Caderno proibido

Caderno proibido Alba de Céspedes




Resenhas - Caderno proibido


221 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Camila Faria 25/10/2022

Valeria Cossati é dona de casa, mãe, esposa e funcionária de escritório. Vive a rotina típica de uma dona de casa em Roma nos anos 50. Até que ela compra um caderno e o transforma num diário secreto. Passa a anotar as suas impressões sobre o marido, a relação conturbada com os filhos, queixas e desejos que nem ela sabia que levava guardado dentro de si. O diário a atrai e a intimida, bagunça a monotonia do seu cotidiano. O hábito da escrita começa a transformar a maneira como ela encara a vida, em especial como ela encara a PRÓPRIA vida. Um sensacional romance de autoanálise ~ eu torci pela Valeria, senti uma enorme compaixão por ela e um pouco de raiva também. O livro faz um trabalho primoroso ao retratar a vida de uma família da médio burguesia italiana nos anos 50, com toda a sua banalidade, todo o seu preconceito, seus conflitos geracionais e traumas do passado. E, apesar da distância (local e temporal), a abordagem a respeito do papel da mulher na sociedade é dolorosamente atual. Eu adorei, não consegui parar de ler.

site: https://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-35/
comentários(0)comente



Jessiane.Kelly 24/12/2022

Escrita de si
Enfadonho. Li pela influencia que teve sob Elena Ferrante, mas, acho que pelo mesmo motivo, esperei muito mais. Achei muito bom o uso de uma ?forma primária? de narrativa, a de diário. Estranhei ler um diário ficcional, pareceu paradoxal e desafiante. Mas a autora consegue provar muito bem o quanto essa forma de escrita pode mudar a vida das mulheres e a própria percepção de si.
comentários(0)comente



Giovana 30/01/2023

Esse livro deveria ser distribuído em escala. Todas as pessoas deveriam ter contato com ele em algum momento de suas vidas.

Um livro ambientado nos anos 50 que, infelizmente, ainda diz muito sobre o papel da mulher e suas relações. Temas como casamento, liberdade(s), trabalho, todos comentados por uma mulher que se vê perdida em suas relações, sem se saber perdida, e acaba se descobrindo com a escrita.

Brilhante!
comentários(0)comente



Fernanda.Canseco 22/02/2023

Talvez tenha o lido no momento errado, porque senti uma certa monotonia, mas acredito ser inevitável quando o livro se constitui de um diário. É muito bom. As reflexões que são tecidas me fizeram refletir como pessoa e como mulher. De fato assemelha-se em muito com a escrita da Elena Ferrante. Recomendo.
comentários(0)comente



mimperatriz 07/04/2023

Caderno proibido
Que difícil escrever alguma coisa sobre Caderno Proibido, de Alba de Céspedes. Posso adiantar que é fenomenal e que terminei a leitura totalmente embasbacada e muito pensativa (tanto que terminei há mais de uma semana e não consegui escrever nada sobre ele).

Valéria tem 43 anos, é casada há um pouco mais de 20 anos com Michelle e é mãe de Mirella e Riccardo, com mais ou menos 20 anos (ele é mais velho). Valéria trabalha em um escritório para ajudar financeiramente em casa, mas também serve ao seu lugar social de mulher da década de 50 - cuida da casa e de todos que ali vivem.

Um dia Valéria compra um caderno preto, o transforma em diário e começa a escrever os fatos corriqueiros que acontecem em sua vida pacata. E aqui uso ?corriqueiros? e ?pacata? para enfatizar que a vida de Valéria é comum e apenas mais uma entre as mulheres na década de 50.

O livro tem, portanto, formato de diário (o que adoro desde criança!) e apresenta os dias de Valéria - e de todos que convivem com ela - contados pela própria Valéria.

No início a sua escrita é principalmente sobre o próprio caderno - como escondê-lo ou o que escrever nele. Nesse ponto lembro que na discussão sobre o livro ?Escute as feras?, de Nastassja Martin, em um clube de leituras que participo, comentaram um pouco sobre diários em geral: que eles não eram considerados literatura até pouco tempo e que historicamente foram criados como anotações de expedições e, portanto, escritos majoritariamente por homens.

Talvez isso tenha relação com a vergonha que Valéria tem de mostrar ou falar que escreve em um diário. Vergonha por parecer, de certa forma, infantil, mas também por ousar a entrar em um espaço tradicionalmente masculino, a escrita.

