Carolina165 23/05/2024
Cadê o tteokbokki?
Livros biográficos, autobiográficos e de não-ficção em geral não são a minha praia e com esse não foi diferente.
Uma pequena observação: o título não tem nada a ver. Primeiro que a autora nunca quis morrer, a depressão dela não chega a esse ponto; e segundo que o tteokbokki passou longe do livro.
No final o psiquiatra conta que ficou intimidado com a gravação das sessões, o que interferiu no seu desempenho, e que ele até ficou envergonhado ao ler esse livro. Isso talvez explique o porquê de eu ter achado os diálogos rasos e repetitivos; parecia que eles estavam andando em círculos. O teor das conversas era sempre o mesmo e o livro termina sem a gente saber se houve evolução da paciente.
Pode ser que eu esteja fazendo o que a autora diz, usando um modificador ao esperar que o psiquiatra desse respostas iluminadoras, que fizessem eu pensar "Eureka, é isso aí!". Mas brincadeiras à parte eu realmente esperava mais.
Os textos finais foram um pouco mais interessantes.
CITAÇÕES:
"Com frequência procuro livros que são como remédio, que se encaixam na minha situação e nos meus pensamentos, e os leio de novo e de novo, sublinhando tudo, até as páginas ficarem em frangalhos, e ainda assim o livro terá algo a me dar. Livros nunca se cansam de mim. [...] Essa é uma das coisas mais legais a respeito dos livros."
"Com frequência, julgamos o todo com base em um momento singular. Uma pessoa pode ser bem livresca e intelectual, mas, se ela, por acaso, estiver zapeando pelo feed do Instagram na minha frente, provavelmente a julgarei como superficial. [...] É tudo uma questão de estar no lugar certo na hora certa fazendo a coisa certa."