Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Marina 18/05/2024

O cotidiano de duas famílias italianas, suas relações, os hábitos, o cotidiano, as pequenezas. No plano de fundo, a Segunda Guerra Mundial, o fascismo, a invasão dos alemães. E aí, como essas vidas mudam com a chegada da guerra, o que ganha e o que perde importância, o que aproxima e o que afasta. É incrivelmente triste sem ser explícito ou apelativo. Eu gosto como a Natalia Ginzburg consegue retratar o horror nas entrelinhas do banal, é sutil e delicado mas tá lá, sempre presente e à espreita. Acho que dos que li dela até agora, esse foi meu favorito.
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Ana Carolina 07/06/2020

Todos nossos ontens
Em algum momento da vida é preciso ler esse livro maravilhoso.
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Emanuel.Silva 08/06/2020

Metamorfoses da vida e da arte, do real e do imaginário
"Todos os nossos ontens" me empolgou desde quando abri a caixinha. Amei a escrita da Natália Ginzburg, mais uma vez a TAG me proporcionando uma experiência nova na literatura.

Achei que essa oralidade narrativa do livro contribuiu demais para acompanharmos está metaficção historiográfica, vai flutuando pelas histórias, memórias e singularidades das personagens e aos poucos vamos nos tornando íntimos de Anna, dona Maria, Emanuelle, Giustino e por ai vai. Gostei muito do livro como um todo! O desenrolar da história de duas famílias, as atrocidades da guerra que em um primeiro momento ainda está um pouco longe dos personagens (em vários aspectos) e na segunda afeta à todos em diferentes graus. Um livro belíssimo, escrito de uma maneira muito precisa e que só tem a contribuir com a experiência, personagens muito bem elaborados e tramas e subtramas no decorrer da vida deles que são muito marcantes durante e após a leitura.

Agora bora ler o posfácio, coloquei a foto pois achei muito bacana, sua capa é uma espécie de biblioteca desmoronada, enquanto o prefácio é um imaculado jardim...
Fuck the war!
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Thimsilva 15/06/2020

O maior recurso estilístico desse livro é aparentemente não usar nenhum recurso. Nathalia Ginzburg de forma muito inteligente usa uma narrativa que soa quase como uma história contada oralmente. Apesar disso tornar a leitura mais arrastada, aproxima o leitor das experiências relatadas e nos imerge na história de uma forma mais completa
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Gisele @li_trelando 17/06/2020

Comovente
A história não tem pressa em ser contada e justamente por isso, mesmo achando que não está gostando dos personagens, vc se vê cativada por eles ao ponto de sofrer com o destino deles. Algumas pessoas podem achar arrastado e sim ele é, mas vale muito à pena.
Pandora 29/06/2020minha estante
Que bom que você gostou da Natalia. É uma das minhas autoras favoritas, ela sempre me faz olhar para dentro e esquecer a pressa pq tem um ritmo de escrita imperturbável. Fico fula quando associam ela a Elena Ferrante, acho sempre que as pessoas vão esperar o ritmo de escrita da Ferrante e não vou gostar da Natalia.


Gisele @li_trelando 29/06/2020minha estante
Nada a ver as duas kkkk eu estava de olho em léxico familiar há um bom tempo, mas sempre fui deixando de lado. Aí a TAG me presenteou.


Pandora 30/06/2020minha estante
Gosto muito de Léxico Familiar. O filho da Natalia, Carlo Ginzburg é um historiador muito conhecido e que uso muito, vê ele pelos olhos da mãe foi muito surreal kkkk As vezes a gente tem a impressão que os veios da história nascem veios, mas até eles foram crianças cujas mães se preocupavam com o sapato que iam comprar para eles.




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Vitória Dias 20/06/2020

Este, sem dúvidas, é um livro contado.
É como se a autora, Natália Ginzburg, sentasse ao teu lado e te contasse como a família de Anna passa pelo regime fascista de Mussolini. Mas atenção: o centro da história é a família, as relações interpessoais, as injustiças, as faltas que cada personagem sente. O regime, a decadência familiar, a pobreza do sul da Itália, a Segunda Guerra são apenas paisagens de uma vida difícil e cheia de perdas.
Não é um livro que aconchega. Ele incomoda, instiga, te faz querer ligar os pontos e saber exatamente em que ponto da história do mundo a Anna está vivendo. Os personagens não são montados de forma complexa e é justamente isso que me fez sentir o vazio de cada um deles. Me senti representada pelo estilo da escrita da autora, aliás. É cheio de "E"s, sem muitos conectivos. Não foi um ponto negativo pra mim, mas sei que pra outros pode ser que seja.
Leia, talvez não exatamente esse livro, isso não é uma dica, só uma registro. De qualquer forma leia alguma coisa, sempre vale a pena.


site: https://www.instagram.com/v.itdias/
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Rodolfo Vilar 25/06/2020

Profundo
Contando sobre um bom período do movimento fascista na Itália da segunda guerra mundial, Natália Ginzburg consegue mesclar laços familiares com a historicidade que os rodeia. Esse é um livro sobre laços, sobre o humano, sobre a transformação de cada indivíduo. https://t.co/5rGKlg2aw9
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@nandajf 29/06/2020

