Dor fantasma

Dor fantasma Rafael Gallo




Resenhas - Dor Fantasma


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Ju Harue 07/05/2024

Com certeza a escrita é excelente, porque para capturar atenção e nos fazer ler até o fim a história de um personagem odiável, somente sendo um grande escritor. A escolha do final, mexeu comigo e ainda estou refletindo, mas o percurso até lá foi incrível.
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Yago 03/05/2024

Bom pra 🤬 #$%!& de ponta a ponta e virou um dos meus livros favoritos. Ainda bem que o Rafael não descartou como ele pensou em fazer várias vezes.
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Leticiaos 28/04/2024

Amei odiar
Adorei esse livro. A forma como é escrito, o narrador em terceira pessoa que, por vezes, parece primeira pessoa foi um toque muito interessante.

A criação e desenvolvimento do protagonista foram, na minha opinião, consistentes e surpreendentes ao mesmo tempo.

No final fica o questionamento "será que é possível ser assim, tão ruim?"

Infelizmente, eu acho que é...
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Adriano.Nogueira 28/04/2024

A busca pela excelência
Li este livro por indicação em um sebo. Me falaram que era ótimo, porém, o protagonista era insuportável. Tive uma excelente experiência literária, a obra é, de fato, muito bem escrita, embora trate de situações muito delicadas a partir da narrativa da estória de Rômulo Castelo. O resultado é um texto capaz de fazer refletir sobre o custo da busca pela excelência em seu próprio fim.
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Luciana761 28/04/2024

Surpreendente
Normalmente eu me apego bastante aos personagens, então foi uma surpresa gostar de um livro onde o protagonista é detestável.
O livro é muito bem construído, tendo como ponto de vista central Romulo, um pianista obcecado e um ser humano detestável.
A escrita me prendeu muito, até o final, mesmo perpassando por emoções desconfortáveis, fiquei literalmente de boca aberta em vários momentos com as ações de Romulo; alguns pontos ficaram em aberto mas entendo que não era o objetivo do autor responder todas as questões e sim focar no protagonista.
Recomendo a leitura.
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/04/2024

Dor fantasma
um pianista virtuoso alimenta a obsessão de executar a peça intocável de franz liszt. ele vive para a prática instrumental rigorosa, o que o faz negar qualquer relação que não seja a de aprimoramento constante da técnica. com isso, pouco se relaciona com os alunos e colegas da universidade onde leciona, com sua esposa e seu filho. até que um acidente ocorre e um destino trágico se impõe.

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786558301721
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Carla.Parreira 16/04/2024

