A extinção das abelhas

A extinção das abelhas Natalia Borges Polesso




Resenhas - A extinção das abelhas


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Laysa.Souza 20/01/2022

Escrita simples e sensível, como sempre, mas falta aprofundamento no desenvolver dos personagens secundários
O inicio é promissor e bem construído com a narrativa sobre um mundo em colapso. Gosto muito da escrita dela, mas senti que o livro tenta ser muita coisa e acaba não desenvolvendo a maior partes dos personagens. Mas ele funciona na maior parte do tempo e é lindo ver Natalia escrever narrativas lésbicas que não são focadas apenas em relacionamentos românticos. Gosto do desenvolvimento sobre a mãe e a relação familiar com as amigas que a protagonista constrói. Apesar de sentir a leitura arrastada pro final sinto que é um lívro que explora questões atuais profundamente em suas entrelinhas e foi ótimo ler algo novo da autora.
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Barbara.Raulino 17/01/2022

Eu adoro a Natalia Borges Polesso e tava muito curiosa pra ler A extinção das abelhas, seu último romance, lançado no ano passado pela companhia das letras. Como sempre, gostei muito do que ela entrega aqui. A protagonista dessa narrativa distópica – que se passa em um mundo pós pandemia – lida com suas próprias questões enquanto tenta sobreviver a um mundo em colapso. Regina é orfã: o pai morreu no início da vida adulta e a mãe foi embora ainda em sua infância. Após a morte do pai, ela encontra em um casal de vizinhas e sua filha uma nova possibilidade de família. Natalia tece diferentes redes e relações entre mulheres, é nas mulheres que visualizamos novas formas de se relacionar. É muito bonita a ideia de comunidade e de família escolhida que ela propõe e apesar do tema difícil que ela aborda, essas possibilidades me deram um quentinho no coração.
A leitura é super fluida e o livro é dividido em três partes. Na primeira, ela usa um recurso pra nos manter conectados na mudança de capítulos e achei isso genial e muito efetivo: não dá vontade de largar o livro. Essa leitura também me provocou vários incômodos, principalmente porque é muito fácil a gente se identificar e também visualizar esse futuro meio distópico que ela propõe. É muito fácil intuir o caos que está por vir se continuarmos vivendo desse jeito. Recomendo demais, acho que é um livro mais que necessário, é urgente.

site: https://www.instagram.com/compartilhandoletras
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Lívia 16/01/2022

A extinção das abelhas
"Acho que essa é a diferença que vem com a idade. Claro que a gente sabe mais, mas a gente aceita muito melhor não saber. E aceita que algumas coisas mudam e que outras não mudam nem a pau e que não há nada que tu possa fazer. Só ter paciência. Eu aprendi a ter paciência. Não passividade. Paciência. Um tanto de resignação. Por mim, pra mim, comigo. Depois com os outros"
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Bárbara 15/01/2022

Fim do mundo, colapso, caos.
A autora, em sua escrita consegue nos transportar pra esse Brasil apocalíptico.
Trás reflexões importantes.
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Luan148 13/01/2022

A escrita da autora é muito compreensível e sem arabescos filosóficos desnecessários, mesmo assim, sendo extremamente poética. A solidão, a sexualidade, a família, a amizade e a relação com o mundo são temas bem expostos no livro, até certo ponto. Tive uma pequena dificuldade em acompanhar a narrativa em certos momentos (o mundo tá acabando? a mãe da protagonista tá viajando? as mulheres lésbicas estão sendo perseguidas? onde estão todas localizadas?). Creio que a disposição das narrativas não são bem distribuídas, apesar de sua clara importância pra história. As vezes o menos é mais mesmo.
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Camila 12/01/2022

Continuamos humanas mesmo no apocalipse
Será que amanhã conseguiremos pagar pelos preços absurdos para que haja água quente em nossos chuveiros? Você viu a mais nova declaração do presidente? E as ruas, cheias de milícia e guaritas clandestinas? Puta merda, não acredito que estou levando um pé na bunda dessa mulher no meio do fim do mundo.

O desenho de colapso que a Natalia Borges Polesso cria em 'A extinção das abelhas' é tão palpável que, se bobearmos, conseguimos encontrá-lo virando a esquina de nossas casas em um dia qualquer.

Escrever e prever o futuro do planeta não é nada novo por si só. Mas a maneira como Natalia coloca no centro o cotidiano de pessoas comuns torna o livro uma possibilidade pouco explorada. Não serão os tanques nem os mísseis que vão nos preocupar no dia a dia, mas a falta de alimentos na quitanda e as abelhas envenenadas e o copywriting muito bem feito para vendermos nossos corpos.

