A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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Gabriel Zupiroli 20/05/2024

Um grande estigma que parece rondar a literatura brasileira contemporânea é a tentativa de sempre criar um "efeito de real" na obra. Seria mais ou menos algo como a mimese de certas formas linguísticas e certos pensamentos aliada a uma busca desesperada pela fundamentação de uma poética muitas vezes oca. E isso vem afetar, de alguma forma, essas obras, alguma hora ou outra. O problema desse romance é justamente esse: até pouco mais da metade, ele parece bem pouco interessado em reproduzir esse efeito. O que parece estar em jogo aqui são justamente tensionamentos de perspectiva e linguagem. Por isso é tão interessante o movimento dos fluxos narrativos que Polesso realiza na primeira parte. Não apenas a ida e vinda entre temporalidades e personagens, mas os próprios motivos que a autora coloca em jogo são calcados sobretudo numa procura de narratividade. É isso que a personagem parece correr atrás.

Mas depois tudo desanda e o efeito encontra seu lugar na obra, de maneira devastadora. Quando a perspectiva distópica assume de vez o pano, a busca pela narratividade é completamente obliterada em função de tentativas - tentativas de linguagem e de aquisição poética que não têm um espaço definido para se estabelecer, especialmente pelo contraste com o anterior. É aí que falha. Aí que joga tudo por terra e envereda por um final brega e na contramão do que vinha existindo. Esse efeito é algo bem problemático - que existe mais do que parece.
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readersnoopy287 11/05/2024

A distopia tão real que se torna dolorosa
?A gente se constrói e se desconstrói e aprende a olhar com um pouco mais de entendimento para as outras pessoas. A gente tenta análise, tira a lona pesada de cima dos problemas, expõe os monstros, fica junto deles, faz um jogo tosco de espelhos, tenta pôr uma cara conhecida no meio das deformidades compostas de todos os nossos descaminhos, aceita as deformidades, afinal são parte, são algo ali, dizem coisas também?.



Algo me fez resistir em relação a esta leitura, não fui tomada prontamente, como geralmente me ocorre com livros parecidos.
A história é ótima, mas lenta, arrastada, demorei para me acostumar e gostar.
Apesar de nao ter me conectado tanto com Regina, a protagonista, eu gostei dos temas abordados, principalmente da atualidade das criticas e reflexões.
Foi o primeiro livro que li da Natalia, mas com certeza entrarei em contato com Amoras, que falam que é excelente.
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Carolina1551 11/05/2024

QUE OBRA DE ARTE! adorei a narrativa, adorei a genialidade de conectar ambas as histórias de personagens tão distantes fisicamente. e foi de tirar o fôlego todo o contexto político social, foi de quebrar coração identificar tanto com o cenário. distopia que mais parece relatos atuais.
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Isabelly.Godoy 10/05/2024

Confuso
Esse livro tem alguns temas bastante interessantes, mas no fim, acabou sendo apenas confuso. Tantas coisas acontecem com a protagonista ao mesmo tempo que não senti que nada foi tão aprofundado. A questão de ser camgirl mesmo achei um potencial um tanto quanto desperdiçado, poderiam ter discussões bastante interessantes a respeito de se trabalhar como profissional do sexo, especialmente sendo uma mulher lésbica tendo homens como clientes e o conflito disso com o fato de ter uma irmã que foi abusada.

A maneira com que a história de Regina é Lupe se intercala, também por não ser apresentada em uma ordem cronológica, é um pouco confusa e difícil de acompanhar.

As críticas ambientais são super pertinentes, mas feitas de uma maneira tão literal que as vezes me desanimou um pouco.

Quero dar mais uma chance à autora pois li algumas resenhas aqui que recomendam outras obras suas, mas esse livro realmente não foi para mim.
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isnarbru 30/04/2024

A extinção das abelhas confesso que me decepcionou. Começei o livro pelo motivo de ter sido recomendado por uns leitores digitais e não gostei. Achei a leitura tediosa, insípida, não conseguiu me prender nem chamar minha atenção.
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Pri de La Forge 16/04/2024

Fim do mundo seletivo
Narrativa inteligente e pouco linear, dá pra se perder um pouco, principalmente no começo, em que a autora só nos dá pequenas pinceladas dos personagens e do ambiente, onde um cataclisma mundial é pano de fundo para desfiar criticas sociais, homofobia, machismo em um universo fictício mas claramente possível, considerando a tragedia ambiental já anunciada e alguns movimentos políticos assustadores ganhando força a cada ano.
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Gabriela1809 04/04/2024

