A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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Renata 08/10/2022

Tudo nesse livro nos leva a um certo incômodo: a normalidade no abandono, a apatia de Regina e suas escolhas, uma sociedade manipulada por mentiras, até mesmo os capítulos que terminam com frases incompletas?
A mescla de alguns fatos verídicos junto à uma ficção de fim de mundo nos faz perceber que não estamos muito longe disso.
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Paulo 07/10/2022

A Extinção das Abelhas
O livro percorre um caminha muitas vezes difícil, muitas vezes óbvio, nem sempre fácil. O que transparece na leitura é a cólera e o desconforto que a autora tem, não com o futuro, mas com o tempo que vivemos.
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Diovana.Krauchemberg 25/09/2022

Que livro incrível!!!!
Uma distopia sobre o Brasil pós pandemia, que conta a história da Regina, uma mulher que tem 40 anos.
Regina tem vários traumas do passado principalmente o de ter sido abandonada por sua mãe quando ela era criança.
Achei super fácil a leitura, capítulos tão pequenos que tu fica naquela "só mais um" e quando viu já leu uns 15 capítulos.
Achei interessante a forma como ela escreveu cada parte, as três partes são tão diferentes e uma melhor do que a outra.
Achei que o final merecia um final melhor mas me contentei com o que eu recebi!
Super indico!!!
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Ju Harue 18/09/2022

O agro é tech mas não deveria ser pop
Eu achei a premissa interessante, um fim dos tempos distópico - talvez nem tanto - que leva o Brasil a escassez e tudo que trás de degradação consequente, quando o uso de agrotóxicos exagerados acaba dizimando as abelhas e isso foi só o início do colapso. E acontece não somente no cenário nacional, há problemas do tipo em diversos países, medidos através do colapsômetro, mas achei bem interessante a história se passar em uma cidade brasileira pequena e interiorana. A personagem Regina, imersa em não-sentimentos, trazendo debates raciais, políticos, culturais e econômicos incomodamente próximos do cotidiano, reais demais, causou-me sentimentos que levei para o lado de não gostar da leitura, mas depois da oportunidade de ouvir a autora e outros participantes do projeto Piquenique Literário, eu entendi que foi intencional da autora e repetiu-se mesmo efeito em muitos outros leitores - objetivo atingido com sucesso rsrsrs. Esses sentimentos fazem parte de tudo que a história é e representa.
Com um estilo de escrita de experimentação, de muita intensidade e momentos fortes, Natalia trouxe histórias de mulheres diferentes e semelhantes ao mesmo tempo, cada uma com sua história e seu eixo de acontecimento, que se entrelaçam e separam-se conforme o desenvolvimento. A forma narrada é muito característica e acaba sendo uma leitura rápida apesar de ser indigesta em muitos momentos. As notícias que parecem ficção mas são reais foram outro soco no estômago e saber hoje, que ela escreveu antes da pandemia, torna ainda mais potente e significativo - ela revisou acrescentando falas pontuais sobre a pandemia, quando a obra não foi publicada originalmente na data prevista.
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Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 20/09/2022minha estante
Amei suas observações!


Ju Harue 20/09/2022minha estante
Obrigada Tha, e agradeço novamente por coordenar junto com o Bruno, um projeto tão especial e que proporcionou o encontro com a autora que agregou tanto. Vocês arrasam com o @piquenique.literario ??


Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 21/09/2022minha estante
??????




