ana clara 17/02/2022
Após cerca de um mês (ou mais) desde que eu li esse livro, aqui vou eu.
Depois de ter me apaixonado perdidamente pelos garotos e garotas imprudentes de Humperville já no ano retrasado, não achei que esse dia fosse chegar, mas eu estou com uma dificuldade enorme de definir o que eu senti ao ler esse livro.
Como sempre, foi um prazer revisitar e ver novamente personagens pelos quais sou apaixonada e por quem sinto um carinho enorme, mas, por alguma razão, em Desastre Perfeito: Ato II, senti uma enorme dificuldade para me conectar real e completamente a eles e à história, algo que não ocorreu nos primeiros dois livros. Não sei se foi pelo tempo de espera, por ter me desacostumado com a escrita da Amanda ou o quê, mas esse livro, para mim, não funcionou tão bem quanto eu esperava, ainda mais depois de um ano inteiro no aguardo e na expectativa de conhecer o fim da história de Aidan e Delilah, ainda mais após um final trágico.
No Ato I, conhecemos melhor as histórias individuais de Aidan e Delilah, passamos a entendê-los e amá-los, além de termos tido o prazer de conhecer sua história como casal. Porém, por ser apenas a primeira parte da história dessa dupla que sempre prometeu ser um desastre, muitas coisas, muitos detalhes e conflitos ficaram sem resolução e/ou explicação. Já nesse segundo livro, pudemos ver e conhecer ainda mais sobre as vidas e passados de Aidan e Delilah. Com isso, pudemos entendê-los melhor e isso também funcionou, em partes, como um “empurrão” para o desenvolvimento desses personagens. E é justamente nessa parte que está o pulo do gato.
No Ato II, vimos um Aidan ainda mais maduro, mas, também, mais moleque do que no livro anterior. Vimos um personagem que passou por muitas coisas em muito pouco tempo e teve que, não por decisão própria, crescer com isso. Eu, sinceramente, esperava menos dele, então achei sua trajetória e evolução boas. Já a Delilah... O que dizer sobre ela? Eu sou meio contra (ALERTA DE SPOILER) plot de perda de memória, mas resolvi dar uma chance — afinal, é um livro de uma série pela qual sou apaixonada —, mas, se arrependimento matasse...
Assim como me esforcei ao máximo para entender Bryan e Mackenzie em Sintonia Perfeita e, depois, o Aidan no ato I, eu fiz isso pela Delilah no ato II, mas foi uma tarefa difícil. Eu não posso nem dizer que entendo o que aconteceu com ela e o porquê de ela ter agido como agiu, porque, de verdade, não dá. Apenas. Não. Dá. A Delilah sem memória não apenas perdeu sua personalidade completamente e passou a agir como uma imbecil, como conseguiu resgatar tudo de fútil e irritante que havia na sua personalidade durante a pré-adolescência. E aqui, eu entendo que, com as memórias perdidas, ela não teve tempo de amadurecer, mas há limites para tudo. Deve ser por eu ter me irritando tanto com uma personagem pela qual eu era apaixonada, afinal, que a leitura não foi tão fluida como a dos livros anteriores.
Entretanto, não estou dizendo que é um mau livro. De forma alguma. Mas sei que teria gostado e aproveitado mais se a história não tivesse ficado presa em um looping por mais de 50% do livro. Foi muito, muito cansativo aguentar a Delilah (uma personagem que eu amei no Ato I) por si, e ainda mais a situação dela com o Aidan.
Sobre o grupo — no geral, não apenas a banda —, destaque para mim nos últimos livros, foi muito difícil assimilar que eu estava lendo alguns dos últimos momentos de todos eles juntos, reunidos. Foi duro “me despedir” até mesmo daqueles que não eram tão próximos aos principais, quem dirá deles. De verdade, a cena da carta é uma das que, relacionadas a todos, mais me deram vontade de chorar e mais me pareceram lindas.
E honestamente, as melhores partes do livro, para mim, foram os personagens secundários — mais especificamente, Ashton e Gravity, seguidos por Bryan e Mackenzie. Sou meio suspeita para falar sobre esses quatro por ser louca por eles desde o primeiro livro, mas eles, de fato, conquistaram um pedaço ainda maior do meu coração após a leitura de DP.
Depois do final do Ato I, ver como a amizade do Ash e da Lilah conseguiu sobreviver e se fortalecer me encheu de paz. Também, ver como a relação da protagonista com a Gravity melhorou, me deixou muito feliz. E falando deles, sem ligar aos protagonistas, eu amo a dinâmica de AshVity desde, sei lá, sempre, e esse amor só aumentou conforme ia lendo esse livro. Eu, de verdade, mal posso esperar para finalmente poder ler Segredo Perfeito, mesmo sabendo que ainda vai demorar, até porque já tenho várias teorias sobre o que se tratará o livro.
Aqui, de coração, eu estou desesperada para que a Amanda pare de fazer o Bryan e a Mack passarem por momentos difíceis. Acho que já tivemos drama o suficiente entre as mais de duas mil páginas de Sintonia Perfeita e a primeira parte de Desastre Perfeito, não é? Eu só quero que eles fiquem bem juntos e felizes.
E, para terminar, o final do epílogo alugou um triplex na minha cabeça. Não só por finalmente conhecer o sobrenome do Chase, mas por conhecer a identidade do pai dele e por não conseguir entender o porquê de ele agir como agiu. Aguardo ansiosamente o livro do Jeremy Chase, esperando me apaixonar por ele ainda mais.