Projeto Nacional

Projeto Nacional Ciro Gomes




Resenhas - Projeto Nacional


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edu basílio 28/07/2020

projeto coerente -- APESAR DE A LINGUAGEM AINDA SE CONECTAR POUCO COM O CIDADÃO COMUM

precisa-se, com urgência, de um projeto de nação que resgate a autoestima do povo brasileiro e traga-lhe de volta sua dignidade. as rédeas da nação estão entregues hoje a um projeto personificado por alguém sem preparo, talento ou carisma e, ainda pior, com fortes indícios de transtornos de personalidade que o fazem PRÓ-MORTE: morte literal e morte metafórica. morte da educação, da cultura, da inclusão social. morte das florestas, dos povos indígenas. morte por mais armas, por afrouxamento de regras de trânsito. morte por covid-19.

face a tanta MORTE permeando (de forma já indelével) as páginas que esses anos virarão nos livros sérios de História, qualquer projeto que evoque e enalteça a VIDA já traz alento. e a leitura deste livro me trouxe um pouco disso. não importa que quem o tenha escrito seja ciro gomes, porque não se trata aqui de fazer propaganda político-partidária, nem culto de personalidade.

trata-se, sim, primeiro, de analisar com fatos e com lógica a série de conjunturas e escolhas históricas que nos pôs em uma situação tão ruim. e após esboçar esse muito breve resumo histórico, o autor apresenta e explica propostas de ações concretas que visam trazer a melhora geral que todos precisamos e merecemos nas próximas décadas. um projeto de nação que a mim, que não tenho grande conhecimento nem de ciências políticas e nem de econômicas, pareceu salutar e digno de consideração:
- um novo sistema previdenciário misto, auto-sustentável sem ser excludente.
- um novo modelo de tributação simplificado, progressivo e não cumulativo.
- a valorização do setor agropecuário, indiscutivelmente um dos pilares de nossa economia.
- o estímulo ao alastramento de um parque industrial sustentável e compatível com o século XXI.
- o investimento em pesquisa científica, vista como instrumento de empoderamento do país.
- o investimento no acesso à educação e na modernização das práticas pedagógicas, em todos os níveis.
todas essas propostas pressupõem um modelo sóbrio de Estado como promotor e catalisador do desenvolvimento, com papel equilibrado, sem "keynesianismo versus neoliberalismo".

para mim, pessoalmente, esta leitura trouxe de volta alguma esperança, mesmo que ainda muito tímida, de que ser brasileiro pode, sim, voltar a se tornar motivo de satisfação. de que todos nós, em particular as dezenas de milhões de compatriotas que (sobre)vivem em condições miseráveis e desumanas, podemos recuperar nossa autoestima e nossa dignidade.

MAS: como não raro ocorre no discurso dos progressistas de hoje, a linguagem do livro ainda é frequentemente técnica e mesmo um pouco academicista (por mais que tenha sido notório, sim, o esforço do autor tentando atenuar isso). e os progressistas precisam encontrar uma forma de transmitir às pessoas do brasilzão, EM UMA LINGUAGEM QUE ELAS ENTENDAM SEM ESFORÇO, a essência de projetos belos como o esboçado neste livro, pois só assim conseguirão se reconectar com elas... de outra forma, os tweets curtos, a meia dúzia de chavões eficazes e a linguagem de "gente-como-a-gente-talquei" da extrema direita radical continuará conquistando o senso de identificação (e o voto!) do comum dos cidadãos.

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um desabafo "pós-resenha" :
eu me sinto enjoado, bem de saco cheio mesmo, da dicotomia idiota que permeia quase toda tentativa de diálogo no brasil: é um eterno fla-flu, tudo ou é preto ou é branco; as tonalidades de cinza deixaram de existir. se você não apoia as psicoses e psicopatias do bolsonaro, "conclui-se" que você endeusa o PT, e vice-versa. isso precisa muito acabar!
é urgente que se unam todos aqueles que têm interesse em tornar esta nação um lugar feliz e sereno para quem vive dentro dela, bem como um nome respeitável para quem o ouve de fora, pois atualmente, ela não é nem uma coisa e nem outra: somos infelizes, maltratados, tensos e alvo de escárnio (infelizmente justificado) do resto do planeta.
é necessário que as classes políticas deixem as picuinhas partidárias de lado por um tempo para resgatar a democracia -- e nisso ciro gomes pecou gravemente, por omissão, em 2018!
é necessário acima de tudo que o povo seja efetivamente esclarecido, que continue desejando mudança, mas para melhor, e não mudança cega e irrefletida, ao ponto de entregar de novo o comando do país a lunáticos arrogantes.

