Rauecker 22/09/2023
As foices
Eu não sou o maior entusiasta de livros de contos, até porque me sinto incomodando quando tem um conto muito bom seguido de um não tão bom assim, e isso tende acontecer sempre, é inevitável, e acontece aqui neste livro.
A minha admiração pelo universo Scythe, o favoritismo pela escrita de Neal e a grandiosa filosofia presente nesse mundo pós-morte, me fizeram deixar essa aversão por contos e correr para ler logo a obra.
Destaque para a honorável ceifadora Marie Curie, são dois contos são simplesmente fenomenais e já abrimos o livro com um conto dela, rápido, simples e mortal. Da forma que ela era em ofício.
Tivemos Goddard, o que deu uma profundidade imensa na história e nos fez compreender um pouco do porquê ele se movimentou daquele jeito, sua trajetória para ser ceifador e o que levou a ser aquele genocida maluco.
Alguns outros contos sobre ceifadores aleatórios e desconhecidos, que permitiu conhecer melhor o universo e a ceifa como um todo.
Temos páginas de diários de ceifadores, ceifadores péssimos como seres, ceifadores excepcionais e os diálogos das queridas IAs Nimbo e Cirro que sempre nos afogam em pensamentos.
No mais, foi ótimo matar a saudade desse mundo, só gostaria de saber mais de nossos queridos protagonistas, mas acredito que deixar pontos abertos é importante, as vezes temos que permanecer intrigados.
Citação preferida:
?Consciência. Uma coisa curiosa e intangível. Em um momento, nada e, no seguinte, tudo. O Big Bang em escala pessoal.l