Vale dizer que com o passar dos dias e dos acontecimentos, essa vergonha se transforma em medo de descobrirem o conteúdo da sua escrita, já que ela - e a gente - descobre que aquela rotina corriqueira e pacata não é tão pacata como parece. Ao colocar no papel os fatos ordinários e extraordinários que acontecem na sua vida, Valéria se depara com as diferenças pulsantes entre os gêneros e as gerações, além de se questionar sobre a sobrecarga emocional e física que a atinge diariamente.

Os fatos importantes da sua vida, que antes não a atormentavam, agora ficam ali, escritos e à disposição de seus olhos para que ela não se esqueça deles. Reviravoltas acontecem na sua vida, mas não na mesma intensidade que as mudanças internas.

Valéria começa a prestar atenção na sua vida e em si própria quando externaliza seus sentimentos e seu cotidiano através da escrita. E é lindo acompanhar, ainda que um pouco, esse processo de autoconhecimento.

Alba de Céspedes colocou uma dose extra de força em praticamente todas as personagens, mas a que mais me tocou, além de Valéria, foi Mirella.

Mirella, como já mencionei, é uma jovem de aproximadamente 20 anos e estudante de direito com pensamentos e ideias ?modernas? e até - se podemos chamá-las assim - feministas. É claro que essas ideias são bem diferentes dos discursos e ideais de Valéria, o que nos mostra um contraponto interessante e um certo embate entre mãe e filha.

Em mais de um momento do livro a própria Valéria escreve (ou dá a entender) que há uma certa troca de lugares entre elas - Mirella por vezes parece a mãe e Valéria a filha - o que, na minha opinião, encoraja Valéria a pensar e a tomar algumas atitudes que no início do livro (ou do caderno) eram impensáveis para ela.

A história é realmente muito interessante e faz pensar no quanto a escrita é libertária para as mulheres. Alba de Céspedes e sua riqueza de escrita é uma das inspirações de Elena Ferrante (novamente ela por aqui) e com certeza de muitas outras mulheres incríveis.

Se eu pudesse daria o Caderno Proibido a todas as mulheres queridas da minha vida. É, sem dúvida, aquele livro que mexe com a gente. Leiam, leiam, leiam.
comentários(0)comente



Camila943 29/03/2024

Olha, sinceramente... que ódio desse livro. Parece que o bookster escolheu todos os livros do desafio com base no "como despertar o ódio dos leitores?"
comentários(0)comente



revisabewss 01/06/2023

O diário de uma mulher na casa dos 40 e poucos anos em 1950 mas poderia facilmente se encaixar se fosse hoje.
Acompanhamos a protagonista em uma jornada de auto descoberta e mudança. Valéria se expõe totalmente pro leitor e não tem como conhecer tão afundo alguém e não se familiarizar com alguma parte dela.
Ao mesmo tempo que você entende ela e sente empatia, em alguns momentos também te desperta raiva. É uma montanha-russa de sentimentos, assim como a protagonista, que está passando por isso, ela faz também o leitor entrar em conflito consigo mesmo, sempre lembrando que tudo que temos é o ponto de vista que ela nos mostra, .
É uma leitura que conversa com a gente de forma mais intima.
comentários(0)comente



EvelynCris 21/03/2024

Não via a hora de terminar o livro
Eu li algumas resenhas sobre o livro e, sinceramente, achei todas uma romantização aquele floreamento desnecessário sobre a personagem principal. Confesso que me deu muita raiva, revolta e asco da Valéria. Uma competição disfarçada contra a filha Mirella, querendo mostrar que é melhor, superior a ela por ser mãe dela. Diminuindo os sonhos, objetivos e competências da filha. Me incomodou muito! Para piorar, a total diferença com a qual ela trata o filho Riccardo. Para ela, ele é um coitadinho que precisa de ajuda para tudo porque depende da mamãe. Mas não passa de um fracassado, machista, inseguro e depende dos pais. Me deu preguiça. Mas resumindo: Valéria é o puro suco da Mamma Italiana. A santa. A intocável. Um exemplo. Mas não passa de uma egoísta, hipócrita, medíocre e invejosa.

Por outro lado, a autora conseguiu trazer a personagem características perfeitas desse tipo de mulheres que, em muitos momentos, encontramos em nossas vidas.
comentários(0)comente



Olgashion 29/03/2024

Como foi custoso terminar esse livro. É um diário de uma senhora dos seus 50 anos que passou a vida em função da família e descobriu que podia ser mais que isso enquanto escreve sobre seus sentimentos e os outros membros da família no pós guerra
Bartira 03/04/2024minha estante
Valéria é mais nova, tem 43 anos!