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Ronald 28/07/2020minha estante
Curti bastante essa leitura também, Edu!


edu basílio 28/07/2020minha estante
traz propostas bastante coerentes, né, Ronald. :-)


Eduardo 28/07/2020minha estante
Eita, Du! Que baita resenha! Fiquei com vontade de ler. Me sinto assim também diante do inferno que o Brasil virou. Inferno mesmo, com o diabo e toda a corja (sendo aqui implícito de forma explícita haha).


edu basílio 28/07/2020minha estante
ah, duzito. adorei seu comentário! haters (and robots) gonna hate, azar deles. aproveitei a resenha para, além de exprimir minha simpatia pelo projeto apresentado no livro, também dar uma desabafada geral sobre esse inferno de tosquice (com toda sua hierarquia: dos poucos capetas-mores, aos diabinhos lambe-botas, até o oceano infinito de almas penadas sofrendo).




Daniel1906 19/04/2022

Projeto Nacional
Gostei do livro, sobretudo por ter lido na sequência de O Estado Empreendedor. Na minha visão, os dois autores convergem muito. Ambos pensam no estado como principal indutor do desenvolvimento, contrariando o senso comum neoliberal.
O projeto nacional do autor é realmente muito interessante e me pareceu viável. Tenho a impressão, no entanto, de que nossa elite do atraso não mediria esforços para atrapalhar.
Yvan 20/04/2022minha estante
Não terminei o livro ainda mas imagino que o final seja esse que vc falou


Daniel1906 20/04/2022minha estante
Bacana Yvan! Eu achei que a leitura foi proveitosa, tomara que seja pra ti também!




Nelson.Lima 20/12/2021

Se algum candidato tem um plano, este alguém é Ciro Gomes.
Em um país acostumado com figuras carismáticas e populistas, Ciro Gomes se recusa a reduzir o debate a chavões e argumentos fáceis. A leitura foi boa no sentido de saber que, concorde você ou não com o Ciro, ele realmente tem um projeto de país em mente.

A única coisa que incomodou foi o tom em alguns momentos de panfletagem e autopromoção... o que está mais do que justificado pelas aspirações políticas do autor. Neste sentido o livro não apenas cumpre o que promete como cumpre também o real objetivo de seu autor que é o de desde logo iniciar os trabalhos de campanha.

O livro é objetivo e bem construído, possui uma linha de raciocínio direta e segue uma boa cronologia explicando de onde surgiu o problema econômico do país, mostra quais seriam os entraves ao desenvolvimento (na visão do autor, vale salientar) para depois elencar as soluções para o problema.

Os capítulos finais do livro, (excluindo-se a parte do discurso emocional panfletário sobre o dever da esperança) são os melhores. Demonstram a lucidez do autor ao denunciar, não apenas as mazelas geradas pelo discurso neoliberal, mas também as contradições da própria esquerda.

Eu gostaria realmente que outros candidatos fizessem o mesmo pra que pudéssemos entender realmente o que pretendem fazer caso cheguem à presidência, mas acho que alguns prefiram evitar porque não têm capacidade para tal tarefa o que nos poupa, de certo modo, a um sofrimento desnecessário. Imaginem só como seria ler um livro escrito por Jair Messias Bolsonaro.
flavioadsilva 20/12/2021minha estante
Meu pai do céu, não consigo imaginar.


flavioadsilva 20/12/2021minha estante
Boa resenha. Já flertei com este livro algumas vezes que o vi na Amazon. Sua resenha me norteou um pouco, me fez querer lê-lo de verdade, aliás, de certo modo, já estou começando meus preparativos para às eleições.




Vinicius 08/01/2023

Leia, discorde, concorde, sugira, debata
Tinha em mente terminar este livro antes do primeiro turno das eleições de 2022. Atrasei mais de 3 meses... o assunto política me esgotou, e acredito que não só a mim.

