essicristina 01/05/2023
?? meu filho, você nasceu em um momento de muita tristeza ? sussurrara a rainha. Aquelas se tornariam suas últimas palavras.? Por isso vai se chame Tristão.
Claro que o menino detestava o nome. ?Bem, podia ser pior?, costumava pensar, ?melhor Tristão do que Tristonho!? Além disso, com seus doze anos, já sabia o que evitar: que um grande amor também lhe roubasse a possibilidade de ter um futuro??
Sempre que eu gosto muito de alguém, ou de alguma coisa, acabo me deparando com um poço profundo em meu interior, onde me vejo necessitada de palavras para descrever verdadeiramente a imensidão. E geralmente, não gosto dessa sensação, da falta de palavras para me expressar, ou a dificuldade em dizer o que realmente estou sentindo.
Ler Tristão e Isolda me colocou mais uma vez diante desse poço. E mesmo me faltando as palavras necessárias para descrever o quanto amei essa história, não fiquei frustrada dessa vez. Pois entendi que não tem como eu explicar algo que precisa ser sentido, ou nesse caso, lido, compreendido.
Esse livro carrega tudo o que eu amo em uma história: aventura, romance, magia, reviravoltas, conflitos, e profundas reflexões sobre a vida, o ser humano, e o mudo dominado pela descrença dos homens. Além de Tristão se nomear cristão durante a história, e ter uma cena ? nada tira isso da minha cabeça ? que foi baseada na história bíblica do rei Davi.
Enfim, apenas leiam, se vocês tiverem a oportunidade. Acredito muito que não vão se arrepender.