Cley 22/07/2022Windsor Horne Lockwood III, ou apenas Win, é levado a uma cena de crime pelo FBI. Lá duas coisas o chamam a atenção: a pintura Vermeer e uma mala com as iniciais WHL3 encontrados juntos ao corpo. Win não faz ideia de como aquela mala e o quadro vieram parar ali, mas descobrirá. Além disso, o homem morto pode estar envolvido no sequestro de sua prima que aconteceu há 20 anos.
"Os homens mais burros são aqueles que acham que não erram, os que têm mais certeza e os que não sabem o que sabem."
Win é um personagem marcante derivado da série Myron Bolitar. Win foge às regras e meio que podemos dizer que ele tem seu próprio método de resolver as coisas. Veio de família rica, é atraente, mas o melhor de tudo: é inteligente. E muito sarcástico. Conhecer essa história “solo” de um dos personagens que se destacam nas obras do autor foi uma experiência gratificante e se tornou um dos favoritos do ano.
A história é narrada em primeira pessoa e à medida que adentramos na vida do personagem, entendemos que há muita coisa por debaixo dos panos.
A construção do Win é bem elaborada e temos um personagem com falhas e acertos, ou seja, humano. Coben nos submete ao passado dos personagens para podermos entender melhor os acontecimentos atuais e por ser o Win que narra a história, me senti seu confidente.
Nem tudo é o que parece ser e Win não é um cara que se deixa se enganar fácil.
Coben em sua glória, mostra sua poderosa escrita hipnótica e nos faz entender que, nada fica certo por tanto tempo, ou que nunca nada fica certo. As coisas acontecem e ignoramos o fato de não terem acontecido, mas há sempre algo que incomoda e fingimos que não está lá, mas está.