No momento em que escrevo esta resenha passamos pela primeira semana do governo Lula 3, uma lufada de esperança após anos de notícias caóticas e retrocessos em diversas áreas. Porém, isso não me faz um apoiador cego deste governo, nem me tira o direito de fazer críticas a ele. Assim deveria ser uma democracia saudável.

Mas em tempos de polarização, em que mal conseguimos ouvir alguém que pensa diferente, o quanto estamos inclinados e expor e ouvir ideias, propostas, criar soluções? O quanto nosso debate se tornou passional e nossos argumentos apelativos? O quanto nosso medo resgatou nossas reações límbicas mais primitivas?

Ciro, neste contexto, virou alvo dos dois lados em que se dividiu o país. Dos motivos que enxergo, ele não possuía o apelo de uma figura heroica populista e nem estava disposto a conchavos e alianças que o fariam entrar em contradição com seus ideais. Teimoso que é, não soube jogar o Game of Thrones. Errado não estava, mas deu no que deu.

Tudo isso para dizer que pouco discutimos nos últimos anos sobre uma saída para a crise em que nos encontramos. As propostas trazidas no livro são factíveis e diversas. Envolvem reformas tributárias, previdenciárias e o ponto-chave do livro, como focarmos no desenvolvimento de nossa indústria e economia para que ganhemos mais autonomia no cenário mundial.

A todo momento Ciro afirma que as ideias não possuem uma rigidez, ao contrário, convida a sociedade para que as propostas sejam discutidas e amadurecidas. Um Projeto construído por diversas mãos.

Alguns questionamentos que me fiz: se é para o benefício da maioria da população que exista uma taxação maior para grandes fortunas e heranças, que o país não pague grande parte do seu PIB em forma de juros para um grupo pequeno de rentistas e que investimentos em áreas estratégicas turbinem nossa indústria, por que isso não aconteceu até agora? A quem nossos congresistas respondem? Quem manda no país?

Me parece que mexer nesse vespeiro dos donos do dinheiro e do poder será um dos problemas do atual governo. O outro será como articular reformas num congresso dominado pelo toma lá da cá do Centrão. O Brasil não é para amadores. Acompanhemos essa nova temporada do House of Cards tupiniquim.
edu basílio 08/01/2023minha estante
cirúrgica resenha, excelente como de hábito com suas análises, vini :-)
a "(...) lufada de esperança após anos de notícias caóticas e retrocessos em diversas áreas (...)" já está me dando um alívio -- inclusive FÍSICO -- tão grande que por ora já está bom. ufa.


Vinicius 08/01/2023minha estante
Sim! O alívio é até físico mesmo :)
Mas que em breve a gente não se contente com apenas isso ?




Fabio Shiva 20/09/2022

o dever da esperança diante da pandemia do ressentimento
Ler este livro me fez sonhar com dias mais luminosos para o Brasil – e, por extensão, para o mundo. Nesse futuro mais esclarecido (que acredito que não esteja tão distante), o povo elege seus representantes não a partir de identificações pessoais baseadas em emoções primitivas, mas a partir da análise racional de projetos de governo. Nesse futuro de meus sonhos, as pessoas votam em projetos, não em personalidades. E ao final de cada mandato os governantes eleitos devem prestar contas dos projetos que foram apresentados, mostrando ao povo o quanto foi cumprido ou não e porque.

Como produtor cultural, estou acostumado a inscrever projetos em editais públicos. E em todos os projetos que realizei com o dinheiro público tive que prestar contas de tudo o que foi feito. Penso que nossa sociedade será imensamente beneficiada se cada político eleito tiver essa mesma obrigação de qualquer produtor cultural, dando satisfação ao povo de cada promessa feita durante a campanha.

O que nos traz ao conturbado cenário das eleições de 2022. Dois fatores me chamaram mais a atenção em meio ao clima de tensão e hostilidade generalizada:

1) Todos (ou quase todos) estão absolutamente convencidos de que estão “do lado certo”. Independente de que lado seja esse, o lado que cada um escolheu é tido como o único certo – e 100% certo. A isso se chama “monopólio da virtude”, expressão refinada que oculta terríveis perigos: se acredito que estou do lado do Bem e da Verdade absolutos, qualquer pessoa que discorde de mim será não apenas minha inimiga, mas inimiga do Bem e da Verdade e, portanto, deve ser reduzida ao silêncio por quaisquer meios necessários. Isso evoca logo outra expressão tristemente banalizada: “ódio do bem”…