Duro, forte, direto, sensível, cativante.
¶Leitura finalizada e uma sensação de abandono e perda no coração. Acredito que o momento histórico que nós estamos vivendo, especialmente nós brasileiros, me fez mergulhar fundo na história da Natalia Ginzburg e, inclusive enxergar, talvez de maneira muito equivocada, pontes entre o enredo de Todos os Nossos Ontens e a realidade pandêmica e política atuais.
¶Eu me apaixonei pela escrita da Natalia. Não sou formada na área de Letras, não tenho formação literária, resumindo, sou leiga. Entretanto, vou tentar expressar o que senti, sem dar spoilers.
¶A Natalia me cativou com sua escrita dura, direta, seca, sarcástica. Senti uma espécie de humor interno, algo que só quem realmente mergulha na história, percebe. Não demorei para entrar no ritmo dela. Um ritmo para muitas pessoas, esquisito. Percebi que vários leitores não gostaram da forma como ela escreve, muitos acharam que a narrativa se arrastava e, ao longo de muitas páginas, era como se nada acontecia. Contudo, creio que isso se deva ao fato de que muitos criaram falsas expectativas, na ânsia de ver uma típica história com grandes e arrebatadores fatos sobre a II Guerra e o Nazifascismo. Ledo engano. Na verdade, o ritmo da escrita é controlado pela forma peculiar de pontuação. Eu achei isso de uma maestria extraordinária.
¶Senti que o "pulo do gato" da Natalia foi justamente tecer seu enredo nas minúcias do cotidiano de pessoas comuns, como qualquer um de nós, simples mortais. Suas personagens, da minha perspectiva, se encaixam em tipos muito triviais que reagem das formas mais inusitadas diante de crises e conflitos. Temos os covardes e inúteis, temos os fúteis e alienados, temos os ingênuos sonhadores, temos os desesperados e surtados, temos os lúcidos e conscientes, temos os aproveitadores, temos os corajosos.
¶Também temos uma narrativa em duas partes que ora nos apresenta a região Norte da Itália, sua burguesia, seu ritmo urbano-industrial, mais tarde o despontar da resistencia; ora apresenta a região Sul com sua rotina mais lenta e seus camponeses. Cada uma reagindo de maneiras diferentes à crise.
¶Enfim, essa obra ficará guardada em um lugar especial da minha memória. Recomendo!
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Gabriela Silva 29/06/2020

Um bom livro
Simples, mas de uma simplicidade humana, os traumas, as perdas, as angústias são tratadas de uma maneira quase seca, sem os floreios literários, o que nos traz muito a ideia de um sentimento real, cheio de dor e de força pra superar.
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Marina.Cyrillo 29/06/2020

Tutti i nostri irei
Uma angústia toma conta. Medo e insegurança. Tanto para os pobres quanto para os ricos, ninguém está salvo. Ansiedade e incerteza, temos que ficar confinados para se proteger. Medo desse fascismo que cresce e de todos aqueles que se identificam e apoiam. E as vezes dentro da família. Necessidade de se apegar ao máximo as pequenas coisas, que imprimem uma sensação de normalidade a vida, pra manter sanidade física e mental. Sabe-se de mortes e mais mortes. Muitas perdas. Estremecimento dos relacionamentos e as mudanças de paradigma. Não, não é a epidemia do COVID 19, é o período da guerra pano de fundo desta história. Itália 1930-1940. Qualquer semelhança mera coincidência. O livro envolve muito!
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brendkarla 05/07/2020

Um livro envolvente e necessário
O que dizer sobre esse livro que comecei meio desanimada e terminei considerando-o um dos meus favoritos? Que experiência incrível!
Por meio de uma narrativa sutil e, ao mesmo tempo, complexa, Ginzburg conseguiu me envolver e me sensibilizar a cada página, a cada capítulo. Não é uma leitura muito fácil, pelo contrário, ela exige muita atenção e cuidado, até porque um livro narrado sempre em terceira pessoa não costuma ser tão envolvente assim, isso é um desafio (pelo menos foi para mim).
Vi que muitos aqui desistiram e desanimaram, mas digo que vale a pena a persistência! Você acaba esse livro com um misto de tristeza e vazio, porque você quer mais dele. E também com raiva, raiva dos alemães nazistas, raiva dos fascistas, raiva de tudo que aconteceu enquanto a Segunda Guerra rolava.
É angustiante observar como essas ideologias chegam de fininho, vai conquistando pessoas aos poucos, e quando você vê, é tão difícil de resistir. O medo de subverter o sistema toma conta, mas mesmo assim existe a esperança, que é o que mantém as pessoas lutando e acreditando por dias melhores. Um livro escrito em um ano tão distante, mas com uma realidade tão próxima, não é mesmo?

Obs: muito raramente leio posfácio de algum livro, mas desse vale muito a pena!
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Adilana 08/07/2020

Uma obra que merece ser lida, seja pela estória que se passa durante a segunda guerra e retrata duas famílias italianas lidando com o fascismo e a adesão a guerra pela Itália, seja apenas para ter contato no estilo de escrita, que eu ainda não tinha me deparado... é como se fosse contada em fôlego só.
Uma surpresa para mim. Já quero ler mais obras da autora.
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