Ju Harue 18/09/2022

O agro é tech mas não deveria ser pop
Eu achei a premissa interessante, um fim dos tempos distópico - talvez nem tanto - que leva o Brasil a escassez e tudo que trás de degradação consequente, quando o uso de agrotóxicos exagerados acaba dizimando as abelhas e isso foi só o início do colapso. E acontece não somente no cenário nacional, há problemas do tipo em diversos países, medidos através do colapsômetro, mas achei bem interessante a história se passar em uma cidade brasileira pequena e interiorana. A personagem Regina, imersa em não-sentimentos, trazendo debates raciais, políticos, culturais e econômicos incomodamente próximos do cotidiano, reais demais, causou-me sentimentos que levei para o lado de não gostar da leitura, mas depois da oportunidade de ouvir a autora e outros participantes do projeto Piquenique Literário, eu entendi que foi intencional da autora e repetiu-se mesmo efeito em muitos outros leitores - objetivo atingido com sucesso rsrsrs. Esses sentimentos fazem parte de tudo que a história é e representa.
Com um estilo de escrita de experimentação, de muita intensidade e momentos fortes, Natalia trouxe histórias de mulheres diferentes e semelhantes ao mesmo tempo, cada uma com sua história e seu eixo de acontecimento, que se entrelaçam e separam-se conforme o desenvolvimento. A forma narrada é muito característica e acaba sendo uma leitura rápida apesar de ser indigesta em muitos momentos. As notícias que parecem ficção mas são reais foram outro soco no estômago e saber hoje, que ela escreveu antes da pandemia, torna ainda mais potente e significativo - ela revisou acrescentando falas pontuais sobre a pandemia, quando a obra não foi publicada originalmente na data prevista.
Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 20/09/2022minha estante
Amei suas observações!


Ju Harue 20/09/2022minha estante
Obrigada Tha, e agradeço novamente por coordenar junto com o Bruno, um projeto tão especial e que proporcionou o encontro com a autora que agregou tanto. Vocês arrasam com o @piquenique.literario ??


Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 21/09/2022minha estante
??????




Bi Bueno 08/09/2022

A Extinção das Abelhas
Essa é a história da nossa inércia? de como deixamos a coisa toda colapsar é apenas nos adaptamos ao eles dizem (ou decretam) ser ?o novo normal?. E como não podia deixar de ser, nunca somos nós que decidimos quem vai viver e quem vai morrer nesse novo estado das coisas.
Um livro que mistura cansaço social com traumas e dores pessoais.
Fortemente recomendo!
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Nath 13/08/2022

Como toda escrita de Natalia Polesso, essa é mais uma história envolvente, mas demorei para ler, à semelhança com a realidade, o medo que pode vir a ser nosso futuro dá um nó na garganta. Uma escrita como sempre perfeita e detalhada.
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Lígia 28/07/2022

Era tudo para ser um Brasil distópico, porém quanto mais lemos vemos que o quê esta escrito é real!

A parte de crítica social e política é muito boa, mas acho que a história da protagonista ficou um tanto que chata, tinha horas que dava vontade de entrar no livro e dar uma sacudida nela.

Um livro que não funcionou tanto para mim.
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Paloma Ribeiro 11/07/2022

O livro é uma distopia. A história se passa no futuro, num Brasil pós pandêmico, em que o mundo colapsou e nada mais é como era antes do Covid. Conta a história de Regina, que em meio ao fim do mundo, se torna Cam Girl. Curiosamente o livro possui apenas personagens femininas, tendo o pai de Regina um papel muito secundário. Leitura envolvente e viciante, com uma crítica social afinadissima.
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Ana Cláudia 03/07/2022

"- É. Nós somos a extinção das abelhas. A civilização. A sociedade de consumo. Nós. Os não selvagens.
- Selvagens. Essa palavra sempre me incomodou. Digo, o uso dela em oposição a civilizado. Eu queria ser selvagem. Esse é um desejo. Não domesticada, não instruída, indisciplinada, imprevisível."

Muito bom, todos que li dela gostei até agora e dessa vez não foi diferente. Os temas abordados de abandono, colapso do meio ambiente e populações marginalizadas são muito atuais, só não gostei tanto da segunda parte por ser meio desconexa (mesmo entendendo que essa é a proposta).
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Ale 15/06/2022

A Extinção das Abelhas
Leitura de abril devo dizer que é um verdadeiro soco no estomago. Não é aquele livro amorzinho, mas, um livro necessário.

