Caminhando com os mortos

Caminhando com os mortos Micheliny Verunschk




Resenhas - Caminhando com os mortos


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Nath vih 02/06/2024

Conhecendo outra realidade do fanatismo religioso
Este é o tipo de livro que te tira da sua realidade a cada página. Impactante do início ao fim, "Caminhando com os Mortos" nos mostra como a religião e a obsessão se manifestam em cidades do interior.

Evidencia como religiosos se aproveitam da inocência e fé de pessoas simples, muitas vezes causando memórias irreversíveis na vida dessas pessoas.

A autora faz com que você se sinta mal por julgar um personagem que cometeu uma atrocidade, que em diferentes cenários você condenaria, mostrando como, no fim, eles também foram vítimas.

Confesso que as constantes trocas de perspectivas e a falta de citação de nomes e locais tornam a leitura confusa em diversos momentos. No entanto, a história é tão envolvente que logo as ideias se encaixam novamente.
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Bárbara 28/05/2024

Um assunto pertinente, regionalismos bem construídos. Mas uma escrita bordada que dá voltas e vários personagens inseridos de forma confusa. Não gostei muito.
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Diego.Felizola 24/05/2024

Persista na leitura
Com um início um pouco confuso, cheguei a pensar se esse realmente seria um bom livro. Pela primeira vez, tive que ler a capa de fundo do livro para entender melhor sobre o que seria a história.

A confusão do início se faz entender por completo ao final do livro, mas já dá para pensar na situação daquela mulher que acaba de perder a filha: confusão mental.

O livro acompanha diferentes personagens para contar do crime que ceifou a vida de Letinha, assim como tantas outras.

Caminhando com os mortos segue a linha atual dos escritores brasileiros darem voz àqueles que foram silenciados: negros, indígenas, mulheres. Há uma ressignificação do avanço das igrejas em regiões de pobreza e miséria, uma segunda onda de catequização forçada pelos invasores.

Há beleza na dor e nas palavras da autora que nos leva para um universo tão real e ainda vivo na nossa história. É difícil não pensar em como isso se manifesta nos dias de hoje e ainda afeta tantas pessoas.
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Catharine.Ledur 22/05/2024

Caminhando com os mortos
Eu não sei como Micheliny conseguiu colocar tanto conteúdo, reflexões, personagens e temáticas deixando tudo harmônico em apenas 144 páginas. Ao meu ver ela poderia ter se aprofundado mais em algumas partes mas se com essa quantidade de páginas já fiquei perplexa e reflexiva, com mais algumas páginas terminaria o livro completamente atônita.
Sendo assim, MUITO BOM!!!! RECOMENDO ??
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alex 22/05/2024

Caminhando com os mortos, de Micheliny Verunschk (2023)
Puto livrão.

As primeiras páginas promovem aquela sensação sublime que só a melhor literatura permite. Lindas, pavorosas, densas e levemente contadas.

"Se Deus é grande, o mato é maior".
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Claudio 21/05/2024

O rugido do silêncio
Depois do fortíssimo ?O Som do Rugido da Onça?, Micheliny Verunschk nos oferece esse incrível livro, abordando os impactos do fanatismo religioso de forma contundente em uma pequena cidade no nordeste do Brasil.
Misturando a dureza da história com sua linguagem poética, trazendo diferentes óticas e múltiplos narradores, a trama se desenrola com o leitor sabendo cada vez mais e querendo chegar ao fim disso.
Abordando a religiosidade, a intolerância, doença mental, luto e culpa, esse curto livro é uma joia de profundidade.
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debora-leao 14/05/2024

Promete mais do que entrega.
É meu primeiro contato com a autora, e decidi começar pelo mais recente. A sinopse me agradou mais, porém, a parte que mais esperava foi pouco abordada: a intolerância religiosa. Não esperava algum tipo de enfrentamento direto na trama, acho isso pouco elegante, mas a autora parece desejar escrever dando apenas dicas ao leitor. Ela deixa as coisas subentendidas (ou eu sou mais burra do que pensava). Assim foi com a intolerância religiosa: à parte o fato de que na primeira cena menciona-se (ou melhor, novamente, dá-se a entender) que estão em um terreiro a lamentar a perda da menina, não se fala mais do candomblé.

