Caderno proibido

Caderno proibido Alba de Céspedes




Resenhas - Caderno proibido


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@limakarla 15/08/2023

A escrita enquanto análise
Valeria, uma mulher casada, com dois filhos na juventude, um dia resolve comprar um caderno e isso muda completamente a sua vida. Passar a escrever diariamente como um diário faz com que a protagonista coloque em palavras tudo aquilo que pense e sente, o que a deixa tantas vezes confusa, angustiada, com vontade de desistir do caderno, vontade de fugir e iniciar uma nova vida, mas algo a faz escrever cada vez mais. Assim é um processo de análise. Envolve desejo, medo, vontade de desistir, vontade de falar mais.

É incrível e potente ver as mudanças de Valéria e sua busca para proteger aquilo que a faz feliz e é só seu. Escrita genial da Alba, livro apaixonante.
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Rafinha 08/05/2024

É impossível ser mulher e não se identificar com esse livro. A gnt se vê nos sentimentos que a Valéria expressa no diário, mas confesso que me identifiquei ainda mais com com a Mirella (que pra mim é a melhor personagem, ela começa bem mesquinha mas ao longo do livro ela se torna mais identificável)
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julia 22/03/2023

Passada
Esse livro me acompanhou pelas férias e agora, na minha última semana, me deixa embasbacada. Antes de começa-lo já estava animada pela ideia da escrita como um processo terapêutico, mas a expectativa que eu tinha foi ultrapassada pela sinceridade contida nas páginas. Completamente viciante.
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Mirella.Augusta 18/10/2023

Diário de um cotidiano chato
Não gosto de per diários e ao mesmo tempo, mesmo compreendendo a época em que se passa a história, achei a personagem chata pra caramba, porém a filha ganha destaque e realmente gostaria de ler um livro da história dessa filha ?.
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Carla Verçoza 23/04/2023

Mediano
Entrei nessa leitura com muitas expectativas e achei enfadonho.
O texto em forma de diário, onde Valéria, uma mulher de 40 e poucos anos conta sobre seus dias e sua vida.
À medida que ela escreve, fica claro como ela é vista e tratada pela família. O marido que não a enxerga como mulher ou ser humano, a filha ingrata, o filho machista... Foi me deixando com muita raiva ler sobre ela ser sempre explorada, se tornar somente empregada da família, se anular por eles. O livro se passa nos anos 50, mas tudo descrito lá ainda é realidade hoje, o que só aumentou meu ódio. Eu só torcia para ela se vingar de alguma forma da família.
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leiturasdabiaprado 25/02/2024

Como esse livro me incomodou, não um incômodo ruim, mas daqueles que nos fazem agradecer pela vida diferente que o feminismo nos proporcionou.
Valéria é uma mulher de 43 anos na Itália do pós Segunda Guerra, é a primeira mulher da sua família a trabalhar, mas o faz por necessidade financeira, vive uma vida da clássica mãe de família dos anos 50, filhos na casa dos 20, um marido que a trata como a mãe dos filhos e que para piorar ainda a chama de mamãe.
Valéria é invibilizada pela família, aos 43 anos é tida como velha, como matrona... leva uma vida dura, trabalha fora e cuida de toda casa sozinha.
Um dia ela mesma começa a se enxergar, a dar voz aos seus pensamentos, desejos e anseios, ela começa a escrever um diário! O livro é exatamente as páginas desse diário, da primeira à última palavra, o peso desse segredo, a sua descoberta enquanto mulher, a negativa de se aceitar velha e acabada aos 43 anos!
Um livro que me causou angústia, eu tenho a idade da Valéria e não consigo nunca me imaginar levando uma vida com as castrações que ela teve!
Graças a Deus nesses 80 anos que nos separam muita coisa evoluiu, mas mesmo assim ainda sabemos que existem muitas Valérias por aí e que ainda é preciso evoluirmos muito para que todas tirem esse peso dos ombros e possam ser realmente senhoras dos seus destinos!
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Martony.Demes 19/03/2023

Livros contados por meio de um diário possibilita ao narrador e personagens revelar o que quiser. E Alba trouxe-nos, por meio de caderno proibido, muito sentimento que a protagonista não conseguiria fazer sem esse diário.

E no transcorrer do livro temos acesso aos seus sentimentos, as suas angústias e desejos. E mais interessante é que em muitas situações a gente se coloca no lugar dela. Talvez seja pela escrita ser tão simples e precípua e possibilita entender tudo!