"As pessoas vão embora, e isso é uma realidade"

Diria que uma dura realidade, somos egoístas demais para admitir e aceitar a partida de alguém que amamos e as vezes até aquelas pessoas que não nos importamos muito temos uma certa dose de masoquismo de querer aquela pessoa por perto.

Vamos conhecer Regina e suas perdas...Será abandonada pela mãe, criada pelo pai, mas, ficará órfã, Regina logo cedo terá que lidar com perdas...Perdas essas que no decorrer da história vão ser lembradas e marcantes durante toda a sua jornada...

Regina então terá apoio incondicional das suas vizinhas Eugenia e Denise que serão o mais próximo do que conhecerá como família.

O livro é bem atual, talvez por isso seja tão difícil e muitas vezes confuso, sendo necessário volta a leitura... Estamos vivendo em um mundo pós pandemia, um total colapso...Falta emprego, falta comida e segurança...

“A gente se constrói e se desconstrói e aprende a olhar com um pouco mais de entendimento para as outras pessoas.”

Sem perspectiva alguma, Regina começa a trabalhar como camgirl na internet...

Durante toda narrativa acompanhamos as reflexões da personagem, e também teremos partes narradas pela mãe de Regina...

O livro é divido em três partes. Na primeira parte é construída por Regina e outras personagens femininas

site: https://blogtalendo.blogspot.com
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Ale 15/06/2022

A Extinção das Abelhas
Leitura de abril devo dizer que é um verdadeiro soco no estomago. Não é aquele livro amorzinho, mas, um livro necessário.

"As pessoas vão embora, e isso é uma realidade"

Diria que uma dura realidade, somos egoístas demais para admitir e aceitar a partida de alguém que amamos e as vezes até aquelas pessoas que não nos importamos muito temos uma certa dose de masoquismo de querer aquela pessoa por perto.

Vamos conhecer Regina e suas perdas...Será abandonada pela mãe, criada pelo pai, mas, ficará órfã, Regina logo cedo terá que lidar com perdas...Perdas essas que no decorrer da história vão ser lembradas e marcantes durante toda a sua jornada...

Regina então terá apoio incondicional das suas vizinhas Eugenia e Denise que serão o mais próximo do que conhecerá como família.

O livro é bem atual, talvez por isso seja tão difícil e muitas vezes confuso, sendo necessário volta a leitura... Estamos vivendo em um mundo pós pandemia, um total colapso...Falta emprego, falta comida e segurança...

“A gente se constrói e se desconstrói e aprende a olhar com um pouco mais de entendimento para as outras pessoas.”

Sem perspectiva alguma, Regina começa a trabalhar como camgirl na internet...

Durante toda narrativa acompanhamos as reflexões da personagem, e também teremos partes narradas pela mãe de Regina...

O livro é divido em três partes. Na primeira parte é construída por Regina e outras personagens femininas

site: https://blogtalendo.blogspot.com
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bibia 15/06/2022

Ai eu achei tão bobo, tão sem graça
O livro, no geral, é bom. Porém algumas partes da narrativa são muito arrastadas e entediantes, principalmente a segunda parte do livro, mas tirando isso é bom, traz muitas reflexões, me fez ficar em crise existencial pela forma como a autora deixou tudo tão parecido com a nossa realidade.
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Raquel 15/06/2022

“É tão dificil imaginar futuros!"”
“As pessoas vão embora, e isso é uma realidade”. Essa frase na abertura do livro já indica que essa é uma história sobre perdas e o estar sozinho, mas desde o início eu torci para que falasse também sobre se encontrar e de estar junto.