2) Nessa guerra do Bem absoluto contra o Mal absoluto (com cada lado acreditando estar “do lado do Bem”), a primeira vítima a tombar é a verdade. Tenho testemunhado com crescente estarrecimento jornalistas e figuras públicas, amigos e parentes, conhecidos e desconhecidos afirmando, postando e compartilhando coisas que certamente sabem que não são verdadeiras, unicamente porque possuem poder destrutivo para causar um bom estrago “no outro lado”. As Fake News são tão nocivas porque contam com tantos cumplices conscientes em sua propagação. Quando a verdade sai de cena, tudo o que sobra é uma sangrenta batalha de narrativas.

Considerando esses dois fatores em conjunto, detectamos com pesar, no Brasil (e no mundo) de hoje, um acirrado fanatismo de parte a parte, que se torna ainda mais grave pelo progressivo e voluntário descolamento da realidade. Quando pensamos que os políticos refletem e representam os valores do povo, é de dar calafrios imaginar o tamanho do problema em que continuamos nos metendo a cada eleição.

Como costuma acontecer, felizmente, a solução pode estar embutida no próprio problema. E o problema maior, no caso, é que as pessoas estão condicionadas a votar com o fígado e não com o cérebro. O ano de 2022 é apenas o exacerbamento do que acontece desde sempre: as eleições são decididas pelas emoções. E a emoção que mais está presente nos corações e mentes dos brasileiros hoje, ao que tudo indica, é o ressentimento.

O bolsonarismo, que tomou de assalto as urnas do país em 2018, é uma força bruta e cega que se alimenta quase que exclusivamente do ressentimento. Quando compreendemos isso, fica um pouco mais fácil elucidar tantas insanidades e absurdos em nome de Deus, pátria, família etc. A grande tragédia de nosso momento atual, ao meu ver, é que esses quase quatro anos sob essa toxicidade bolsonarista acabaram contaminando também os não-bolsonaristas com a aflitiva enfermidade do ressentimento.

Penso se tratar de uma autêntica pandemia, talvez não menos grave que a da Covid. No Brasil, a “Pandemia do Ressentimento” atingiu primeiro as pessoas mais vulneráveis, que sofriam de outras sérias comorbidades como a homofobia, o racismo, o elitismo e o machismo. Com o passar do tempo, contudo, como não foram tomadas as medidas necessárias para a erradicação da doença, o vírus do ressentimento foi se espalhando até nas comunidades mais saudáveis.

Gostaria de estar exagerando. Temo não estar sendo drástico o suficiente. Com muita tristeza, vim observando amigos e familiares queridos, que hoje adotam a religião (só consigo concebê-la nesse sentido) do lulopetismo, adotando as mesmas atitudes de intolerância e arrogância que antes eram o imediato sinal identificador do bolsonarista arraigado.

Bolsonaro é um infortúnio sem limites para o mundo. Dentre outras tantas tragédias, cito que 400 mil brasileiros (no mínimo) morreram sem necessidade, unicamente por conta de seu negacionismo anti-vida. Dizendo isso de outra forma, de cada 11 pessoas que morreram de Covid no Brasil, 8 estariam vivas hoje, se não fosse pelo governo Bolsonaro. Isso é um crime hediondo, no qual têm responsabilidade todos que votaram em Bolsonaro e especialmente aqueles que continuam apoiando seu desgoverno até hoje. Mesmo que consigam escapar da justiça humana, certamente não escaparão de uma justiça mais elevada, essa sim infalível.

Está claro que Bolsonaro é o mal. Contudo será mesmo Lula o bem? Parte do ressentimento que alimenta o bolsonarismo não se deve a motivos espúrios (homofobia, racismo, elitismo etc.), mas à imensa decepção provocada pelos escândalos de corrupção do PT e, sobretudo, com a grave crise financeira que estourou na mão de Dilma, mas foi orquestrada durante o governo de Lula. Se Lula não tivesse errado tanto, e decepcionado tanto, Bolsonaro não teria se fortalecido tanto com o ressentimento nacional e continuaria sendo apenas um inexpressivo deputado do baixo clero.

