Resenhas - A pediatra

Jana 19/03/2022

Uma pediatra diferente!
Primeiro livro da autora que tenho a oportunidade de ler.
Gostei da fluidez da escrita, construção da personagem e da vilania que envolve a protagonista!
No entanto, a personagem Cecília é completamente egotista, antiética, imoral, sem qualquer demonstração de empatia.
Achei a que autora soube trazer essas características dela de forma bem feita, tanto que é inevitável ter raiva dessa vilã.
Algumas partes chocam, pois há vislumbre de uma quase psicopatia, principalmente quando a narrativa menciona crianças e suas peculiaridades médicas.
Estranhei as pontuações em alguns momentos, mas depois fluiu!!
Alguns devaneios da personagem vão de engraçados a insanos e surreais.
Livro curto e rápido de ler!!

@sabri.eoslivros 31/08/2022

Em A Pediatra, iremos conhecer Cecília, uma médica bastante detestável. À medida que a história anda, passamos a entender um pouco mais a sua forma de pensar e sua visão de mundo, claramente aqui a autora quis desmitificar aquela figura de médico-deus. Cecília não possui a menor vocação para a pediatria - sequer gosta de crianças. Ela apenas seguiu os passos do pai, que inclusive tem uma clínica no mesmo prédio em que a filha tem a sua.
Foi bem interessante entrar na mente dessa pessoa bastante perturbada, que basicamente não tem amigos, está com o casamento por um fio e se envolve com um homem casado (e faz o parto da sua esposa!!!! É assim que ela começa a criar um bizarro vínculo com Bruninho, o bebê do casal).
Eu gostei da história, achei diferente, aqui teremos também uma certa imersão no universo da medicina, que não é cansativa, tanto pelo livro ser curto quanto por não serem passagens longas as que citam termos médicos.
A escrita da autora é muito boa, dá um ritmo legal à narrativa, apesar de ser um pouco confusa em alguns momentos, tendo em vista que os diálogos não são marcados, uma vez que são repassados pela própria narradora e os pensamentos por vezes bem doidos dela correm soltos pelas páginas dessa obra. Mas não demora muito pra nos conectarmos com essa forma, só exige um pouco mais de atenção mesmo.
Eu achei que esse livro ia falar um pouco mais sobre o dia a dia de Cecília enquanto pediatra e suas impressões acerca dessa vida, e ele até fala. Mas, da metade para o final, a protagonista se envolve com situações que giram em torno sempre de um mesmo ponto, o que me fez achar um pouco monótono às vezes.
Em contrapartida, essa virada de chave e tomada de rumo (que culmina em um final um tanto chocante, apesar de não totalmente imprevisível e uma última frase babadeeeeeira, que te faz imaginar no mínimo duas possibilidades) transformam Cecília em uma pessoa um tanto diferente, por assim dizer...
Enfim, recomendo, foi uma experiência bem interessante e um livro nacional que vale muito a pena ser conhecido! Além de ser uma leitura rápida, concluí em dois dias, mas tranquilamente pode ser lido em 1, caso você tenha tempo livre para ler. :)

de.ler.eu.gosto 17/10/2022

Dúbia
Simplesmente desconfortável e instigante.

Cecília uma mulher fria e distante, de vida linear em sua carreira bem como na vida.
Ao longo da leitura sua imparcialidade causou-me uma certa ansiedade, uma personagem muito bem elabora pela autora nos trás além de tantos adjetivos uma percepção de nós mesmos quanto a realidade, somo nós tão coerentes sinceros?
Eu gostei muito dessa leitura, ri muito , ri alto mas odiei Cecília mas termino essa leitura com saudades dela .

Rayssa 26/01/2023

Ágil e ácido
Me encantei com a prosa afiadíssima da autora. Ela sabe manter o ritmo lá em cima.
É uma narrativa direta, seca, por vezes bastante venenosa.

Porém, acho que o livro deixa uma impressão muito ruim sobre o parto humanizado, sobretudo para as leitoras que podem não ter tanta informação sobre o assunto. É uma questão que deveria ter sido tratada com mais cuidado.

Além disso, a obsessão que surge com a fatídica criança não me convenceu.

beatriz 21/01/2023

leitura fluída e interessante.
"Eu costumo atrair deprimidos e piorar o quadro deles. Com eles ou você fica plenamente a superfície, impávida, ou eles usarão sua cabeça como platô."

Sendo bem sincera, eu tenho um certo fascínio por personagens polêmicas e não convencionais como Cecília, e por se tratar de um fluxo de consciência foi uma experiência muito interessante ler os seus pensamentos contínuos e suas muitas opiniões sem filtro. Acredito que para uma parte dos leitores ela deva passar a imagem de uma personalidade cínica e inescrupulosa (e ela é, de fato), mas que também tem uma complexidade que torna difícil não se interessar pela personagem e até mesmo se divertir com o seu humor ácido, de modo que a imersão na narrativa se torna algo natural e instantâneo.