Na primeira parte do livro acompanhamos Regina, uma mulher de 40 anos, diabética, que não tem propósito na vida e vive de bicos, que constantemente relembra de pessoas que partiram (“as pessoas vão embora, e isso é uma realidade.”). A mãe a abandonou na infância, fugindo com um circo, e o pai morreu anos depois remoendo a dor por ter sido abandonado pela esposa. Ela busca maneiras de se encaixar/relacionar, mas sem sucesso: com Eugênia e Denise, casal que a adota após a morte do pai; com Aline, irmã adotiva; com Paula, sua ex-namorada; com a gata, Paranóia. Apesar de todas as dificuldades, Regina ainda sente que pode ajudar e dá abrigo a uma moradora de rua. Enquanto isso, o mundo está caótico, prestes a colapsar por várias questões políticas e ambientais: ilhas de lixo, agrotóxicos acabando com a vida, secas, incêndios, migrações em massa, violência, pobreza e fome.

Nessa parte achei super interessante o recurso usado pela autora de usar a última palavra de uma capitulo como o título do próximo. Isso faz com que os capítulos sejam interligados e você queira continuar a ler. Além disso, se intercalam capítulos que falam da vida de Regina no presente com capítulos que falam do passado, do que aconteceu com Lupe, sua mãe, depois que ela fugiu com o circo.

Na segunda parte os capítulos são curtos, com notícias verídicas que nos mostram os acontecimentos que levaram ao colapso do mundo.

Na terceira parte, uma amiga encontra Regina no meio dos escombros da cidade após o colapso e ela tem uma nova chance de se encaixar no mundo.

Muita gente classifica como distopia, mas o que nos amedronta mesmo nessa história é a familiaridade com o mundo real. O mundo em que Regina vive, num futuro próximo, é muito parecido com nosso mundo de hoje. Será que caminhamos para o mesmo colapso mundial???? Será que "é tão dificil imaginar futuros"?

Algumas observações sobre a história:
- antes de qualquer catástrofe natural, o mundo já está em colapso: colapso das instituições e do meio ambiente, crescente violência, escassez dos recursos alimentares e, sobretudo, colapso das relações interpessoais e da vida em comunidade. Uma das personagens aponta que nós seremos extintos, mas o mundo continua.

- as coisas vão acontecendo, as pessoas acompanham o relógio da catástrofe e se indignam nas redes sociais. Mas ninguém mexe um dedo, ninguém muda nada, as pessoas só vão acompanhando e indo. A história fala sobre a nossa inércia frente ao que está bem claro: acabando comida, diminuindo água, os ricos mantendo seu padrão enquanto os pobres vivem em cidades-lixão. Tudo parece normal.... E é nessa falta de reação que o universo que nos circula se enfraquece e começa a ruir.

- achei interessante como a autora relacionou mãe e filha: nas duas personagens há uma busca pela liberdade, por ser uma mulher selvagem – no sentido de não-domesticada, de não-obediência aos papéis pré-definidos. Guadalupe, a mãe, encantada com a Monga, fugiu com o circo (A única foto que Regina tem dela, a traz vestida com o corpo da Monga, segurando a cabeça na mão, sorrindo junto de sua trupe). Essa fantasia também se torna uma possibilidade de fuga para Regina: quando se torna camgirl, a cabeça de Monga é parte essencial para a existência de Divaine, sua nova persona em performances eróticas na internet. A grande diferença é que Lupe foi em busca daquilo que queria, enquanto Regina se acomodou em seu mundo e nem conseguia identificar o que desejava.

- o fim das abelhas é um dos sinais mais contundentes de que a natureza não vai bem, mas é também o fim de uma vida em sociedade que tem como prerrogativa o bem comum. Claro, é mais fácil render-se à inércia e aceitar que não há mais nada o que fazer, aceitar a situação como normal. Acho que a autora vê uma possibilidade de reverter essa extinção de sentimentos e humanidade, uma chance de redenção para nossa sociedade, que, talvez, esteja no comportamento das abelhas: se nos tornarmos enxame, nos unirmos em torno de um objetivo comum, de um verdadeiro senso de comunidade.

Gostei muito e acho que vale a pena ser lido!!
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