Entre Lula e Bolsonaro, mil vezes Lula, é claro. Contudo temo por nosso Brasil nos próximos anos, quando (espero de todo coração estar enganado) Lula entregar mais decepção para um povo que já sofreu tanto e que foi levado a acreditar que seu governo será algo como a segunda vinda de Cristo. Sobretudo porque o grande mal do bolsonarismo são os bolsonaristas, e eles continuarão aí, “acumulando raiva e rancor”, e (espero de todo coração estar enganado) mais empoderados do que nunca, pois estarão isentos da penosa obrigação de justificar as barbaridades do governo Bolsonaro, com as duas mãos livres para jogar pedras no telhado dos outros… Temo que só estejamos alimentando o retorno do bolsonarismo em 2026 ao eleger Lula em outubro.

Enquanto isso, em meio a essa lastimável “briga de foice no escuro”, lá estava Ciro Gomes, apresentando um projeto robusto, complexo, bem elaborado, para ser conhecido por todos, para ser debatido e enriquecido pelo debate, para ser posto em prática e aperfeiçoado pela experiência. Se hoje boa parte dos brasileiros ainda não está interessada em um projeto de desenvolvimento, mas em disputas movidas pelo ressentimento, que isso não seja motivo de tristeza, nem de rebeldia, mas de esperança: esse lindo projeto já existe. E um dia, se Deus quiser, será colocado em prática. Para mim, isso basta.

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/09/o-dever-da-esperanca-diante-da-pandemia.html



site: https://www.facebook.com/sincronicidio
DANILÃO1505 21/09/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Fabio Shiva 21/09/2022minha estante
Valeu, Danilo!




Arthur 27/02/2022

Social democracia e desenvolvimento industrial
Como iniciar essa resenha? Bom, primeiramente fui eleitor de Ciro Gomes em 2018 por considerar que era condição sine qua non para o processo democrático que a sua candidatura saísse forte daquele pleito. O motivo: Ciro acrescenta muito ao debate, mesmo não sendo a via mais forte. E é aí onde eu quero chegar. De fato, hoje, quem mais fala de um projeto de país entre os pré-candidatos a presidência é ele, coisa que faz questão de enfatizar algumas vezes durante o livro. O projeto em questão perpassa, basicamente, por fortalecer a indústria nacional. Modelo baseado nos países da Europa Ocidental e da Ásia (Tigres Asiáticos, principalmente). Seria a partir do fortalecimento da produção industrial nacional - seja a partir do capital estatal ou privado - que viriam as demais reformas necessárias ao país. A maior parte delas descrita no livro. Aqui uma ressalva: embora cite as influências do seu pensamento em relação à educação, enquanto professor senti um pouco de falta de detalhes sobre a citada reforma educacional.
Ciro é também, fora as candidaturas mais radicais de esquerda, o único a falar abertamente em revogação das "reformas da morte" (teto de gastos e reforma trabalhista). Ok, e quais os problemas do projeto? Basicamente, qual seria a base social para enfrentar o rentismo e o lobby presentes na vida pública do país? Não nego a habilidade política de Ciro Gomes, no entanto, não imagino - até então - que ele tenha essa base.
E por que não dei 5 estrelas para o livro? As vezes achei que Ciro incorre um pouco no personalismo, que ele mesmo critica (com razão). Mas admito que pode ser apenas uma impressão.
No geral, é uma boa leitura acessível e necessária para os brasileiros, independente da posição política. É inegável que Ciro Gomes agrega muito ao debate nacional.
raquelrocha 02/03/2022minha estante
Confesso que tenho curiosidade para ler esse livro, porém tenho muito receio. Não gosto da abordagem de Ciro em vários assuntos, e muito menos o partido dele. Depois de sua resenha pode ser que eu tente ler.


Arthur 02/03/2022minha estante
Oi, Raquel. Te entendo perfeitamente. Nos últimos anos Ciro (e o PDT, pobre Brizola) tem me incomodado também. Mas mesmo assim, do ponto de vista das ideias, eu penso que ele é fundamental ao debate nacional. E justamente por isso penso que conhecer o projeto dele é interessante. Acho que vale a pena dar uma chance.




