Resenhas - A pediatra

Ferdy 04/12/2021

Que personagem doida!! Um humor ácido, uma mente perturbada, a típica mulhere branca, hetero, rica, egoísta...mas escrito de tal forma que a gente vai lendo pra saber até onde vai o nível da loucura!!

Leticia 04/12/2021

Esse livro traz tudo que eu não defendo, mas me identifiquei enormemente.
Aqui somos apresentados a uma personagem intragável, arrogante, que não pensa ir na vida além da mediocridade, que se satisfaz com o ordinário. Uma vida insípida, mas rodeada pelas facilidades e comodidades da branquitude e do dinheiro.

Cecília, uma neonatologista que não gosta de crianças, é contra a humanização obstétrica, odeia doulas, para ela uma mundo de "frescuras", mas é uma mulher deveras cativante, pode parecer contraditório, e eu sei que é. Cecília é uma figura que tem algo de mordaz e ela carrega essa característica junto com a trivialidade, para ela tudo é banal, inclusive a vida, e as mães preocupadas com seus pequenos catarrentos. Ao ler esse livro Cecília me lembrava a Marquesa de Merteuil de Relações Perigosas - Chordelos de Laclos.

O livro possui dois momentos, duas Cecílias, a primeira Cecília, amei. A segunda ainda não sei. A personagem faz uma viragem muito grande, pelo menos ao meu ver.

Mari M. 09/12/2021

Você irá encaixá-lo no DSM 5
É um livro que te prende. Leitura fácil e a cada capítulo a loucura vai se intensificando... tenham essa experiência.

Let Carvalho 11/12/2021

Gostei mto do ritmo do livro, mais ainda conhecer sobre Cecília que é completamente desequilibrada.

Letícia | @mamaeliteraria 11/12/2021

decidi que não faria mais uma resenha de skoob mas sim, colocaria minhas sensações para depois consultar.
caro leitor, se busca resenhas rebuscadas de minha parte, sinto muito te desapontar. esse aqui é meu espaço...
por ex, muitos amaram a pediatra. eu a odiei desde o começo. mas são raros os escritores que conseguem me prender na história quando eu começo a detestar o protagonista mas a Andrea a fez numa defeituosidade tão perfeita que me fez continuar por seu caminho até a última página. página esta que me fez detestá-la mais ainda.

Charlene.Ximenes 06/01/2022

A vida desimportante de uma pediatra repulsiva
Uma das coisas mais clichês ditas por um leitor é que não é ele quem escolhe a leitura, mas são os livros que o escolhem. E, surpreendentemente, "A pediatra", livro que iniciei a leitura por ser a obra que discutirei em um clube de leitura em janeiro desse ano, fez conexões reais com outras narrativas que eu estou realizando nesse começo de 2022.

Comecei o ano lendo "A filha perdida", da Elena Ferrante, e iniciando uma série leve chamada "Mãe só tem duas", disponível na Netflix, e essa noção de maternidade real, maternagem menos idealizada, estavam ali presentes.

"A pediatra" acabou se tornando o primeiro livro concluído nesse ano porque foi impossível parar de lê-lo. Cecília, uma pediatra neonatologista, cínica e nada apegada a mães e crianças, narra em primeira pessoa uma obra repleta de contento. Uma médica técnica, filha de médico e alheia aos sentimentos dos outros e aos seus próprios afetos.

A desimportância da vida para Cecília é o que, de certo modo, move seu percurso. A repulsa às visões humanizadas nos evidencia uma personagem que consegue ser cruel e frágil ao mesmo tempo, uma mulher que se esconde de si. Dessa forma, uma mulher como muitas nós.

MelAnia.Rafaela 06/01/2022

Leitura rápida e bem humorada.
O livro é dinâmico, rápido de ler e envolvente. Possui um humor ácido. E a personagem principal é dona de personalidade curiosa, além de pouco adepta a moralidade e ética.
Vale a leitura.

Debora 07/01/2022

Gostei da ironia cáustica na narrativa
Andrea Del Fuego usa uma ironia muito inteligente pra nos prender na leitura deste livro com uma protagonista bastante detestável.
A narrativa é tão inteligente que, pelo menos eu, em alguns momentos cheguei a sentir pena desta pediatra tão arrogante quanto perdida, cheia de medos.