O livro narra a história de um pianista consumido pelo desejo de executar a obra inacessível de Franz Liszt, "Impossível de Tocar". Para alcançar esse objetivo, ele se dedica a um treinamento instrumental exigente. Contudo, ele desconsidera as pessoas ao seu redor, sentindo-se superior a elas. Melhores trechos: "...A medida de um homem é – em grande parte, se não por completo – a forma como lida com suas responsabilidades... 'Eu preciso fazer xixi', resmungou, na tentativa de retroceder. Foi domado pelo tranco dos braços do pai. O rosto dele se pôs rente ao do garoto: 'Filho, você já está se tornando um homem', diante da fala, as pupilas infantis se abriram. 'Então, precisa aprender a não se deixar levar pelas vontades. Um homem precisa ter domínio sobre si mesmo, estar no controle. Entendeu?' Ele balançou a cabeça para sinalizar o sim, enquanto a bexiga dava mostras do contrário... A mesma lógica de milagre parecia atuar ali: ao simples toque, música se propagava pelo ar. Ainda que fosse somente uma nota repetida – dó, dó, dó –, aquele se tornou o mais impressionante entre os assombros frequentes da infância. O menino sorriu, eufórico, porém logo foi repreendido: 'Não perca o andamento!' A severidade atenciosa do pai... 'Não peça desculpas. Só faça o que tem de ser feito.' O menino sentiu vontade de chorar, mas reteve as lágrimas, da mesma forma que se instruíra a segurar a urina. O aprendizado da secura. No rosto do pai, uma espécie de sorriso triunfante... Os senhores se lembram, por acaso, de alguém na nossa época dizer que tinha transtorno de ansiedade, déficit de atenção, ou algo do tipo? Não, nós fazíamos o que tinha de ser feito... Os sintomas dessa ferida reincidem de quando em quando, infectam seu juízo com distorções e negações. Como se o pensamento criasse anticorpos para combater a realidade inaceitável. Tem de controlar essa doença autoimune do intelecto, antes que ela o tire do prumo... Há um caminho, basta o esforço na direção certa. Eis uma das leis que sempre regeu a vida... Quanto mais anseia pelo adormecimento, mais se aparta dele... Ele espera algo para além do silêncio seguinte. Então, diz que lamenta. Seria essa a resposta esperada? 'Eu quebrei. Quando soube, eu quebrei. Foi como se, de repente, eu fosse uma engrenagem muito frágil, emperrada entre essas duas forças gigantescas: o amor e a aversão. O que eu ia fazer, continuar naquela adoração pelo meu pai, que fez a coisa mais odiável quando era vivo? Ou odiá-lo, quando ainda tinha tanto afeto por ele? O amor não some assim, de uma hora pra outra. Ou porque a gente escolhe. E eu não posso nem confrontá-lo mais, olhá-lo nos olhos. Tentar descobrir o que se passou na cabeça dele. Se é que isso faz alguma diferença, tem alguma lógica'... O pai tinha horror a quem gastava mais do que possuía... Que diferença faz às teclas do piano se as mãos que as tocam são masculinas ou femininas, brancas ou negras, saudáveis ou deficientes? O que importa à música é a música... E significância é a forma de deus, para a qual as religiões têm nomes diferentes. A vida, feita de nada. Rômulo Castelo, um dos maiores intérpretes de Liszt, prestes a ser: nada. Quase ninguém aqui, para vê-lo. Nenhum deus, nenhum pai, nenhuma luz que o direcione. Onde o amparo, então? Onde a morada fora do Éden?... Tudo é imperfeito. Mas há a harmonia, ela se constitui de alguma maneira. Pelo simples fato de coexistirem as partes que fazem dessa composição o que ela é, alcança-se uma forma de completude... E não há como matar o que já não passa de fantasma..."
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Yara 01/04/2024

Que narrativa incrível, que autor, que personagens! Rafael Gallo sustenta a leitura de forma primorosa. Uma bela descoberta.
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henriqueeeex 27/03/2024

Amor, perfeição & coisas da vida
É um excelente livro, com uma leitura bastante gostosa, envolvente e emocionante.
A história é conduzida de uma forma incrível que nos faz emocionar em certos momentos da história.

Uma busca incansável pela perfeição mas, a vida é inconstante e volúvel que muda o tempo todo que faz com que essa perfeição as vezes nunca exista.

Recomendo bastante o livro.
LivroAleatorio 28/03/2024minha estante
Eu tenho esse! Pretendo ler em breve ?




Fabiano.Pinheiro 26/03/2024

Bem escrito, mas história segue rumos muito inverossímeis, o que nos distancia, irrita e frustra. Tinha potencial pra ser bem melhor ?
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Dilso 23/03/2024

Ótima história
A dedicação de um pianista especialista em F. Liszt que não aceita o fato de a vida nem sempre acontecer perfeita e no ritmo exato de seu metrônomo (interno), que ela às vezes desafina, sem controle ou preparação. E mais ou menos como disse Milan Kundera, tudo acontece sem preparação, sem ensaios, porque viver sempre é a estreia da peça já em andamento...
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Lucas 25/02/2024

Um estudo de personagem impressionante. Tudo desmorona e quebra desde o início, desde a infância. Tudo é ruína e lixo no abismo da mente desse cara (gênio?). Li um filme.
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Tulio.Gama 21/02/2024

Tudo é imperfeito
Queria dizer tanto sobre esta obra, mas não encontro as palavras certas. Queria ter a busca paranóica do protagonista Rômulo para escrever a resenha perfeita para um livro tão precioso. Não vou nem tentar, o nível é tão avançado que me reservo a escrever com admiração simples, leiga.
O impacto desse livro em mim foi grande. A forma que o personagem central se desenvolve causa, ao mesmo tempo, repulsa e curiosidade. A obsessão retratada é mais sofisticada que se espera e chega a uma brutalidade que não se vê com frequência. Rafael Gallo escreve como um escultor que apara a textura com o máximo de capricho. Há capítulos inteiros que são exemplos de primor literário.
Além da história tecida com qualidade criativa deslumbrante, com enlaces catárticos e geniais, o tema abordado deixa reflexões poderosas sobre os limites do perfeccionismo, da obsessão.
Rômulo facilmente entra como um dos personagens mais memoráveis da literatura brasileira.
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