"Não existia emprego pra todo mundo, a pobreza e a miséria tinham chegado à taxa máxima da série histórica e eu era uma mulher de quarenta anos solitária que estava levando um pé na bunda, enquanto para o mundo não fazia a menor diferença como eu me sentia naquele exato momento".

'A extinção das abelhas' é um livro tão atual quanto o próprio dia de hoje e por isso causa medo e calafrios a cada página. Me apaixonei pelo formato de conexão entre capítulos e títulos e que me colocou para pensar em como uma história precisa de carinho para ser contada do jeito certo.

"Podem tá deixando entrar gente, mas sapatão eles não deixam". Apesar do pano de fundo cataclísmico, não deixa de ser uma história sobre as angústias mais humanas de uma mulher sapatão de quarenta anos. Mesmo em meio ao desastre final, ainda é claro como caminhamos em corda-bamba para sermos vistas como gente.

Não à toa Natalia é uma das minhas autoras favoritas desde li 'Amora' pela primeira vez. Assim como a protagonista Regina, eu também estou cansada de ainda morrer tanto. Mas seguimos fortes, por desejo de transformação e porque é tudo que nos resta.
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Eduarda1762 10/01/2022

Corajoso, ousado e doloroso
Desde que li Amora em 2018, toda vez que Natalia Polesso lança um livro eu o coloco na minha lista de leituras. Essa obra me deixou com um amargo na boca e uma dor no estômago por dias. A escrita é belíssima, a forma como o livro é organizado também. A história não é agradável, mas é brilhante. Polesso teve a ousadia que faltava para colocar no papel tudo aquilo que nós - assombrados com o presente do país - imaginamos nas nossas piores horas, mas não temos coragem de colocar fisicamente no mundo. "A extinção das abelhas" toca em todas as feridas, mas é impossível largá-lo. É o escracho e um possível futuro da nossa sociedade. Recomendo esse livro pra toda e qualquer pessoa que esteja vivendo no Brasil hoje.
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Euler 03/01/2022

Extinguir as abelhas, as mulheres, as lgbtqiamais, os sonhos. Esse parece ter sido um plano nos últimos anos e que se soma a todas as catástrofes ambientais - que são causadas pelos mesmos homens e não pelo meio ambiente. Na narrativa, seguir com a Regina foi angustiante porque ao mesmo tempo que os capítulos são como enjambements nos poemas e não permite que passemos a leitura, a história que a Natália nos apresenta é de um fim de mundo que já estamos vivendo. Inclusive , a segunda parte do livro, no qual se suspende a narrativa e temos diversos textos que anunciam/constatam/fatos reais/ficção sobre o fim é de torcer a gente no miudinho. Eu particularmente amo que o livro é povoado por mulheres lésbicas, morar nele nesses três dias tem sido um abraço, porque de alguma forma as manas trazem isso, abraços. E talvez esteja aí o grande lance do livro, embora seja total catástrofe, que lide com uma distopia que já vivemos - aliás, o termo distopia já entrou em desuso? - as páginas nos acolhem. Há acolhimento entre as personagens, que não se abandonam. Acho maravilhoso como a autora lida com o tempo, e mescla a história da protagonista, com a de sua mãe que fugiu com o circo. De certa forma, mãe e filha, mulheres mongas, mulheres monstras, ciborgues são duplo. E acompanhá-las é lidar com o antes e depois do fim. Aliás, a brincadeira com o fim _pandemia COVID e os fins que se anunciam é muito boa. Acho delicioso as passagens da Regina como camgirl, o que não dá pra não pensar no espetáculo da Janaína Leite e sobre essa imagem mascarada que atiça o sexo de todos. O sexo com máscaras, onde se encontra amor BB? O texto corre solto e as palavras são tão reais que dá até ilusão de que a literatura contemporânea pode caber na boca do povo. Leiam ??
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Andrea 22/11/2021

Um Brasil pré apocalíptico
A escritora gaúcha Natalia Borges Polesso leva o leitor para o futuro em um Brasil pré-apocalíptico, onde narra em paralelo a história da mãe e da filha.

A filha é Regina, uma mulher de 40 anos criada pelo pai deste que ambos foram abandonados pela sua mãe, ao qual desconhece se está viva ou morta. Apesar de formada, ela não encontra emprego em lugar nenhum, precisa pagar para receber a insulina que deveria ser gratuita e acaba se tornando stripper virtual para ganhar algum dinheiro e assim seguir com seus sustento.

Já a mãe, chamada Guadalupe, divide com o leitor a sua ânsia de buscar por novos mundos, fazendo com que frequentemente ela abandone a todos os que estão à sua volta para recomeçar em outro ponto.