Pedro 03/08/2021

Ótimas intenções
É inegável que o Ciro tenha uma biografia e uma inteligência acima da média. O livro é composto de uma grande contextualização do desenvolvimento brasileiro nos séculos 20 e 21, comparações com experiências internacionais, diagnósticos de problemas e propostas de soluções. Tudo muito lúcido e objetivo.
A crítica que tenho ao livro é a tentativa do Ciro e do PDT de se descolar dos governos petistas (dos quais fizeram parte) que adotaram medidas desenvolvimentistas SIM e tiveram qualquer êxito descreditado no livro.
Ciro foi um grande ministro de Lula e poderia ter a grandeza de reconhecer sua importância e sua contribuição.
Maria 08/08/2021minha estante
Pirracento, que chama!




Vinicius.Ferreira 12/01/2022

Um livro para todos os brasileiros
Ante a classe política brasileira, ter um presidenciável com um livro publicado é meritório.
O livro traz diversos pontos sobre um plano nacional de Ciro Gomes, alguns bem interessantes, já outros demasiadamente simplórios.
Sugiro ler o livro com o auxílio de outros livros e autores, pois há omissões de alguns aspectos na obra, também há algumas falácias (no entanto, acredito por causa do lapso temporal entre a publicação e minha leitura), além de diversas suposições, porém também há muitos dados concretos e relevantes. Toda a obra demonstra coragem e boa intenção da publicação.
Angélica 14/02/2022minha estante
Comprei e chegou semana passada. Na expectativa




Yvan 16/06/2022

Para conhecimento
Quem dera se todo candidato tivesse um projeto / livro para apresentar. O país só ganharia com isso.
Tuts 28/06/2022minha estante
Lula e Bolsonaro vendem toalhas,Ciro livros




arlete.augusto.1 10/09/2021

Há um projeto para o Brasil!
Faço minhas as palavras de Ciro Gomes: ?? não permita nunca que alguém o faça sentir vergonha de ter esperança em seu próprio país?. Li com calma o projeto para um país que tenhamos orgulho é isso me deu alento pra continuar a acreditar que há esperança. No momento de caos que estamos vivendo, estou me empenhando em entender de onde viemos e buscando um projeto de governo que nos permita crescer como povo e como nação. Encontrei isso neste livro.
Wesley - @quemleganhamais 10/09/2021minha estante
??????




João Pedro 30/07/2020

Cartas na mesa
Que o Brasil gosta mais de pessoas do que de projetos, já pudemos perceber em séculos de experiência.

Tentando furar essa bolha, Ciro surge com uma ideia que deveria pegar para todos os políticos, partidos e ideologias: popularizar e democratizar seus projetos.

Com clareza e apresentação de termos básicos e suas fontes, Ciro Gomes apresenta sucintamente, porém de forma direta, o seu projeto de governo, expondo sua interpretação do país que fomos, somos e queremos ser.

Para opositores, recomendo a leitura para que saibam o que estão criticando. Apoiadores, leiam para conhecerem e saberem defender a proposta apresentada. Para quem não o conhece, uma ótima e simples porta de entrada.
edu basílio 31/07/2020minha estante
excelente resenha ! sucinta e de uma precisão de ourives =)




Marcos 29/07/2021

Talvez algo melhor
O livro é basicamente o projeto de nação de Ciro caso eleito presidente em 2022. Ele faz análises, projeta problemas, resoluções e resultados, busca dar soluções ao país e foca no principal problema para qualquer governo federal: a economia. Ciro não é um político bobo, sabe que para se eleger presidente é necessário dar uma solução à estagnação econômica e o faz (ao menos tem uma boa proposta no olhar de um leigo em economia). Possuo críticas quanto a sua perspectiva sobre a educação, condeno sua falta de ação quanto ao meio ambiente e a ciência, crítico muitas das medidas que ele quer tomar em relação a política e as eleições, mas ao fim, me parece ser o melhor que temos. Pelo que vi em 2018, Ciro é de longe um dos mais preparados para lidar com o país após o armagedon chamado Bolsonaro. Ciro não é muito diferente de Lula, mas possui uma ideia de guinada. É não fica tão longe quanto se pensa de Bolsonaro - Ciro flerta em certos momentos com medidas autoritárias (para afirmar isso me baseio no livro Como as Democracias Morrem), e sua política de meio ambiente é tão catastrófica quanto do próprio Salles. Então, por fim, recomendo que leiam o livro e tirem suas próprias conclusões. Eu tirei as minhas e mesmo torcendo o nariz, creio ser o único candidato que forneça uma luz no fim do túnel.
Marcos 16/08/2022minha estante
Obs. : para quem estiver lendo o livro devido a corrida eleitoral, saiba que minha perspectiva se modificou frente ao atual cenário eleitoral (16/08/2022). O cenário piorou e tentar uma guinada para algo diferente não vai salvar o país do bolsonarismo. Não se pode correr riscos.




