pgiovn 04/11/2022
Final raso, rápido e com coisas mal explicadas
Essa resenha tem alguns spoilers.
Final raso que não chega a altura dos outros livros, mas dei 4 estrelas pelo apego aos personagens e por alguns momentos fofos dos bonds.
No geral, a história tem uma boa base e é fácil se interessar, a autora sempre deixa coisas em aberto para deixar os leitores atraídos e, assim, obrigatoriamente sentirem vontade de ler todos os livros. O primeiro livro me surpreendeu bastante, gostei muito do pontapé inicial e os outros também foram muito interessantes, mas o último deixa a desejar.
O primeiro grande problema para mim já é visível no primeiro capítulo. No último capítulo do penúltimo livro dá a entender que algo grave aconteceu com a Oleander, mas no primeiro capítulo do último livro ela simplesmente volta bem e como se nada tivesse acontecido, algumas coisas foram muito confusas de entender, mas simplesmente segui a leitura, não esperava algo muito diferente, como se ela tivesse morrido, afinal eles ainda tinham muitos inimigos para enfrentar e a autora não mataria ela e nem os outros bonds assim.
A autora desenvolveu muitas coisas nos outros livros, exceto os vínculos divinos, que são bastante mencionados no penúltimo e, principalmente, último livro. Fiquei chateada porque o resto foi bem desenvolvido, como por exemplo, a relação da Oleander com os bonds, e a relação dos bonds entre si, já que, inicialmente, o convívio entre alguns era difícil. É bonito ver onde a relação deles chegou e isso é bastante mostrado nesses dois últimos livros. Mas o mais interessante disso tudo, que são os vínculos, algo que é discutido rasamente desde o primeiro livro (porque nem eles mesmos sabem do que se trata, então vão pesquisando e descobrindo sobre os vínculos a cada livro), mas mesmo assim o desenvolvimento dos vínculos divinos e a explicação da existência deles foi fraca, só é dito que eles são super poderosos, mais fortes que dotados normais, que podem matar a pessoa que o carrega e assumir seu lugar, mas nada além disso. Descobrimos também que os vínculos do grupo bond da Oli nunca estiveram todos juntos, que aquela é a primeira vez que todos conseguiram renascer ao mesmo tempo, mas fora isso não se sabe mais nada, não tem uma explicação de como eles surgiram ou de onde vieram ou porque eles levam tempos diferentes para nascer.
Achei esse livro muito corrido e, se comparado com os outros, os conflitos (batalhas) foram muito mal escritos, muitas vezes deixando o leitor confuso em alguns momentos. A última batalha foi péssima, eles estavam esperando a muito tempo para derrotar esse inimigo, que era o mais poderoso, e ele foi derrotado em menos de 2 páginas, o que foi um pouco decepcionante de se ler. Era o inimigo mais poderoso, criou a resistência praticamente sozinho e a batalha final foi muito simples, muito rápida, ele foi derrotado muito facilmente. É de se entender, já que o grupo bond da Oli estava todo junto e isso os deixava mais fortes e indestrutiveis, mas ainda assim foi decepcionante, esperava muito mais desse último vínculo divino.
Outro problema foi que os personagens secundários foram deixados um pouco de lado, até apareciam em alguns momentos, mas não era nada tão relevante, somente o sequestro do Kieran foi relevante, mas também foi muito mal escrito e desenvolvido. Em uma página ele tinha sido sequestrado e na outra já estava de volta no santuário. O motivo do sequestro foi o enfraquecimento de um lado da barreira, mas isso não me convenceu o suficiente, todos ali estavam atentos em todas as proteções justamente porque o santuário já tinha sido invadido antes, e ainda assim o Kieran foi sequestrado porque um lado da barreira enfraqueceu? Achei muito mal desenvolvido e muito mal pensado. A Sage desapareceu bastante nesse livro, só aparece em momentos rápidos e ela e o grupo bond dela só tiveram destaque no resgate do Kieran. O último bond de Sage também apareceu, mas foi tão rápido que nem tive a oportunidade de criar algum laço com ele e os problemas do Riley continuaram na mesma, só foi dito que ele estava se recuperando e foi isso, nada mais. A morte de Vivian também foi muito mal colocada, do nada aquele vínculo divino que estava preso consegue usar seus poderes e sair da cela? Se ele podia fazer isso durante o tempo todo, fico me perguntando o porquê de ele ter demorado tanto tempo para usar os poderes para sair da cela. Outra coisa em aberto foi o destino dos prisioneiros, a mãe do Gryphon e a irmã de Atlas, o que aconteceu? Para onde eles foram? Só se sabe que foram transferidos para outro lugar, mas é aí que eles somem para sempre da história.
Agora, falando dos pontos positivos, gostei muito da aproximação dos bonds, eles realmente se uniram e todos passaram a se preocupar uns com os outros e não só com a bond central. Alguns momentos deles juntos foram muito legais de ler, mas ainda assim queria saber um pouco mais sobre a família de Gabe, não se sabe muita coisa além da mãe dele ter perdido os bonds e tudo termina sem novas informações sobre ela. O epílogo foi fraco, não achei nada demais, foi muito rápido, apenas uma breve explicação de como cada um estava seguindo a vida e foi isso.
Esperava um final bem superior a esse, mas de qualquer forma não odiei o que li, só senti que ficaram algumas lacunas em alguns momentos e algumas coisas só foram jogadas ali no meio da história para explicar alguns acontecimentos, mas não tem muito o que se fazer sobre isso. Recomendaria os livros, mas não é a melhor série que já li.