Isabella658 24/01/2023
Fim, mas ainda estou muito apegada aos personagens.
A história começa um pouco tensa, com medo do que pode acontecer com o Gryphon, mas também muito reveladora. Finalmente os deuses resolvem botar as cartas na mesa e conversarem com seus vasos. Atitudes esperadas de deuses, que se sentem sempre superiores, que não precisam dar explicações sobre seus atos. Porém, dessa vez eles querem cooperar para que possam todos viverem juntos e felizes, finalmente eliminando todos os outros vínculos divinos que sempre os ameaçam.
Não vou negar, eu já tava tendo uma crise existencial sobre a existência deles com isso. Não conseguia parar de pensar ?será que a Oli e os caras se amam mesmo ou é só porque vivem seres dentro deles que são almas gêmeas??. Se eu vivesse nesse mundo, ia entrar em crise só pensando nisso. Mas eles nunca se questionam nisso e acho que nesse livro consegui separar um pouco mais os seres humanos dos deuses. Não muito, mas já era algo.
Esse livro é o desfecho, então as brigas são muito mais elevadas, como ir subindo de fase até chegar no chefão final. Não consigo dar 5 estrelas pra nenhum dos livros porque sempre sinto que falta algo pra chegar ali, achei que nesse livro iria gostar de tudo, mas senti menos emoção porque já parecia tudo ganho.
Eu li esse ano um livro chamado Carrie Soto está de volta, da Taylor Jenkins Reid, e quero usar ele pra explicar a diferença entre ser confiante porque é um traço de personalidade e ser confiante porque nada tá no seu nível. A Carrie é SUPER confiante de si mesma e sempre achava que ia ganhar uma partida. Até quando tinha tudo pra dar errado, ela sempre passava muita confiança de ser a melhor tenista do mundo. Mesmo assim, cada partida dela era uma puta tensão porque nem sempre ela ganhava e eu super sentia com ela isso, porque ela tava me passando confiança e logo depois sendo super frustrada. Nesse livro é diferente, parece que eles sempre ganham. Eles são super confiantes e, como não dá pra duvidar, nem tem uma tensãozinha de estarem errados. Até porque o que mais pode dar errado em uma ficção assim é morte, mas parece que a autora tem medo de matar alguém. Qualquer um, até os personagens secundários.
Não vou mentir, tem sim uma morte importante, um personagem que eu gostava muito, mas também era um tanto faz porque não aparecia tanto quanto a Sage e o irmão dela, por exemplo. Isso brocha demais as coisas.
Até o final, quando eles vão enfrentar o vínculo da dor e nesse momento senti um pouco de medo de dar errado. Na verdade, a morte de qualquer um dos vínculos divinos, sem serem pelas mãos da Oli digerindo eles, davam um medinho do ciclo começar tudo de novo. Porém, depois do que aconteceu com o Nox, a gente fica mais relaxado lendo.
Por falar em Nox, nesse livro eu me apaixonei por ele. Já parece outra história, os personagens mudaram tanto que é difícil associar eles como os mesmos do primeiro livro. Gabe eu via mais como um amigo, mas nesse livro eu passei a gostar muito mais dele, que quase passou o Gryphon no meu rank. Enfim, uma montanha russa de emoções.
A história infelizmente não se fecha completamente, termina com muitos pontos em aberto. Por exemplo, alguns personagens são presos e não tem uma resolução pra isso, fica pra imaginação mesmo se eles vão ser soltos e perdoaria ou sla, definhar lá. Porque foram esquecidos e parece que matar não é uma opção de verdade. Também termina um pouco em aberto sobre os vínculos divinos, o que a Oli vai fazer da vida agora que não precisa lutar mais e acho que tem mais alguns detalhes que esqueci. Mas ficam algumas pontas soltas. Mais um motivo que não dei um 5. O ponto forte mesmo é o desenvolvimento das relações pessoas (com exceção da parte do Nox).
E é isso, sobre a história, não vou falar mais pra não dar spoiler. Mas quero deixar minha conclusão sobre os homens vinculados a Oli, meu rank de favoritos.
Meu rank:
1. NORTH - difícil demais decidir entre ele e o Nox, no final eles são até que bem parecidos, mas teve uma coisinha só que me conquistou mais. No começo ele tava no fim da lista junto com o irmão, só não perdia pro Atlas porque odeio personagens perfeitinhos e eles tinham pelo menos material pra um haters to lovers. O que me fez gostar mais do North foi como ele cuidava da Oli, principalmente alimentando ela. Sim, me compraram com comida. Além de ter um pouco de daddy issues e adorar o jeito como ele era superprotetor e um pouco possessivo, doido por controle. Ele teve os melhores momentos com a Oli, depois que se entenderam. Sempre suspirava com ele.
2. NOX - no começo é difícil demais gostar dele. Não porque ele era mal com a Oli, mas pela cena do corredor. É algo que não sei o que pensar porque a Oli foi super confusa sobre isso e acho que a autora nem sabia como fazer um haters to lovers pesadão ou tinha muita dó de fazer isso com o Nox. Fica muito claro que ele é o personagem favorito dela, com o North só um pouquinho atrás e o Gryphon juntos. Vou falar mais sobre isso depois, mas sei que ela não gosta muito do Gabe e do Atlas kk enfim, Nox depois do vínculo de almas é perfeito. Ele também é super inteligente, professor, gosta de estudar, mais reservado, mas super intenso? um sonho. Só fica em 2º, em vez de em 1º junto com o irmão, por causa do que fez com a Oli no começo.
3. GRYPHON - ele era meu 1º no começo da história, todo misterioso e quieto. A parte que ele ia pro dormitório da Oli, cuidava dela com poucas palavras, mas muito carinho era super fofo. Eu achava ele super fofo e esse é meu ponto fraco. Até que começou a parte do sexo e descobri que ele é o mais tarado de todos, deve ser o que mais faz sexo com a Oli, seguido de perto pelo North. Porém, o lance da invasão de privacidade com a Oli me deixou super puta com ele, só por isso quase coloquei o Gabe na frente. Na verdade, tem um motivo maior pro Gabe não ser o 3º.
4. GABE - Gabe também é perfeito, muito fofo. Mas infelizmente foi desfavorecido pela autora e rebaixado a melhor amigo. Tenho certeza que só por isso ele não vira o favorito de muitas pessoas. Acho que ele e o Atlas só tiveram um momento sozinho com a Oli, o resto sempre foi compartilhado. E ele era deixado mais como babá dela ou o amiguinho. Parecia que o trio de ouro saia pra fazer algo importante, aí a Oli era deixada com as babás Gabe e Atlas. É difícil ver ele como algo além de melhor amigos, além dele ser super conformado. Não questionava muito os irmãos Draven e o Gryphon, entao era difícil ver ele como adulto, parecia o mais infantil e inocente de todos. Mas era super fofo com a Oli também e eles tiveram muitos momentos bonitinho, pena que foi desfavorecido pela autora.
5. ATLAS - a maldição desse nome, segundo Atlas que conheço que é todo perfeitinho. Desde que aparece ele se da bem com a Oli, é todo grudento, todo flertador, ama demais dela, faz tudo por ela, nunca tiveram uma briguinha, são sempre tudo felicidade. O único momento de desentendimento é quando ele é superprotetor. E o North é prova de que da pra ser um superprotetor legal, mas o Atlas é um babaca. Eu quase peguei ódio dele com todos os momentos que ele dava dor de cabeça pra Oli porque não ouvia ela, sério. Só passei a gostar mais dele com o desenvolvimento da família dele na história, e quando ele parou de ser um idiota com os outros vínculos da Oli sem motivo, sabendo o quanto ela odiava isso. Fico feliz pelo apoio a ela no começo com o caso do Nox e o fato de concordar comigo sobre o Gryphon ser um merda invadindo a privacidade dela, mas ele era muito intrusivo e não confiava nela em nada. Tratava como uma criança. Então ele fica no fim da lista.
É isso, sinto que muito potencial foi perdido pelo favoritismo da autora e que isso influenciou na minha lista, já que os 3 primeiros tiveram um desenvolvimento mais interessante. Mas nenhum deles tá acima da Oli e o vínculo dela, que tem uma certa personalidade. Elas são fortes e gosto muito disso. A Oli chegou a me irritar no começo com isso de correr pra salvar a amiga e a irmã do Gryphon imprudentemente, mas em um momento ela aprende e entende que é mais forte com os vínculos dela. Todos tiveram um crescimento e desenvolvimento e esse é o maior ponto forte da história. Principalmente queria saber como seria uma família deles, com a Oli tendo filhos etc. Afinal, o que me deixou viciada foi ler sobre a relação deles e eu leria mais livros só contando coisas do cotidiano. Se fosse só pela história, daria uma nota mais baixa, o que fez eu dar um 4 é o mesmo motivo de ter favoritado essa série: os personagens.