Stephany
08/10/2021Para Antropoceno, eu dou 4 estrelasPensei que leria bem rapidinho, mas quis apreciar e comentar algumas das resenhas com pessoas próximas. Acabei descobrindo coisas que nunca pensei em pesquisar a respeito, por exemplo, a origem dos ursos de pelúcia. Eu nunca me considerei fã de um autor, mas gosto da escrita do John Green, principalmente dessa escrita de não ficção.
O livro é uma grande mistura de temas que muitas vezes não tem relação direta, de certa forma, saber um pouco mais das individualidades do autor, o deixou mais humano para mim.
Tem várias resenhas que tiram risadinhas e até me emocionaram como a narrativa sobre Procurar estranhos no Google e a atuação de Jerzy Dudek em 2005 e eu nem sou muito chegada ao futebol, no entanto, as últimas deixaram o livro um pouco melancólico para mim.
E é por isso que para Antropoceno, eu atribuo 4 estrelas.
Como foi dito no livro, o John Green tem algumas das resenhas em seu podcast e é um ótimo jeito de praticar o inglês, algumas informações foram adicionadas no livro, mas a essência é similar. O podcast pode ser encontrado no Spotify.
Há vários trechos que favoritei e vou colocar alguns aqui:
? ?Além da dor física, aquilo fazia eu me sentir pequeno e insignificante. Mas eu não oferecia resistência, não de verdade, porque, em muitos dias, aquela era a única interação social quebrei tinha. Mesmo quando havia lixo úmido na minha cabeça, eu tentava rir, como se fizesse parte da piada.?
??Lembro-me de ter pensado que nunca mais seria criança, não de verdade, e foi a primeira vez que senti aquela intensa saudade de um eu que nunca mais voltaria. Sarah Dessen escreveu certa vez que o lar ?não é um lugar, mas um momento'. O lar é um risinho de pelúcia, mas apenas um determinado risinho de pelúcia em determinado momento.?
??Nunca me destaquei academicamente e tinha até certo orgulho de ?não estar desenvolvendo meu potencial?, em parte por medo de que, caso desse o meu máximo, o mundo descobrisse que eu não tinha tanto potencial assim.?
??Meus pensamentos são como um rio transbordando de suas margens, agitado, turvo e incessante. Eu gostaria de não sentir tanto medo o tempo todo ? medo do vírus, sim, mas também um medo mais profundo: o pavor da passagem do tempo; e de passar junto com ele.?
??Essa é a história humana. Durante uma crise, é humano não apenas culpar as pessoas marginalizadas, mas também matá-las.?