Silvia124 21/03/2024

Cansada
Mais um mês do #DesafioBookster2024

O livro é um retrato perspicaz das pressões e frustrações enfrentadas por Valéria, uma mulher de 43 anos presa em um papel tradicional de esposa e mãe. O enredo gira em torno da sua vida cotidiana, revelando sua crescente insatisfação e o peso esmagador das expectativas sociais sobre ela.

Valéria é apresentada como uma figura exausta, desencantada com seu casamento, seus filhos e as demandas domésticas que a consomem. O livro oferece uma crítica aos padrões ultrapassados dos anos 50, nos quais a vida de Valéria gira em torno da casa, do marido e dos filhos, limitando suas oportunidades de realização pessoal.

Embora o início da leitura tenha sido arrastado, a narrativa se desenvolve, oferecendo uma reflexão sobre as questões universais enfrentadas por muitas mulheres. A aquisição de um caderno se torna um ponto de virada crucial, permitindo que Valéria examine sua vida, suas escolhas e as expectativas da família e sociedade.

A conclusão me deixou um pouco frustrada, mas acaba refletindo uma realidade: a dificuldade de escapar das armadilhas e encontrar verdadeira autonomia e felicidade.O livro oferece uma narrativa perspicaz e comovente sobre as lutas e aspirações das mulheres em busca de significado e liberdade em meio às pressões da vida.
comentários(0)comente



Chris.Villar 05/04/2024

Caderno proibido
Que livro intrigante? a autora disse, em um dos comentários que escreveu, que é um livro que não acontece nada, uma narrativa monótono, entretanto na minha perspectiva, é um livro transformador, bastante reflexivo, ao nos apresentar a história de Valéria, narrada pela própria personagem, já que se trata de um diário. Nele acompanhamos os conflitos e transformação que envolvem a personagem. Por meio de suas anotações Valéria começa a questionar seu papel no seio familiar e na sociedade, começa a se percebe como sujeito, com desejos e sonhos que vão além da vida para qual foi educada. Um livro muito interessante, que nós faz refletir sobre o papel da mulher na sociedade. Apesar de se passar na década de 50, na Itália, é mais do que atual. Vele muito a pena ser lido, pois além de enriquecedor, também é envolvente.
comentários(0)comente



IsabellaVica 27/03/2024

Caderno Proibido
Em "Caderno Proibido", somos levados a uma jornada que destaca a relevância da escrita diarística como meio de expressão individual. A narrativa, embora por vezes mais lenta, envolve o leitor em uma história intrigante que ressalta a importância de manter um diário. A obra nos convida a refletir sobre o poder transformador da escrita pessoal, sem deixar de lado a delicadeza e a relevância de guardar segredos e pensamentos íntimos. É uma leitura que ressalta a profundidade emocional e a conexão única que um diário pode proporcionar.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bruna 08/03/2024

Antes de iniciar essa leitura, tinha visto algumas resenhas e pessoas fazendo referência a um encontro da personagem principal com ela mesma. Uma redescoberta muito íntima. Minha percepção foi diferente. Acho que nessa procura por respostas aos seus sentimentos, ela acaba se perdendo ainda mais. Uma mulher no início do século passado era uma pessoa tolhida de suas vontades e com pouca (quase nenhuma) liberdade para tomar sua decisões. Impossível não se identificar com a personagem quando se é mulher, mãe e esposa. Ainda hoje, nós mulheres, temos nossas lutas sobre as expectativas que nos colocam. Valéria, protagonista, consegue imaginar com a ajuda de seu diário, tudo que poderia ter sido caso tivesse tomado suas próprias decisões e isso traz sofrimento de tudo que não aconteceu. Nas poucas decisões que toma, sofre com seu próprio julgamento. Uma leitura que traz reflexão.
comentários(0)comente



jess queiroz 14/03/2024

Incrível!
Que livro!!! Como pode tão sensível, tão atual. Como pode falar com o leitor a cada linda?! Sem palavras para descrever tamanha grandeza dessa autora ao retratar o cotidiano de uma mulher mãe, esposa, trabalhadora se descobrindo aos 40 anos! Maravilhoso!
Cris609 25/03/2024minha estante
É mesmo sensacional!




221 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR