Ciranda de Pedra

Ciranda de Pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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Laysa 27/01/2024

"E o pai, quem se preocupa com o pai?"
Esse livro é sobre pertencimento, a personagem principal, Virgínia, passa o livro inteiro tentando pertencer à algum lugar, tentando fazer parte daqueles grupos mas no fundo ela sabe q nunca vai conseguir.
achei mt legal a metáfora da ciranda de pedra que vi alguem falando que essa ciranda na vdd é todos os círculos sociais que ela passa e eu pensei a mesma coisa enquanto lia
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Katharina.Pedrosa 26/01/2024

Você já tentou entrar em um grupo e se sentiu deslocada naquele meio?
"Ciranda de Pedra" narra a trajetória de Virgínia ao longo de duas fases distintas de sua vida. Na primeira, a protagonista enfrenta as adversidades da infância com toda a idealização de uma criança de 10 anos. Já na segunda fase, ao final da adolescência, ela adquire uma clareza maior sobre os desafios vivenciados na juventude.

Virgínia, a filha mais nova de um casal separado, é confrontada com os delírios da mãe, a indiferença do pai e a exclusão por parte das irmãs mais velhas. Após um episódio de traição, Virgínia muda-se para a casa da mãe e do padrasto, enquanto o pai permanece com as duas irmãs mais velhas, aparentemente em harmonia. Navegando entre dois mundos opostos - o da mãe, permeado pela loucura, e o do pai, envolto em luxo - Virgínia enfrenta o dilema de: querer ir para a casa do pai e conviver com as irmãs e os amigos, mas ao mesmo tempo não quer estar longe da mãe.

Com a morte da mãe, Virgínia passa a viver com o pai, mas não se sente acolhida e pede ao pai para estudar num colégio interno. A partir daqui, temos um corte temporal e passamos para a segunda fase, que começa com ela arrumando as malas para voltar para a casa do pai. Quando volta, ela continua com o mesmo sentimento de não-pertencimento que a acompanha em todos os lugares: na casa da mãe, no colégio interno, com as irmãs, com os amigos.

Diante de toda a melancolia de Virgínia, é impossível não se emocionar com essa menina carente de afeto e que acredita com toda a força na recuperação da mãe, para que a família seja reunida novamente. O retrato de uma família de classe média não poderia ter sido mais fiel, com toda a hipocrisia escondida sob o véu da moralidade.

Este foi meu primeiro contato com a autora e eu não criei expectativas. Achei o texto fluído e os diálogos bem construídos. A personagem ´principal, é complexa e de fato, pude acompanhar a mudança dela, e até me identifiquei em alguns aspectos.


“Ouça, Virgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher as rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca”


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Janas 26/01/2024

O LIVRO DARK ACADEMIA BRASILEIRO
Sim, esse livro carrega a essência dark academia que Donna Tartt nos brinda em A História Secreta.

Aqui temos, gay, lésbica, hetero, suruba, poligamia, monogamia, traição, gente rica, gente pobre querendo ser rica, gente inteligente, gente burra mas que calha de andar com os inteligentes, crente, ateu.
É o dark academia br, seguindo a mesma representação da elite, num ambiente com literatura e música clássica, muito conhecimento e personagens eruditos.

Eu amei com todas as forças, chore, ri, a escrita da nossa grande Lygia faz com que nós sejamos imersos em todos os acontecimentos e sintamos como se estivéssemos de fato vivendo todos eles.
Vários temas tratados de maneira profunda, muitas simbologias e representações que ninguém melhor que Lygia para escrever.

Recomendo a todos, se não gostou leu errado rsrsrs.
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anAleh1 26/01/2024

Ciranda de Pedra
Meu Deus. que livro incrível.

a quantidade de camadas, o fluxo de pensamento louco e afobado e em desenvolvimento de virgínia. TUDO.

que livro sensacional, do tipo que vai ser digerido aos poucos; tipo carne no estômago, daqui alguns meses chegarei a alguma reflexão a respeito dele, depois, daqui a alguns anos, entenderei ele de outra forma, sempre digerindo, sempre tirando todos os nutrientes, mas nunca o digerindo de vez.
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lívia 25/01/2024

"Nascemos todos os dias quando nasce o sol"
Um dos livros mais lindos que já li! Lygia consegue descrever com uma belíssima precisão os sentimentos dos personagens que rodeiam a trama. Quanto mais lemos, mais queremos saber e entrar no mundo de Virgínia, a personagem principal do romance.
Além do delineamento psicológico apurado, o livro aborda inúmeras questões que eram latentes no Brasil do século XX: racismo, machismo, homofobia, tabus da sociedade vigente etc.
Enfim, vale muito a pena ler, se encantar (e ficar muito emotiva(o) também) com essa história.
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Caroline.Jacoud 25/01/2024

Impossível não mergulhar na narrativa de Lygia?
Já há algum tempo eu estava querendo conhecer a obra da lendária Lygia Fagundes. Então decidi começar pelo seu primeiro romance, publicado em 1954. Nele é possível levantar temáticas como: moralidade, adultério, religião, racismo, transtornos mentais, rejeição, luto, entre outros.

