Ana Lúcia 04/06/2017
O misterioso caso de Styles
Este foi o primeiro livro de Agatha Christie que foi escrito depois de ser desafiada por sua irmã a escrever uma trama de suspense policial. Ele já apresenta o seu estilo de uma história de assassinato e suspense, onde todos possuem álibis e todos são suspeitos.
Como trama, temos uma viúva, Emily Inglerthop, rica que se casa novamente com um jovem ambicioso. Emily morre por um suposto “ataque cardíaco, mas, mais tarde, comprovou-se que tinha sido envenenada por estricnina.
Pronto, agora Agatha Christie pode brincar com a escrita: temos o morto e, como a Mansão Styles abrigava várias pessoas, temos um monte de suspeitos e dúvidas. Quem cometeu o crime e por quê? Os enteados? O marido? A nora? Os empregados?
O livro é narrado por Arthur Hastings, que logo depois nos apresenta seu fiel amigo, o grande detetive Hercule Poirot, que por acaso estava hospedado na região e eles se encontram por acaso. Por acaso? Claro que não! Isso sempre acontece com as histórias do nosso querido detetive Belga.
Somos levados, durante a trama, a seguir pistas e suspeitar de um, depois de outro e assim vamos, mudando de suspeitos a cada página lida, até chegar ao final.
Adorei saber que a história tinha um final original que foi criticado pelo editor porque, vida real, um detetive jamais teria tanta liberdade de expor suas ideias daquela maneira em um tribunal. Por isso, a autora mudou para o tradicional final, em que tudo é explicado em uma sala com a convocação de todos os envolvidos. Claro que li os dois finais, mas adorei o original, mesmo sendo considerado impossível de acontecer.
Enfim, um livro maravilhoso. Já demonstrava ali que tinha vindo para ficar.