MissMel 06/05/2023

A pediatra
A história gira em torno de Cecília, uma pediatra que, diferente das outras, não gosta de criança. Mas se vê ameaçada quando um pediatra vai pegando o seu lugar e aos poucos os outros preferirem ele ao invés dela.
Também vemos a cecília e seu relacionamento com um homem casado com um filho, no qual esse menino vai começar a despertar sentimentos do qual ela nunca teve com nenhuma criança ou pessoa.
A leitura não foi fácil para mim, confesso, senti que foi arrastado, como se estivesse lendo um livro de 500 páginas do que 160.
Personagens chatos, principalmente a protagonista.
Não foi um livro ruim, só não acho que valeu todo esse hype.

Thi Acrisio 02/02/2023

Anti-heroína
Esse livro tem um narrativa muito envolvente, rápida e com varias situações inusitadas, começando pela sua protagonista, uma pediatra que não gosta de criança, não quer ser mãe e vive um vida digamos, não muito correta. Cecilia é intensa, ruge e peculiar. Gosto de personagens complexas, que propõe reflexão, na suas falas, no seu agir....extinto materno? o que ´isso, imposto a sociedade a todas as mulheres. Existe?
Indico!!! Nossa literatura é muito rica, e a Andréa entrou na minha lista de observação, pretendo acompanhá-la sempre a partir daqui.

Kamilla Gabriela 13/05/2023

?Criança nem pensar, acabaria minha naturalidade, me obrigaria a ser outra pessoa.?

Eu adoro uma história contada em primeira pessoa em que a mente da personagem é um tanto? peculiar. Mesmo seguindo um caminho bem diferente do que eu imaginava, me senti imersa na loucura da protagonista.

Luana Reis 06/08/2023

Li-vra-ço ??
Feroz, ácido, rápido. É uma leitura leve, mesmo abordando alguns tabus, e contrariando tendências tão disseminadas no estilo 'tom pastel' nas redes sociais. A gente ri, muitas vezes de nervoso, com essa protagonista.

Mais que recomendada a leitura ??

Letícia 29/08/2022

Bem diferente do que estou acostumada
Em ?A Pediatra?, mergulhamos nos pensamentos de Cecília, uma médica que só tem essa profissão por ter seguido os passos do pai. A ?medicina por amor? passa longe aqui. Pra ela, ser médica é apenas mais um trabalho mecânico. Vai pro hospital, faz o que tem que fazer e volta pra casa.

Ao mesmo tempo, acontecem duas coisas que ferem a rotina estabelecida de Cecília: primeiro, ela termina o casamento e passa a se envolver com um homem casado e, segundo, perde espaço para um médico defensor dos partos humanizados e da presença de doulas.

Ela mal tem amigos ou amigas - a pessoa com quem tem mais intimidade é Deise, empregada que mora em sua casa.

A autora tem uma escrita envolvente e fluida, às vezes parece até rápida demais, mas que dá dinamismo à história. O livro é curto, tem apenas 160 páginas e não é cheio de reviravoltas, muito pelo contrário, é bem cotidiano.

No início, achei Cecília repugnante e perversa, mas ao longo do tempo, ela vai mudando por um motivo... As descrições das cenas dela com o Bruninho são escritas com bastante ternura.

Esse não é meu gênero preferido, mas foi uma leitura prazerosa e gostei bastante do final. Recomendo pra quem quer conhecer uma autora brasileira e o universo da medicina, ainda que não tão aprofundado assim.

Letícia Machado 03/01/2023

Um livro com personagens ruins é uma história ruim?
Percebi que é um livro que muitos enxergam como o livro sobre uma pediatra que não gosta de crianças, mas com certeza é mais do que isso. É um livro sobre pessoas ruins, tentando agir da forma correta, acreditando serem pessoas boas, mas que sabem que determinadas ações são erradas.

Encontramos durante a narrativa uma personagem complexa, obcecada, neurótica, mas talvez, acima de tudo, humana. Cecília, a protagonista do livro, e A pediatra, é uma personagem muito bem criada e com muitas camadas. É difícil descrevê-la, mas a primeira palavra que vem a minha mente é repulsa. É uma personagem que me causou raiva em muitos momentos e confusão ao tentar entender os motivos dela agir daquela forma.

A única coisa que me incomodou no livro, foi a questão de, ao meu ver, só existirem personagens ruins (não no sentido de personagens que não foram bem criados pela autora, mas no sentido de que se fosse fora das páginas, seria visto como uma pessoa ruim). Acredito que em nenhum momento há somente pessoas ruins ou somente pessoas boas, por isso senti falta de haver um equilíbrio na história, de ver que a autora conseguiu mostrar um lado mais "sombrio" das pessoas, mas também poderia ter conseguido mostrar algumas pessoas boas. Mas afinal, vai de cada um definir o que é uma pessoa boa e uma pessoa ruim, por isso vejo esse ponto muito mais como algo pessoal meu, como leitora, do que como uma crítica ao enredo.