Isabel.Costa 07/01/2022

Uma pancada!
Cecília é uma médica pediatra que já começa nos tirando da visão romantizada de que pediatra deve gostar de criança!
Desapegada e de poucos afetos, a personagem segue azeda durante a história, mantém um caso com um homem casado, se relaciona com poucas pessoas ( uma empregada, a secretária, alguns colegas no hospital, o pai e a mãe...) crítica e defensiva, muitas vezes exagerada e até descompensada emocionalmente.
O final pode desagradar, e deixar muitos: " como assim?"
Mas repare bem e verá que faz muito sentido!
Gostei muito da leitura! Bem escrita! Ainda faz uma menção interessante sobre obstetrícia tradicional, doulas e os partos domiciliares.
Fui surpreendida positivamente!

Marconi Moura 08/01/2022

8,5
Essa pequena novela da autora de Os Malaquias pretende apresentar a personagem canalha de uma pediatra q não gosta de crianças, não tem empatia pelas mães e sofre ogeriza pelas práticas "integrarivas" ou de humanização. Existe um contraponto contínuo com seu pai, q incorpora a figura do médico sacerdote, e o pediatra Jaime, envolvido com as modas de parto humanizado. Minha leitura pessoal: o clássico médico canalha é o pai, que atende o telefonema das mães-pâncreas no meio da noite, responde uma frase decorada e volta dormir sem abalos, e que se dedica ferozmente ao consultório pq não suporta a ideia de ter q voltar pra casa. O pediatra da moda q expõe seus pacientes a risco tbm não tem nada de santo. Por outro lado, fica evidente a inconsciente e íntima certeza da personagem de q ela precisa se defender com seu despeito e seu sarcasmo pq não conseguiria lidar com o vínculo. O pai abre suas portas aos clientes sem medo de ser afetado, mas a pediatra tranca a porta e a escora com móveis pq sabe, e fica demonstrado ao longo do texto, q uma vez aberta a alguém, ela mesma entraria em colapso. O texto tem leitura muito fácil, estilo leve em fluxo de consciência, capítulos curtíssimos.

vicqs 08/01/2022

Ácida
Cecilia não e uma pediatra comum, desmistifica totalmente que a pediatra deve amar crianças. Não há grandes reviravoltas e ainda assim o livro é super envolvente, com a trama curta a escrita bem feita, confesso que a autora entregou tudo! Um livro sobre maternidade, sobre ausência, falta.

Matheus656 08/01/2022

‘a pedriatra’ é um daqueles livros que nos presenteia com muitas ambiguidades existentes na leitura, além de ser divertidíssimo.

li essa obra de um dia para o outro e foi uma experiência surpreendente. que livro irreverente e fluido. cecília é uma personagem extremamente cínica e ‘sem rodeios’, e a construção dela no decorrer da narrativa, a torna uma personagem incrível.

com um humor ácido e vil, cecília é incontestavelmente singular e perspicaz, nos apresentando uma autêntica e genuína vilã, daquelas por quem criamos compreensão emocional e identificação, e que tornam praticamente impossível a pausa na leitura até que se revele o desfecho final (incrível como os vilões são sempre mais divertidos, mas só na ficção…).

a história me conquistou desde a primeira sentença. amei esse livro e me diverti muito com a leitura. bravo para a autora andréa del fuego, inteligentíssima!

site: https://www.instagram.com/desleitor/

Kel 10/01/2022

Desconcertante...
Uma narrativa bem escrita, direta, nua e crua. Personagens que facilmente poderiam ser nossos vizinhos, com seus defeitos e dilemas. Uma história cotidiana e chocante de tão real.

Andrea170 10/01/2022

Insano!!
Leitura intensa, que flui. O que é a mente das pessoas! Simplesmente insano, intenso e interessante.

Marilda 10/01/2022

Opinião e Fragmentos
"Marido infeliz mina até um jequitibá." (9)
"Eu costumo atrair deprimidos e piorar o quadro deles." (37)
"(...) a medicina é milagrosa para quem não a pratica." (40)
"(...) incontinência psicológica" (63)
"(...) a confiança de que as mulheres precisam deles." (65)
"Sentei em seu colo, ninho desde menina (...)" (66)
"A vantagem da medicina é poder ser quem quiser, santa, desonesta, anarquista, patriota, bipolar, batista ou ateia, penso e sinto o que quiser com o estetoscópio no pescoço, quem trata não sou eu, é o protocolo, apenas seguir o roteiro da observação clínica, os casos são mais ou menos os mesmos." (92)