Caderno proibido

Caderno proibido Alba de Céspedes




Resenhas - Caderno proibido


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Bárbara 23/01/2024

Quanto as as mulheres sofrem?
Ser mulher nos dias de hoje é bem complicado, imagina na década de 50. Esses relatos da Valéria são de uma dureza e barbarie que só Deus.
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Livia1107 23/01/2024

Olhar para dentro de si
Eu nunca tinha ouvido falar de Alba de Céspedes até recentemente, quando uma amiga me mostrou o O caderno proibido afirmando que era incrível. E ela tem razão. Em Roma, nos anos 50, uma mãe, esposa e trabalhadora começa a escrever um diário, onde reflete sobre seu cotidiano, as relações com os filhos e o marido, o trabalho.

Mas ao passar a observar os fatos com o objetivos de registrá-los, e também as consequências dos fatos e, principalmente, o que sente em relação ao que acontece, Valeria vai mergulhando dentro de si e se redescobrindo também mulher, também indivíduo fora das amarras de seus papéis diários.

Mesmo tendo sido escrito em 1950, o livro de Alba de Céspedes traz reflexões ainda hoje pertinentes, com as quais tenho certeza que muitas mulheres, mesmo as mais modernas, poderão se identificar. Também para os homens, e talvez sobretudo para eles, a leitura desse livro é uma porta de entrada excelente para as contradições vividas pelas mulheres desde a entrada no mercado de trabalho e sua divisão entre inúmeras funções, em um mundo desenhado para homens.

Entre os vários despertares de Valeria, o que mais me cativou foram as relações dela com a própria mãe e também com a filha, representantes de gerações com valores e entendimentos completamente diferentes sobre o papel da mulher na sociedade e na família. Valeria representa a transição entre duas formas de estar no mundo e passa a ter consciência do desconforto que sente com ambas, pois se era rebelde à rigidez da mãe, também não aceita a suposta liberalidade da filha.

A escrita no caderno é a oportunidade de Valeria olhar para dentro de si mesma e encontrar suas necessidades, seus medos e anseios, que são ignorados por toda sua família e, até aquele momento, também por ela mesma. O objeto representa uma tomada de consciência de si mesma, e também toda a revolução que isso é capaz de representar na vida de uma pessoa. Excelente.

site: www.365livias.com
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Fabíola 18/11/2023

Vemos que o papel da mulher não mudou tanto assim... É triste ver todas cobranças que exigem dessa mulher, mesmo pertencendo à classe média baixa ela não foge de todas imposições sociais.
Um ponto que me chamou atenção é o desenvolvimento da escrita, no início ela escreve tão pouco e vai aumentando com o decorrer da obra.
É uma leitura fluida e incômoda, vale a pena passar por essa experiência!
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rhana.condado 08/12/2022

Resgate da Identidade
Olha, nem sei por onde começar!

Primeiro que esse livro me arrebatou de um jeito muito louco, sou tão diferente de Valéria, penso diferente de Valéria, não sou do mesmo ano que Valéria e ainda assim me identifiquei com Valéria.

Acho que identifiquei as mulheres da minha vida na protagonista, e claro, todas sofremos a maneira como o patriarcado nos molda durante anos para sermos esposas e mães perfeitas. Muitas vezes, o modo como Valéria agia oprimindo a filha e se oprimindo, é um resultado de uma vida opressora!

A partir do momento em que Valeria começa a resgatar a sua identidade através da escrita, também passamos a resgatar algo dentro de nós que deixamos passar.

Por fim, indico para todas as mulheres. Achei que, por ser mais nova, não era o público alvo do livro, mas li no momento perfeito da minha vida!
Nickgr 08/12/2022minha estante
Fiquei instigada, parece muito bomm. Vai pra minha lista!!


rhana.condado 08/12/2022minha estante
Super indico!!!


Joy 02/01/2023minha estante
Ok, agora eu quero muito ler esse livro!!




Lahdutra 15/11/2022

íntimo e reflexivo
Acho que ler histórias de mulheres comuns é meu gênero preferido.
Esse livro me tocou de um forma bem profunda.

É uma história íntima e reflexiva de Valéria, que decide ter um diário para escrever sobre seu dia a dia.

A partir da escrita, ela inicia uma jornada de autoconhecimento. E com o passar das páginas vamos presenciando a rebelião de Valeria em segredo.

É tentando sempre esconder seu diário da familia que ela percebe que não tem mais nem seu próprio lugar ou sequer uma gaveta em sua casa. E é exatamente isso que ela não quer e não pode mais aceitar.

A escrita é bem simples e super inquietante.

Me falaram que a autora desse livro foi uma das inspirações de #elenaferrante, então fui correr pra ler. E como sempre, pra mim, nunca decepciona nas indicações.

Recomendo demais.

-
📍 “O fato de somente a esta hora conseguir ficar sozinha para escrever me faz compreender que agora, pela primeira vez em 23 anos de casamento, dedico um pouco de tempo a mim mesma.”

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Larissa4195 01/05/2024

Traz uma narrativa tão atual, que nos faz refletir qual o papel da mulher na nossa sociedade. Mostra como somos vistas perante a sociedade, como nós nos enxergamos e o quanto, as vezes, estamos desconectadas de nós mesmas.
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Lore 09/03/2023

Foi um livro muito difícil de ler pra mim, eu ficava muito indignada com a situação familiar, de como ela aceitava tudo, foi difícil me colocar no lugar de uma mulher dos anos 50, a autora escreve muito bem porque consegui sentir raiva legítima do marido e filho dela ?
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lebaptista 10/03/2023

Muito além de um romance
A história da Valeria é o retrato das mulheres de uma geração inteira. E, infelizmente, de muitas que ainda vivem nos dias de hoje, consumidas pelo pensamento retórico e pelo machismo que as cercam.