A partir disso, meu maior questionamento ao final foi: como julgarmos uma história que grande parte dos personagens são ruins? Devemos vê-la como uma história ruim também porque aqueles personagens não nos agradaram ou devemos separar as coisas?

Optei por separar e ver a história de uma forma que sim, achei todos os personagens ruins, mas também vi uma história muito bem criada, com personagens complexos e que te fazem acreditar que existem fora das páginas e com um fluxo de consciência bem construído e elaborado.

Priihtty 14/09/2022

Cecília, louca?
Uma das melhores leituras que fiz esse ano. Eu adorei demais a Cecília e posso dizer que não achei ela louca. ? Não muito pelo menos, afinal todos nós temos um pouco de loucura dentro de nós. Hahah

Adorei a narrativa ácida, me prendeu demais!

Estarmos dentro da cabeça da personagem nos faz ter uma visão completamente sem filtro do que ela enxerga no mundo. Os dias que está p* da vida acaba tendo pensamentos mais ?revoltantes?.

Óbvio que ela seguir uma pessoa na rua não é normal, mas hoje em dia não stalkeamos as pessoas na internet? A autora apenas não considerou a internet na história. Hahaha

Eu li esse livro no clube de leitura que eu participo e nele tivemos um desafio sensacional que era escrever um final alternativo para a história já que ela dá margem para interpretações. Eu adorei ainda mais o desafio pq eu não sou mt fã de finais abertos, então fiz meu final feliz pra Cecília. Kkk

O meu final alternativo foi esse:

?Desliguei meu celular e passei o dia fazendo meu filho feliz. Queria ver Bruninho como uma criança completa. Quando retornamos a noite, Celso me esperava em casa. Ele chegou impaciente atrás de mim e Deise resolveu abrir a porta para ele. Onde você estava? Te liguei o dia inteiro! Na praia. Que foi? Perguntei. Foi a Cacá, Cecília. Logo que saí daqui pela manhã me ligaram do hospital. Meu segundo filho não sobreviveu. Eu sinto muito, Celso. Tem mais, Cecília. Não sei o que fazer. Cacá não aguentou e tirou a própria vida no hospital. Meu deus, Celso. Que tragédia.

Celso não sabe viver sozinho. Levou menos de uma semana para ele ficar de vez aqui em casa após a morte de Camila. De amante a atual num piscar de olhos. Só aceitei Celso porque queria Bruninho perto de mim. Celso estava desolado, não conseguia dar a atenção que o filho precisava. O que não foi um problema, eu estava ali para cuidar do meu menino. Eu não poderia estar mais satisfeita com o acontecimento. Por alguma razão, o universo conspirou ao meu favor. Nada mais poderia me separar do meu filho. Bruninho ficaria sempre comigo, sua mãe.?

nicolejt 21/06/2023

Bom mas nem tanto
Gostei da forma que foi escrito, foi minha primeira experiência com fluxo de ideia;

A história é muito envolvente e os capítulos são curtos então rapidinho e sem nem perceber você lê;

Não gostei da história kkk apesar de ser muito envolvente e entender que o propósito da autora foi realmente fazer uma personagem principal antipática, ela exagerou na dose rsrs. Além disso, tudo é muito desconexo, não faz sentido, ela não gosta de criança aí do nada gosta aí depois já começa a criar mil e uma teoria. Enfim, dos dois um: ou eu não entendi a mensagem que a autora queria passar e por isso não gostei, ou eu só não gostei msm : )

Da metade pra frente é muito previsível.

Bianca 30/01/2022

Como ja falei milhares de vezes que eu adoro um final aberto na qual tenho a imaginação de fazer uma fic na minha cabeça sobre o que acontece depois daquele ponto final do livro, aqui não seria diferente. É uma leitura nada cansativa, porem tive dificuldade de terminar esse livro pelo fato de ter pego um formato horrivel na qual eu tinha que adivinhar se ali era um diálogo ou não kkk
vi algumas pessoas compararem a personagem ao dr house e tenho que concordar, concordo em alguns pontos sim!! mas vamos combinar que a pediatra não teria um terço da inteligência do house, enfim bjs

Larissa1218 08/04/2022

Essa história seguiu caminhos bem diferentes do que eu imaginei, o foco é mais nessa relação de maternidade ilusória que a protagonista tem com o filho de seu amante. Ela, tendo trabalhado com tantas crianças sem ter nenhum apreço por elas, se vê numa relação muito peculiar com esse menino. Pra mim, essa foi a parte interessante do livro, por isso não gostei de como ela demorou a chegar. A questão dos métodos humanistas do outro pediatra que ela investiga foi desnecessário e não leva a história a lugar nenhum. Gostaria que, do começo ao fim, o foco fosse nela e no menino. Mas ainda assim foi uma boa leitura.