Bruh Silva 27/01/2018NINGUÉM É DE NINGUÉM"Há quem pense que sentir ciúmes é provar que se ama ardentemente. Até descobrir que ele transforma a sua vida amorosa em dolorosa tragédia que termina em amarga separação."
Neste livro iremos conhecer Gabriela, que é esposa, mãe de dois filhos, consegue cuidar da casa, e trabalhar fora. Para ela é um grande prazer fazer aquilo que se gosta.
Gabriela tem tudo aquilo que precisa para viver bem e confortavelmente, é feliz por ter casado com o homem que ama, juntos conseguiram construir uma família. Ela gosta de participar da educação e desenvolvimento dos filhos, é uma boa amiga e sabe reconhecer o esforço que são feito para com ela.
Roberto esposo de Gabriela, é o chefe de família, faz tudo o que pode para ver aqueles que amam bem e vive por pedir à esposa que largue o emprego e se dedique inteiramente a casa e aos filhos.
Roberto vê as coisas mudarem ao sofrer um golpe do Sócio, que o rouba e acaba por levar todo o dinheiro deles, assim ele passar a depender exclusivamente daquilo que a esposa ganha como secretaria e isso para ele é pior do que a morte, afinal ele cresceu e foi criado ouvindo-se dizer que, ser sustentado por mulher é uma humilhação.
A partir daí a vida dele começa a ser só lamúria, sofrimento e tristeza e não bastando isso ele passa a ser tomado por um excesso de ciúmes doentio pela esposa.
No começo Gabriela compreende, afinal foi um grande golpe esse que o marido sofreu, mas depois de um tempo ela começa a querer e exigir que ele reaja levante a cabeça e continue a seguir a vida. No entanto ele não consegue reagir e só pensa em vingar-se.
Eu confesso a vocês que fui bem relutante para ler esse romance, eu já havia lido outros tantos da autora, mas esse em especial não tinha me chamado a atenção, até que no momento certo eu enfim resolvi dar uma chance para essa história e de fato pude me indagar, por que demorei tanto para lê-lo.
Eu amei, amei, amei a história e os desdobramentos que acontecem, compreendemos o porquê de ninguém ser de ninguém. Não somos objetos para pertencermos ao outro, não temos o direito de interferir na vida de ninguém, achando que o outro tem quer ser ou fazer aquilo que nós achamos mais adequado. Essa história me fez refletir de como os pequenos gestos e demonstrações de ciúmes cotidianos, fazem com quem nós mesmos sejamos os causadores do distanciamento do próximo. Aprendi que temos de ser bem mais tolerante e que o companheirismo é muito melhor do que o julgamento.
Todos tem o direito de seguir o caminho que achar melhor para si.
Nota: 4