incríveis. Consegui visializar as imagens e tomei alguns sustos com as resoluções. Já outros foram de difíceis compreensão para mim, não consegui absorver nessas histórias.

Laris 07/05/2024

Sou apaixonada pela escrita do itamar desde torto arado e nesse livro de contos ele traz a mesma densidade que o romance, tendo como protagonismo a brasilidade, personagens que poderiam ser qualquer um de nós

JessicaLage 04/05/2024

Dolorosamente poético
Um livro de contos. Como todo livro de contos, tem altos e baixos, esse, no entanto, tem uns contos ótimos, uns muito bons e alguns bons, curti todos, alguns mais outros menos. Eu simplesmente amei a escrita do Itamar nesses contos, extremamente poética, tocante, palpável, primorosa! Os contos tocam em feridas muito específicas, ficam belamente doloridos onde tocam, por algum tempo, algumas vezes precisei parar pra respirar. Achei o livro no geral lindo e valioso. Feliz por ter lido.

Bia 01/05/2024

Belos contos desse nosso Brasil.
Itamar não decepciona. Neste livro de contos traz muitos retratos do Brasil e do seu povo. Um livro poético, denso, regionalista. Vale demais a leitura!

Bia 27/04/2024

Doramar ou a odisseia
Eu duvido que tenha existido algum conto desse livro que não tenha me feito chorar. Toda vez eu começava pensando "Ah, esse tá de boa" e terminava pensando "aí meu Deus, eu tô chorando de novo!!!!"

fatimaria 20/04/2024

Itamar Vieira Junior continua um ótimo escritor em todos os quesitos, mesmo que eu tenha me lembrado um pouco de como as vezes ele é um pouco direto e óbvio demais, entregando tudo mastigadinho para o leitor (o que não é necessariamente um problema, só chatice minha mesmo).

e mesmo assim, tá pra nascer coleção de contos que me pegue de verdade. sempre tem uma minoria de histórias incríveis, enquanto as outras caem no esquecimento assim que acabam. continuo lendo porque gosto de como esse formato de leitura se encaixa na minha rotina, e continuo procurando um livro de contos que finalmente se mostre diferente dos demais

RaquelSales17 20/04/2024

Vidas duras Sofrimentos inimagináveis
O Itamar sempre sendo delicado e poético ao narrar histórias duras de realidades distantes das de seus leitores, transmitindo com todo eufemismo as agruras vividas em todos os tempos, por várias mulheres em muitos lugares.

Cris 13/04/2024

13.04.2024
Não desmerecendo a escrita, mas prefiro Torto Arado onde o autor desenvolve um enredo. Acho q para mim faltou algo em meio a muitas tristezas, mulheres sofridas, o fantástico. Li e não me causou sentimento algum e ok.

Lorena 12/04/2024

Interessante
Esse é o terceiro livro que leio e apresenta contos sobre ancestralidade, raízes e cultura seguindo a temática que o autor aborda em torto arado e salvar o fogo.

A escrita do Itamar apresenta também sensibilidade, delicadeza e verdade com os saberes e tradições em uma linguagem de fácil entendimento.

Alguns contos me emocionaram mais do que outros, mas de modo geral, eu gostei do livro.

pitypooralfie 03/04/2024

a escrita do itamar vieira jr é muito bonita, muito poética. alguns contos são lindos e cheios de sentimentos. o problema talvez tenha sido a expectativa que coloquei nesse livro.

sofri para terminar algumas histórias, sentia que eu lia e não chegava a lugar algum. de alguns contos eu gostei bastante, mas nada que tenha mexido muito comigo ou me tocado significativamente. é uma pena, eu genuinamente queria gostar muito de doramar.

brunambg 03/04/2024

- gostei que os capitulos são contos
- otimo tamanho de capitulos e do livro em geral
- leitura que pega e e entra
contos favoritos:
Alma
O espírito aboni das coisas
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Faty Didier 31/03/2024

Potente
Este livro poderia ser um panfleto conclamando a lutas. Ser panfletário aqui, não é ruim. Falando sobre temas urgentes do Brasil de hoje e, sempre, chama a atenção para a questão indígena, falando também sobre a luta pela terra, sobre a situação de refugiados e ribeirinhos, sobre desigualdade social. Itamar não se furta em descrever as misérias que consomem nosso povo, em denunciar situações de privilégio e de violências, de clamar por justiça.