Um misto de tristeza e revolta pelos valores que ela carrega, dentro das inúmeras contradições entre o que ela faz e o que ela pensa, já que, como leitor, temos o privilégio de acompanhar seu ponto de vista tão íntimo.

À quem interessar, pode ser um simples romance de época. Porém, vai muito além disso.

Todas as vezes em que ela recua dos próprios desejos, dava vontade de gritar. Mas, graças a ela - e mulheres como ela -, que, hoje, podemos escolher onde e com quem estar.

Uma leitura por vezes doída, outras saborosa, e sempre necessária.
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ogatoleu 28/03/2024

Caderno proibido
Desde bem jovem eu tenho uma coleção de diários. O último que alimentei com consistência foi escrito por volta de 2015. Posso apenas especular o porquê de meus diários seguintes serem uma série de cadernos irregulares que me empolgam por meia dúzia de páginas. Empilho esses projetos de diários junto com uma série de agendas e outros cadernos que passam a servir como "blocos de notas" -- me alivia pensar que tantas folhas em branco, abandonadas, tem de ter alguma utilidade.

"Caderno proibido", de Alba de Céspedes, é um diário ficcional de uma mulher que se sente confinada aos limites domésticos. Alguém que é mãe e esposa, mas nunca "Valeria Cossati". Mas a vida encontra rachaduras, margens por onde transbordar.

"Às vezes eu precisaria ficar sozinha; nunca ousaria confessar a Michele, temendo desgostá-lo, mas sonho em ter um quarto só para mim."

Para mim, adolescente e jovem adulta retraída, as páginas eram lugares onde eu fazia sentido das coisas. Para muitas Valerias, "tristes, loucas ou más", a escrita era e é uma ferramenta poderosa. Se o diário não é um instrumento de expressão vocal e ampla, não deixa de ser um de autoconhecimento, de expressão voltada pra dentro. De questionamento de pilares sociais antes tomados como infalsificáveis e imutáveis.

Ainda que publicado em 1952, é um livro surpreendentemente atual. As estruturas sociais podem ter mudado, mas não profundamente. Muitas mulheres não sentem mais vergonha de ajudar no orçamento de casa, mas estas ainda discutem a dupla jornada de trabalho. O trabalho doméstico continua sendo função feminina, mesmo que terceirizada para classes mais marginalizadas.

Este é um livro bem fora da curva, incrivelmente bom (o meu favorito do ano até agora). É de se esgotar marca-textos com cada reflexão que ele traz. Cada página é imensamente rica e contundente, ainda que praticamente nada aconteça além de revoluções internas. "Nada" que é "muito".

"Quando comecei a escrever, acreditava haver chegado ao ponto no qual se tiram as conclusões da própria vida. Mas toda experiência minha (...) me ensina que a vida inteira passa na angustiante tentativa de tirar conclusões e não conseguir."

Ig: @ogatoleu

site: instagram.com/ogatoleu
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Manuella 18/03/2024

Novo gênero favorito?
Mulheres italianas escancarando suas mazelas!

Amei tudo nesse livro, a escrita, a forma que começa, a forma que acaba, a forma que eu fui levada nas camadas dos personagens e da história e ela vai morar num triplex alugado na minha cabeça por um bom tempo.

Bom pra gente lembrar que somos feitas de hipocrisia e honestidade, coragem e medo, insatisfações e ambições, julgamentos e abstenções? somos ambíguas, mulheres!!!
E não tem nada de errado nisso.

Seres humanos reais que apesar de viverem numa época onde tudo era muito diferente, não difere tanto assim de questões atuais.
Amei, amei, amei!
Cris609 25/03/2024minha estante
Exatamente a minha impressão sobre o livro!




Robtavares 21/03/2024

Bem ruim
Extremamente parado, enfadonho e sem se aprofundar em nada. Morno. Um livro morno. Narrativa parada... cansativa e enredo sem sabor.
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Malphys 23/03/2024

?Talvez eu seja somente essa passagem, essa colisão?
Valéria é, decididamente, a colisão entre o passado e o presente. Vive no conflito entre ter sido criada de forma conservadora, restrita, com verdades absolutas gravadas em pedra ao mesmo tempo em que vive - e sente - em uma sociedade mudada, em uma geração que conversa mais com seu íntimo e, por isso, entra tanto em conflito com a sua filha: que tem coragem de ser e agir como ela gostaria, mas não consegue.

Ela é o retrato desse mulher das décadas de 50-60 que eram reduzidas ao lar, ao casamento e aos filhos. E somente ao começar a escrever, escondida, em um diário, ela consegue afirmar, para si, principalmente e unicamente, que é uma mulher inteligente, que pensa, sente e enxerga o mundo e que tem consciência da força que possui entrelaçada à ausência de coragem para se libertar.

Ao longo da leitura senti vontade de gritar ?Vai, Valéria, você pode ser livre. Saia dessa casa, pegue o diário e fuja? e era quase como se ela conseguisse escutar, mas reprimia, sempre, a concretização da vontade.

Uma leitura maravilhosa e frustrante ao mesmo tempo. É inevitável não se revoltar e torcer por ela. Mas ela escolhe, livremente, render-se ao passado, mesmo enxergando, sentindo e compreendendo o futuro. Ao libertar Mirella de seguir com a vida como a sua, ela de certa forma, se liberta, mesmo permanecendo presa dentro do convencionalismo que não lhe cabe.
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