drago 15/05/2022
podia ser melhor
gatilhos no livro: cenas de shutdown e meltdown (protagonista autista)
“Todo o Medo que Sentimos” é um livro que conta a história de Noah e Hailey. Noah é um famoso patinador no gelo que está passando um tempo em sua cidade natal. Hailey é uma jovem que, após perder seu apartamento, se abriga na casa de uma amiga, mãe de Noah. Esse reencontro vai despertar novos sentimentos e desenterrar arrependimentos.
Eu não sei se meu problema desse livro tem a ver comigo ou com ele. Deixando claro que eu não odiei nem nada, eu só realmente não me prendi na narrativa.
Os personagens são, em grande maioria, pessoas por quem você cria empatia e gosta, mas não consegui criar apego a nenhum deles e os achei esquecíveis. Acho que os que eu mais gostei foram o Noah e o amigo da Hailey que eu até já esqueci o nome ksjdkdsj.
A história em si não tem nada de muito diferente, mas eu gostei de como outros assuntos foram incluídos, como capacitismo, famílias adotivas, lgbtfobia, problemas com os pais entre outros. O desenrolar dos acontecimentos é de certa forma, previsível e não me despertou muitas emoções de fato.
Acho que algo que me atrapalhou na leitura foi meu desgosto pela Hailey. Ela não é uma pessoa ruim nem nada, mas algumas atitudes dela me irritaram muito e fizeram parecer o livro muito forçado. Era um pouco como se a personagem precisasse ser explosiva e inconsequente dessa forma para que o livro acontecesse, o que criou um pouco essa dependência do enredo para com a personagem, o que me fez não gostar muito dela. O que convenhamos, é um saco, não gostar da protagonista do livro.
Um ponto positivo da narrativa é que os pontos de vista do Noah foram muito bem escritos e me passavam um pouco da paixão dele pela patinação e me davam um gostinho bom de compartilhar do amor dele pela música. Além disso, foi muito interessante ler um livro com protagonismo autista e entender um pouco mais como essas pessoas se sentem diante de determinados cenários, acho importante normalizar livros com esse tipo de representatividade.
O romance é fofo, aquece o coração e é bem bonito ver como eles lidam um com o outro e como eles se preocupam e se cuidam. Mas se eu falar a real, acho que eu me interessei mais pela história da mãe do Noah e de sua amada do que pela história dos protagonistas ksdjkd.
Em resumo, não é um livro inovador nem nada do tipo, mas é fofo, bonito e com bastante representatividade e assuntos importantes.