Fabio Pedreira 25/06/2017Primeiro caso de Hercule Poirot Olá jovens, eu sou um grande fã de Agatha Christie e de Stephen King, então eu resolvi fazer para vocês as resenhas dos livros que já li deles. Estou tentando lê-los na ordem, porém, é uma tarefa difícil, sendo que tem muitos livros antigos, difíceis de achar, sem contar a quantidade de livros lançados que esses dois têm, só Agatha são mais de 80.
Contudo, dela eu já li uma boa parte e resolvi resenhá-los. Tem algum tempo que li alguns, então até pensei em relê-los para poder passar uma descrição mais completa para vocês. Todavia, acredito que ainda lembro o suficiente para transmitir uma boa experiência e deixá-los curiosos para ler os livros da rainha do crime.
E nada melhor do que começar com sua primeira publicação que é O Misterioso Caso de Styles. O primeiro livro publicado surgiu através de uma aposta com sua irmã, que desafiou Agatha dizendo que ela não conseguiria escrever um livro policial onde alguém não conseguisse descobrir quem matou. E ela não poderia estar mais enganada, Agatha não só criou um livro com uma excelente história como também criou um dos detetives mais famosos do mundo inteiro, o famoso Hercule Poirot.
O personagem é conhecido em todo o mundo, até mesmo quem nunca leu um livro dela dificilmente não escutou falar do famoso detetive belga (que todo mundo acha que é francês). Com uma personalidade única e nada modesto quando se trata de suas habilidades, Hercule Poirot utiliza da ordem, do método, psicologia e, claro, de suas pequenas células cinzentas para resolver seus crimes.
As resoluções dos casos feitas por Poirot por sinal são uma marca registrada, feitas em um local fechado (uma sala, um trem, um quarto etc.) com a presença de todos os personagens, ele interpreta o caso mostrando que, cada um presente, se não for culpado pelo menos tem alguma culpa em relação a alguma outra coisa.
Porém, quase que essa marca não seria assim. Nessa nova edição feita pela Globo Livros a editora traz o que seria o capítulo original da trama, que se passaria no tribunal, onde Poirot falaria sobre o caso. Bom, ainda bem que o editor original não deixou que isso acontecesse e disse à Agatha que publicaria o livro se ela mudasse o final, e assim ficou uma das suas marcas registradas.
Mas que trama é essa que esse livro traz? Bom, para começar ela se passa como uma narrativa do Capitão Hastings, grande amigo de Poirot e participante de outras tramas também. Hastings se encontra com um antigo colega, John Cavendish, que o convida para passar um tempo na casa de sua madrasta, a mansão Styles, e ele aceita, o que ele não sabia é que muita coisa ia acontecer. A madrasta do garoto, a senhora Emily Inglethorp, acaba morrendo em seu quarto (que estava trancado, diga-se de passagem), alguns acabam achando que foi de um infarto, outros que foi envenenamento. Por sorte, o antigo amigo de Hastings está hospedado em um local ali perto e acaba sendo convidado para desvendar o mistério.
E essa é a trama, em seu primeiro livro, Agatha não só nos entregou uma trama muito boa, com uma história muito interessante, como também nos apresenta personagens muito marcantes, cada um com suas peculiaridades bem definidas e muito bem trabalhadas, principalmente na relação de amizade entre Poirot e Hastings, que nos proporciona muita risada também devido ao modo bobalhão de Hastings e a “modéstia” do detetive.
Em relação à investigação é realmente muito difícil saber quem foi o culpado (ou não foi, em caso de infarto), várias pistas são jogadas durante a leitura e você passa a duvidar de tudo e de todos, criando várias teorias a respeito. E, ao chegar ao final, é incrível como as respostas estavam na sua cara o tempo todo.
O Misterioso Caso de Styles é o primeiro de muitos livros de Agatha Christie que vai surpreendê-los, dos que já li, existem melhores (não que esse seja ruim, pelo contrário), mas esse nos entrega uma trama muito boa e é um ótimo começo para os amantes de investigação e para aqueles que querem se aventurar nesse mundo de detetives e principalmente conhecer os livros da Rainha do Crime.