No início ela descreve sua rotina, suas tarefas e até o ato de escrever é revelador: ela tem dificuldade de fazer, pois ninguém deve descobrir isso.

Nesse cenário, ficamos em diálogo com ela e nos é apresentado o quanto ele tem sua vida embotada para dá lugar e preferencia as vidas de seus filhos e esposo. E olhamos o que isso afinge-a e nos toca também!

Nos desdobramentos, percebemos que ela precisa de espaço e voz. E ela é ouvida pelo seu companheiro de trabalho, o qual começa ter uma certa afinidade paralela.

E muitas histórias são contadas por ela. E o diário é ao mesmo tempo, um confessionário, um personagem que a ouve e que lhe dá possibilidade de se revelar...

Eu gostei muito do livro! Convido-os a ler!
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llammer 11/04/2024

Leitura excelente! Uma mulher italiana de classe média compra um caderno subversivamente no início da década de 1950 e passa a usá-lo como diário. Ao longo dos relatos do seu dia a dia aparentemente banal e desinteressante, vamos conhecendo melhor a personagem junto com ela mesma, em um mergulho sincero nas contradições e hipocrisias de performar um determinado ideal de mulheridade e de se confrontar com os próprios desejos.
É impressionante a lucidez de Alba de Céspedes em relação às dinâmicas de poder familiar, pincelando tanto as mudanças bruscas quanto as insistentes continuidades da sociedade que sobrevive à Segunda Guerra Mundial, bem como no que toca as relações sociais de forma mais ampla dessa (re)construção.
De escrita fluida, com capítulos divididos como se fosse um diário mesmo, a história envolve o leitor rapidamente. Recomendo sem pensar duas vezes!
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Maria 18/05/2023

Caderno Proibido
Valéria compra um caderno (que é proibido de ser vendido aos domingos) para nele escrever e ter companhia.
Valéria através da escrita vai narrando sua vida cotidiana e também sua intimidade. Ela tem marido e dois filhos, mas se sente só. Ela não tem com quem compartilhar seus desejos e seus conflitos mais internos e o caderno se torna uma forma de expressar e de revelar o que ela não pode e não consegue fazer na vida social e familiar.
Com o caderno, ela se torna Valéria de novo, pode ser verdadeira, pode se encontrar até se perder. Ela percebe o conflito das gerações e as diferenças nas relações.
Valéria mostra como são dúbios nossos modos de ser, agir e pensar, como, por mais que não vejamos sentido em determinadas coisas, não conseguimos abandoná-los.
Amei esse livro!
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Marilia 18/04/2023

Das prisões a céu aberto
Estou aqui pensando em como descrever a experiência de ler esse livro. Termino a leitura com vários sentimentos conflitando aqui dentro e com um doce amargor que fica depois que engolimos realidades sem digeri-las por completo.

Eu tive vontade de sacudir o livro para ver Valéria escapar de si mesma. Fiquei pensando que mesmo hoje muitas mulheres se encontram nas linhas do caderno proibido. Espero que um dia já não mais, mas hoje, ainda sim.

O livro retrata os dilemas e fardos de uma mulher que poderia ser eu, ou poderia ser você. Uma mulher normal, absolutamente normal, que se vê perdida no momento em que sai do automático e passa a refletir sobre a própria vida, sobre as escolhas que fez e sobre as renúncias quase imperceptíveis que somam pesos indizíveis e desequilibram qualquer ajuste de contas com o tempo.

É um bom livro, muito bom, aliás. Mas, não sei porque, me deixou sentindo uma coisa meio ruim. Bateu uma leve angústia. Talvez tenha sido ele o meu caderno proibido, vai saber.

Enfim? a nota eu marquei em 3,5, mas ela está relacionada muito mais comigo do que com o livro. Eu recomendo e quero muito ler outras resenhas sobe o livro e conhecer as percepções que ele está despertando.
Débora 19/04/2023minha estante
Muito boa sua resenha, Marília. Me deu vontade de ler esse livro!


Marilia 19/04/2023minha estante
Obrigada, Débora :)
Espero que você goste ??


Débora 20/04/2023minha estante
Obrigada, Marília!?




Lurdes 21/02/2024

Perfeito
Caderno Proibido, com certeza, vai figurar entre as melhores leituras de 2024.