Nessas suas histórias, traz ainda, uma bonita homenagem a Bispo do Rosário e uma referência doída, pois ainda atual, à crônica ?Mineirinho? de Clarice. Traz também, em um de seus contos, ?O que queima?, um pouco de fantástico, um pouco de horror. Uma das minhas histórias favoritas do livro.

A forma como Itamar escreve é cirúrgica, mas é também poética. É fácil ser tragada pra dentro de cada personagem, vivenciando suas dores e delícias. O livro é curto, mas se agiganta no transcorrer da leitura, talvez por isso eu que tenha começado por audiobook o terminei em livro físico. Era preciso pegá-lo, dobrá-lo, marcá-lo, sentí-lo por inteiro. Parece que com Itamar é sempre assim.

No entanto, a experiência com livros de contos pra mim é muitas vezes irregular, esse que já foi um gênero favorito hoje é mais um desafio. Gostei mais de alguns contos do que de outros. E tudo bem. Apesar disso, recomendo. Neste livro não é difícil reconhecer a verve que fez a todos nós nos encantarmos ao lermos Torto Arado. A escrita de Itamar continua potente.

MarcosQz 28/03/2024

Contos de um povo
Com doze contos, Itamar mostra que não é apenas um bom romancista, mas um ótimo contista também. Em A floresta do adeus temos quatro narrações em um breve conto, uma família separada por uma cerca que os separa de tudo, da própria vida. As mulheres são o centro do conto com suas dores, marcas, sonhos perdidos e desejos. O conto é quase uma despedida. Farol das almas é um conto sobre o povo africano, tirado de sua terra para serem escravizados.
Alma é um dos contos mais fortes e poderosos do livro. Uma escrava conta sua fuga, seu crime pela liberdade e vingança pelo que tiraram dela, narra suas dores no corpo, na mente e na alma. Mas também narra suas saudades, seus sonhos e desejos, a bondade de poucos, a saudade de sua ancestralidade e de uma terra que não conheceu e de uma que criou. A oração do carrasco é profundo, doloroso, traz mitos e fatos em um conto arrebatador. Uma família onde ser carrasco é uma profissão herdada, não quer dizer que seja ruim, mas não é motivo de orgulho. O carrasco sempre ora pelos seus mortos, mas não esquece um rosto sequer. Itamar narra os carrascos de todos os dias, alguns ainda por aí, sem deixar de falar da terra e das letras. O espírito aboni das coisas é um conto indígena sobre luta e sobrevivência, sobre a força e o sagrado.
O conto nas profundezas do lago possui um tom gótico, sem perder o objeto principal de Itamar que é a terra e a população indígena, um conto verdadeiramente intrigante. Meu mar (fé) é um dos contos mais bonitos do livro, um conto sobre amor, sobre dor, sobre perdas e principalmente sobre a fé do retorno do amado, uma ode ao mar que é pai e carrasco, e é impossível não lembrar de Jorge Amado.
O conto que dá título ao livro segue uma narrativa não linear, a história de Doramar vai sendo contada, vai misturando passado e presente em lembranças desconexas, esquecendo como que para lembrar, esquecendo para se libertar.

Itamar é um ótimo contista, mas confesso que em alguns contos eu simplesmente me perdi, fiquei sem saber o que ele queria contar, o que de fato estava acontecendo, mas nem por isso se tornam chatos ou ruins. As vezes os contos começam em terceira pessoa e de repente mudam para primeira, pontos de vista diferentes de uma mesma história. O gostoso de ler Itamar é porque ele desperta nossa curiosidade, queremos sempre um pouco mais. Senti que alguns contos tinham um ar de distopia, algo fora do comum, meio incerto, e isso me fez pensar em tudo aquilo que ainda será escrito pelo autor.

Láiza 21/03/2024

Não sei qual é mais triste...
Torto arado ou os contos sofridos, densos e tão bem descritos que faz a gente sentir agonia a cada passagem.

Que autor magistral ???
Meu segundo contato com a escrita dele e se tornou um dos favoritos ?

Leiam, mas não esqueçam os lencinhos ?