A Extinção das Abelhas é um livro dividido em três partes, nos quais a autora escolheu diferentes formas de contar a sua história, deixando claro o início e o fim de cada fase da narrativa.

Um livro sobre morte, solidão, amor, sobrevivência, relações humanas, preconceito, causa e consequência. Resumindo: um pré-apocaliptico que não é nada inverossímil.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2021/11/a-extincao-das-abelhas.html?m=0
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José Cláudio 01/11/2021

Escritora maravilhosa
Natalia Borges Polesso é uma das minhas autoras contemporâneas favoritas, nem preciso dizer que amei Amora e Controle, porém em A extinção das abelhas me deixou assustado. Assustado com um enredo distópico muito próximo do que já vivenciamos, me identifiquei com a personagem Regina (mesmo tendo gêneros diferentes). Comecei novembro recomendando esse livro pra todo mundo
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Luly @projetocabeceira 26/10/2021

Distopia pandêmica
Imagina um mundo colapsado pós pandemia de 2020. Natália BorgesPolesso imaginou e escreveu. Mas esse velho novo normal é apenas o pano de fundo pra história de mãe e filha, abandono, solidão, tudo vivido por Regina, e do outro lado, Guadalupe, sua mãe que fugiu. Não fiquei envolvidona, mas é uma leitura legal, com críticas sociais e políticas e uma narrativa muito envolvente.
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Gabriela3420 05/10/2021

A extinção das abelhas
"A Extinção das Abelhas" é o segundo romance da incrível autora Natalia Borges Polesso. Neste livro nos deparamos com um Brasil distópico, embora pertubadoramente real, onde há uma grave crise climática, democrática e social. A personagem principal é Regina, uma mulher de 40 anos, que tenta sobreviver em meio ao caos trabalhando de camgirl na internet.

Este é um livro bem profundo, que toca em feridas ainda abertas como a pandemia, negacionismo e o governo atual. Através de Regina vislumbramos um país colapsado, em que não há condições de salubridade ou segurança para viver, acompanhamos também outros sentimentos da personagem como culpa, abandono e ressentimentos.

A saga pela sobrevivência de Regina é acompanhada por outras personagens femininas, igualmente fortes e muito bem construídas pela autora, aliás eu me liguei muito mais às personagens secundárias do que com a própria protagonista. Apesar do ritmo de leitura fluir bem, em alguns momentos eu me senti um pouco perdida na narrativa, por ser muito fragmentada, talvez. É um bom livro, porém não é o meu favorito da autora.

"O fim do mundo já acontecia fazia tempo bem na nossa vizinhança. E assistíamos a ele como se fosse ficção, como se não fosse problema nosso. Nos recusávamos a encará-lo, a vivê-lo."
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Cristian Fontoura 04/10/2021

Uma distopia virando a esquina
É o fim dos tempos. Ao menos para alguns... "A extinção das abelhas" é um livro sobre uma realidade pós-apocalíptica que é muito mais próxima da realidade atual do que gostaríamos. O título pode enganar um pouco, pois o intuito do livro não é mostrar de forma super-realista, nem sensacionalista, como a extinção das abelhas geraria o caos. É claro, existe esse pano de fundo, mas o livro é muito mais do que isso. Num Brasil em colapso criado por Natália Borges Polesso, acompanhamos a Regina, uma mulher de 40 anos marcada pela ausência da mãe que há muito a abandonara e que constantemente relembra de pessoas que partiram (porque todo mundo eventualmente parte).
O mundo está de ponta cabeça, ilhas de lixo, agrotóxicos acabando com a vida, secas, incêndios, migrações em massa. Regida por um colapsômetro, a humanidade ruma a um sombrio destino, com regiões que colapsam ou são "descontinuadas", entrando assim num blecaute proposital. Uma dessas regiões é o Sul do Brasil, o que obriga Regina a tomar decisões que ela jamais pensara.

O livro é lindo. Ele é triste, mas também tem momentos cômicos e referências obscuras. No final das contas, talvez já estejamos vivendo numa distopia...
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Thalia.Stephanie 12/09/2021

Muito Bom
Meu primeiro livro da autora e eu simplesmente amei, o livro flui bem em suas narrativas e é um livro que me prendeu, incluindo uma parte que eu achei fascinante sobre alguns fatos reais, simplesmente estou encantada.
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Rogerio_dosanjos 06/09/2021

Eis que são 03:43 da manhã de um domingo pra segunda e eu estou aqui acordado após ter acabado de ler essa distopia tão próxima da nossa realidade que se passa na cidade em que vivo e termina passando pela cidade onde nasci. Uma realidade cruel e verdadeira trazida em cada linha de Natália que a ideia de distopia parece apenas uma projeção para o futuro. Eu amei um dos melhores livros que li em toda minha vida!
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