Difícil descrever A extinção das abelhas em uma frase. Uma história do fim do mundo sobre mãe e filha sobre política sobre economia sobre perseguição da minoria às maiorias *pausa para respirar* sobre relações sobre a vida. O que é a vida, Regina dizia. As abelhas foram extintas devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos para fins lucrativos. Havia um colapsômetro nas grandes cidades do Brasil. Quando o colapsômetro atinge o seu ápice, essas cidades são abandonadas. Pessoas pobres ficando mais pobres, morrendo. Pessoas ricas ficando mais ricas. Bens, terras e alimentos indo parar nas mãos de poucos. Sempre nas mesmas mãos sujas. Responsáveis pela morte de milhões. O que restava para muitos, inclusive para quem defendia e se identificava com os poucos: descaso.
Arte imitando a realidade. Brincando com ela. Rindo dela.
Natália Borges Polesso faz poesia como ninguém. Ela sabe como fazer as palavras dançarem com a sua flauta (caneta) metafórica.
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geives.pacheco 31/03/2024

"A Extinção das Abelhas" é um livro da Natalia Borges Polesso que te prende do começo ao fim. Ela explora a relação entre a gente e as abelhas de um jeito que faz a gente pensar duas vezes antes de matar uma mosquinha. É um tapa na cara sobre como a natureza é importante e como nós estamos destruindo tudo.
Recomendo a leitura pra quem quer entender mais sobre o assunto e se ligar na importância de preservar as abelhinhas e o nosso planeta.
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Leidi 01/03/2024

Bom mas..
O livro começa com uma história superinteressante, que nos prende muito a história da Regina e Lupe, nos fazem querer ler muito rápido.
Na segunda parte achei tudo muito confuso e custei a continuar a leitura.
A terceira parte foi mais tranquila.
Acredito que se a autora tivesse mantido o mesmo ritmo do primeiro capítulo a leitura seria mais agradável.
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Andre 25/02/2024

Mulheres, colapso mundial e distopia
Um livro interessantíssimo, com mulheres sofridas vivendo em um mundo em colapso. Uma distopia muito mais próxima da realidade do que podemos imaginar, que envolve isolamento, pandemia, um presidente que tornou a morte o seu principal foco e que estimulou a caça do diferente.
Duas mulheres, mãe e filha, separadas. Outras tantas mulheres, cada uma com seus sofrimentos, tristeza, certezas e dúvidas, quereres e inquietudes, tentando sobreviver em um mundo que quer destruir o que chamam de aberrações.
Enfim, um livro com uma narrativa única, mas que conta uma história que poderíamos estar vivendo neste momento, mesmo se não houver um colapso mundial e/ou um cataclisma universal. Na verdade, estamos vivendo... só não queremos enxergar, como a humanidade posta no livro escolheu fazer...
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Renata Vaz 04/02/2024

Então?
Primeiramente quero dizer que gostei muito das personagens. Sua construção, seus dilemas, reflexões, achei que foram fidedignas à realidade. Contudo, o enredo da história aborda muuuitos temas potentes e, da forma como foi apresentado, com diferentes narradores e fora de uma ordem cronológica, me passou uma ideia de brevidade no aprofundamento delas. A própria autora, ao final do livro, comenta que iniciou a escrita sobre um determinado assunto e que depois foi ampliando e virou ?A extinção das abelhas?.
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Luana 03/02/2024

São muitos narradores, muitos temas, muita confusão. Eu já li outras obras da autora e me surpreendi negativamente com essa. A primeira parte do livro eu posso dizer que gostei, mas a segunda e terceira desandou. É muito recorte, muito fluxo de consciência, pouca linearidade narrativa. Realmente não gostei, mas sugiro muito as outras obras.
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Beatriz3345 25/01/2024

Muitas ansiedades contemporâneas
Livro narrado em primeira e terceira pessoa, com duas histórias paralelas e que estão enquadradas no quadro maior de um mundo (não muito distante do nosso) em calamidade, prestes a quebrar (mas talvez não para todos).

Chegando ao final da primeira parte, eu estava com meu interesse ligado tanto na história da Regina quanto da Lupe. Os capítulos são curtos e na primeira parte há uma brincadeira com a falta de pontuação dos finais dos capítulos e o título seguinte. Era uma forma de ver que mesmo que essas narrativas não estivessem em contato direto, a vida ainda é esse acontecimento que até mesmo as ausências deixam algo presente, alguma consequência.

O problema maior para mim foi a partir da segunda parte. Parece que são várias temáticas que a autora queria tratar para dar profundidade a história (e refletir sobre o nosso contexto atual), mas foi como uma coletânea de tópicos, notícias e acontecimentos e acho que perdeu um pouco no que poderia ter sido construído com as personagens que até então estávamos seguindo.

A terceira parte eu tenho poucos "poréns", e no geral, acaba bem.
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Mari356 21/01/2024

Excelente!
Não é a toa que Natália Borges Polesso é uma das grandes autoras nacionais contemporâneas. Regina é uma personagem marcante, Lupe também! Os pensamentos e histórias de vida de ambas me conquistaram totalmente, mesmo não se parecendo em nada com o que eu penso e com a forma como vivo, em muitos aspectos. É uma distopia, mas também é tão real! Natália se posiciona sem panfletar, mas diz o que é preciso. Gostei demais!
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