Valéria tem 43 anos, é uma mulher ainda bonita, acumula os afazeres domésticos com o trabalho em um escritório, que ela justifica por necessidade econômica, mas que, intimamente, lhe proporciona satisfação.
Estamos no pós-guerra, em uma Itália ainda muito abalada e passando por muitas transformações sociais, políticas e culturais.

Valéria é casada há 23 anos com Michele e tem dois filhos adultos, Mirella e Ricardo.
Uma vidinha comum, sem grandes surpresas, até que, em um impulso, resolve comprar um caderno.
Desde que o Caderno entra em sua vida, Valéria vai viver em sobressalto. Mesmo não sabendo exatamente o que vai escrever nele, ela quer garantir que ele seja somente seu e, aí já se dá conta que nada em casa está a salvo dos olhares da família.
Um primeiro choque.
Todos tem uma gaveta, Mirella tem um diário com chave, mas ela não. Os estratagemas que ela precisa criar para escrever sem ser vista e ocultar o caderno já provocam um desgaste emocional e a percepção de sua total falta de privacidade e individualidade.

Enquanto escreve, ela consegue refletir sobre sua família e suas relações. Esta reflexão vai revelando uma Valéria, um Michele, uma Mirella, um Ricardo que ela não conhecia.
Sempre ocupada, não conta com auxílio de ninguém em casa, mas não se queixa, pois acha que é sua obrigação.

Estas contradições vão sendo postas às claras e ela não sabe como reagir. Quais são suas prioridades, afinal? A casa? O marido? Os filhos? E ela? Onde seus desejos e necessidades estão neste contexto?

As interações entre Valéria e sua mãe e com a filha Mirella são maravilhosas. Três gerações de mulheres em um mundo em transformação que ainda não se compreendem muito bem.
Mirella tem a força e a independência que ela gostaria de ter, e que, na verdade, ela tem.

Mas será que um recomeço é possível?

Como abrir mão de uma vida inteira?

Só digo o seguinte:
LEIA!!!!
Débora 02/06/2024minha estante
Resenha, como sempre, perfeita, Lurdes! Estou amando esta leitura!




Fabíola 18/11/2023

Vemos que o papel da mulher não mudou tanto assim... É triste ver todas cobranças que exigem dessa mulher, mesmo pertencendo à classe média baixa ela não foge de todas imposições sociais.
Um ponto que me chamou atenção é o desenvolvimento da escrita, no início ela escreve tão pouco e vai aumentando com o decorrer da obra.
É uma leitura fluida e incômoda, vale a pena passar por essa experiência!
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GiArgia.Gschwendtner 24/09/2023

Um olhar pelos séculos
Ler uma mulher europeia da década de 1950 é uma reflexão na atualidade que confronta com uma pergunta: será que algo mudou?

Talvez seja mais comum encontrarmos relatos como estes, em que mulheres expressam sua insatisfação com as sobrecarregas domésticas e as dúvidas acerca de uma vida destinada a assumir um papel que rouba sua identidade.

É um mergulho em um universo particular resolvido dentro de um longo diálogo interno. Gostei e recomendo essa leitura que é sempre uma possibilidade de expandir nossos conhecimentos e mergulhar em outra época, sabendo que parece que habitamos um tempo circular.
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Bruna 24/07/2023

Caderno Proibido
Gostei da forma que a personagem principal começa a mudar aos poucos e a dar ouvidos aos seus desejos enquanto escreve no seu diário, mas confesso que achei o livro um pouco cansativo por ele ser muito repetitivo: sempre relatando sobre o medo de descobrirem seu diário, onde o escondeu, quem poderia encontrar, que sua filha está fazendo x? enfim.
Gostei bastante da Mirella, ela teve que ter muita força de vontade pra continuar seguindo seus propósitos mesmo com a mãe lhe importunando sempre em nome da moral. Mas acho que o livro deixa sua mensagem?. Que moral, afinal? De que importa se o vizinho não concorda com suas ações?
Achei muito bem descrito a convivência entre mãe e filha, a forma como a mãe não conseguia olhar sua filha por outro ponto de vista, pintando uma mulher totalmente diferente de quem Mirella realmente era, e, ao mesmo tempo, concordando internamente com tudo que Mirella falava.
A diferença de tratamento da Valeria com sua filha e seu filho também é bem constrastaste, chega a ser engraçado (se não fosse trágico).
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