Hugo.Lousada 26/03/2022

Por detalhes não dei 5 ?
Vou começar do começo. Eu gostava das ideias do Ciro Gomes em meados de 2013/15 e até já votei nele, mas as recentes polêmicas em que ele se envolveu nos últimos anos acabaram fazendo com que eu me desencantasse. Adentrei a partidos mais centrados na parte esquerda do espectro político e abandonei minha semi-idolatria ao Ciro.

Alguns amigos meus acabaram por se filiar ao PDT (atual partido do Ciro) por conta de grandes ícones da política e educação brasileiras como Brizola, Darcy Ribeiro, Anísio Teixeira e o próprio Ciro. Nunca deixei de olhar para a parte centro-esquerda do espectro, só havia perdido o interesse que antes eu tinha, mas com essa aproximação de amigos meus à ideologia do PDT e aos grandes pedidos deles pra que lesse esse livro, acabei comprando pra ler.

Curti bastante, pra ser sincero, apesar de não ter botado muita fé antes de começar a ler. É um livro muito bom, realmente. Ciro escreve muito bem, tem ideias muito bem fundamentadas e estudadas, tem realmente um grande e admirável projeto para o Brasil.

À todos que gostam de história e política brasileira, principalmente a pós redemocratização (pós ditadura militar brasileira), eu recomendo demais o livro. Deve ser o livro de cabeceira dos progressistas brasileiros, não tem como ser diferente.

Há em alguns momentos certas generalizações que o Ciro faz, principalmente quanto à filosofia política dos grandes clássicos, mas isso dá pra relevar. É um grande livro pra podermos entender como a política deve progredir no Brasil tendo em vista um crescimento e independência econômica que não tivemos nos últimos 40 anos.

A leitura é leve, com poucas palavras difíceis para o público leigo. Claro que eu não concordo com tudo que diz o autor, mas tudo que ele diz é aproveitável de alguma maneira. Inclusive, há no final do livro um direcionamento aos que possuem indicações ao autor, achei isso extremamente interessante para a montagem de um pensamento político democrático, que é uma constante no pensamento mostrado no livro todo.
carlos odeia calvo 25/06/2022minha estante
Mas você deu 5 meu parceiro de foda. agora se você estiver falando da sua bunda pode me dar sim, estarei a disposição para apreciar esses seus cabelos sedosos e suas 2 entradas. bjos nos testiculos, carlos




Bruno Palmeiras 09/07/2021

ótima analise politica e econômica do brasil atual
Ciro faz um ótima analise politica e econômica do brasil atual, com dados históricos mostrando como damos mais importância para coisas menos relevantes, como a corrupção (importante combate la, mas não se o foco principal como nos fazem crer), ao invés de focamos em problemas muitos mais sérios como uma divida não auditada e obscura, os juros exorbitantes dessa divida , a sonegação/evasão fiscal e a previdência do alto escalão do funcionalismo publico e militares.
pontos negativos: Ciro faz uma defesa, velada, de períodos econômicos da ditadura (apesar de deixar claro q não adianta ter um economia forte sem liberdade) e uma defesa clara de Getúlio, um ditador.
outro ponto que discordo do Ciro no livro: nacionalismo, mas ai como e uma opinião pessoal não muda minha analise ao livro. e claro, ele em um forte viés autoritário q para mim passa longe doq defendo como sociedade.
Thárin 09/07/2021minha estante
Ótima resenha!




Izabella 19/05/2021

É bom para conhecer as propostas do Ciro para um país melhor. O livro tem muito embasamento histórico, mas isso não torna a leitura difícil, pelo contrário. Não concordo com todas as suas ideias, mas foi ótimo para conhecer mais de alguém que parece não ser "mais do mesmo".
Izabelle Costa 19/05/2021minha estante
Pois é, é importante que os políticos apresentem de forma palatável e pública seus projetos para o Brasil.




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