Em "Ciranda de Pedra" o leitor acompanha a história de Virgínia, sendo a primeira parte do livro voltada à sua infância e a segunda à sua vida enquanto jovem adulta. Vivenciamos junto com Virgínia uma infância marcada pela rejeição familiar, privação afetiva e pela sensação constante de invisibilidade, capazes de gerar intensos sentimentos de inadequação e culpa.

O que uma criança consegue alcançar sobre adoecimento mental? Era a pergunta que eu me fazia enquanto via Virgínia confusa com os delírios de sua mãe, tentando acessar o "mundinho" dela em busca de sentido e conexão.

Ao mesmo tempo, a personagem vivenciava a separação dos seus pais e o afastamento das suas irmãs mais velhas, que, por suas vezes, cultivaram outras amizades. Então, Virgínia se percebe sem espaço diante dessas novas relações, sendo impedida de estabelecer afetos e desencorajada a firmar sua própria identidade.

Em meio à um contexto com tantos desafios, Lygia constrói uma personagem viva, intuitiva, que dá razão ao seu desejo, à sua própria percepção sobre o mundo. Considerando o ano de publicação da obra, isso representa o rompimento de inúmeros paradigmas.

Através da "Ciranda de Pedra" que Virgínia acredita jamais conseguir parte, ela encontra seu próprio caminho e percebe nele um sentido muito maior do que a aceitação que sempre esperou. Vale ressaltar a incrível experiência de leitura que a autora proporciona com sua narrativa, provocando uma imersão magnífica no universo proposto por ela.
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Lorena 23/01/2024

Lygia Fagundes Telles é uma das minhas autoras favoritas e eu ainda não tinha dado a chance para ?Ciranda de pedra? por pura preguiça (que erro!).
Que leitura! A gente acompanha Virginia em duas partes, sua infância e o começo de sua vida adulta.
É sensível, bonito, e a pureza da primeira parte é surreal, Lygia escreveu como uma criança! Com as dúvidas, as carências e a solidão de quem encontrava-se na mesma situação que Virginia.
Lindo ??
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cayeezus 22/01/2024

Ciranda de pedra assim como todos os outros livros da autora, expressam a maldade e também a inocência que só a natureza humana consegue ter, as histórias, mais do que um enredo, ganham alma nas mãos talentosas de Lygia.
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vitoriareadings 22/01/2024

Dei uma nota baixa porque acredito que não era o meu momento da leitura! Livro falando muito sobre o quanto a nossa base é o que nos move no mundo! Virgínia não superava o término do casamento da mãe w isso influênciava muito sobre a mesma! Além da tristeza da Laura nesses lugares ?
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Joyce.Kelly 22/01/2024

É preciso amar o inútil.
Ciranda de Pedra é uma obra profunda, não só pelo seu conteúdo, mas também pela dimensão das figuras de linguagem. Lygia sabe explorar metáforas. Aqui, ela não romantiza o processo de crescimento, o descreve com delicadeza sem esconder o lado obscuro que é enfrentado na transição de menina para mulher. Vírginia, aos poucos, reconhece que é melhor aceitar que não foi feita para a "Ciranda de Pedra", metáfora esta que se refere à dinâmica constante das relações da família polêmica e, ao mesmo tempo, à inflexibilidade dos parentes. É um livro lindo, que conversa com o leitor.
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Clara 21/01/2024

Mirrorball
No começo da obra percebemos uma menina que não pertence a nenhum espaço e tem sua pequena cabecinha afetada pela situação familiar entre os pais, o divórcio e a perda de vínculo com as irmãs.

Com o passar do tempo, fica muito visível o quanto não se sentir vista afetou a virgínia.

Penso nela como mais uma mirrorball exatamente porque ela tenta de tudo para ser vista por aqueles que pertencem à ciranda de pedra e, quando ela renasce e se desprende da necessidade gigantesca que ela tem de pertencer à um espaço que nunca deu abertura pra ela, a gente vê ela ter novas ambições, além do Conrado e além de afetar os que estão presos nessa ciranda.

É uma obra belíssima com uma leitura muito fluida em que a gente sente a angústia da virgínia de maneira quase íntima. Como se fosse eu passando por aquilo.
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Binna 19/01/2024

Ouça, Virgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher as rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas.
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manuela 18/01/2024

.
Tudo nesse livro, todas as referências, todas as simbologias, todas as paisagens e personagens, absolutamente tudo nesse livro é tão bem pensado, tão bonito, tão unico. queria ter lido o livro de uma vez mas acabei começando no meio de uma ressaca literária, MAS valeu tanto a pena terminar. agora, virgínia, por favor, me abrace.
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Tamires.Tanaka 18/01/2024

Muito bom
Primeiro livro que li da autora. Gostei bastante da forma como ela escreve e da história! A leitura fluiu desde o início. Recomendo.
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Roberta.Jamilly 17/01/2024

Um belo livro, no entanto, sinto que não tenho a maturidade ou a bagagem necessária para compreende-lo em todas as suas nuances, pretendo lê-lo novamente no futuro. Mas uma obra com cptoda certamente, bonita e singular.
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