Micheliny opta por nos falar dos cristãos. Especialmente, dos pobres, aferroados a isso como forma de vida, explicação do mundo. Ela pincela as conexões entre isso e a política, entre os interesses de vertentes diferentes da mesma religião, entre isso e a sociedade civil. Isso é muito interessante, mas insisto que os temas não são aprofundados, o que acaba frustrando o leitor. A autora inicia muitas conversas, mas a abandona cedo demais.

Sinto que a expectativa (e nem era minha minha, mas sim da sinopse e do mercado, visto que é uma autora premiada) foi alta demais e que a promessa era grande demais para ser cumprida. Micheliny produz um romance apressado com boas intenções mas execução frustrante. Ainda assim, pretendo ler o seu premiado "O som do rugido da onça". Quem sabe seja melhor trabalhado.
Vania.Cristina 14/05/2024minha estante
Debora, não faz muito tempo li O Som do Rugido da Onça. Gostei mas com ressalvas. Ela tem uma escrita linda, faz uma pesquisa profunda, traz uma história incrível e uma perspectiva importante. Mas... acho que faz algumas opções que deixam a narrativa truncada: a história não linear e a mistura da fiçção com livro reportagem. Não sei se no livro mais novo também é assim, mas a gente quer se apaixonar, às vezes até se apaixona, mas até o ritmo dessa paixão fica truncado...rs. Pra mim é proposital, não é deficiência, mas tira o envolvimento. Vou tentar elaborar uma resenha depois.


debora-leao 14/05/2024minha estante
Vania, essa mistura de ficção e reportagem rola nesse aqui tbm! Eu pessoalmente não gostei muito tbm, mas ainda me incomoda menos que a superficialidade do tema. Foi poético em alguns momentos mas meio raso, desperdiçou um pouco a potência da narrativa.


César Ribeiro 29/05/2024minha estante
Oi, Débora, tudo bom? Sobre o terreiro, ele, na narrativa, não se refere ao espaço onde é realizado o culto do candonble e sim ao espaço que se refere a terra mesmo, um terreno largo e plano muito presente em terrenos de cidadezinhas do interior onde tem a residência e todo o terreiro em volta.


debora-leao 30/05/2024minha estante
Ah, Cesar, que legal. Eu não sabia. Na minha cabeça era terreiro de candomblé mesmo, já que o livro é sobre intolerância religiosa. Eu sou candomblecista tbm, então acho que foi minha lente kkkk
Mas o que vc falou faz sentido. A intolerância religiosa é por outras razões então. Pelas escolhas da protagonista, por ter tido uma filha, pela sua postura enfrentiva com os pais... Interessante. Fiquei com pena da mãe intolerante, no fim. Mas acho que essa sua observação/correção não muda minha opinião não. Mesmo com um assunto subdesenvolvido "a menos", ainda achei a narrativa apressada... E vc, o que pensa?




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Iris de Castro 30/04/2024

Preciso ler esse livro em outro momento, acho que não consegui aproveitar como deveria. Daqui uns anos, quem sabe eu volto aqui e mudo essa avaliação.
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Toni 18/04/2024

Leituras de 2023 | Cortesia da autora

Caminhando com os mortos [2023]
Micheliny Verunschk (PE, 1972)
Companhia das Letras, 2013, 144 p.

O tempo dos vencedores é inexorável, fundamentado numa noção ilusória de progresso, e se orienta para o futuro com o olhar fixo na manutenção dos privilégios e interesses de grupos hegemônicos do presente. No contexto da ficção de Micheliny Verunschk, a quebra desse paradigma se dá através de uma poética das ausências e das emergências, de resgate do tempo dos vencidos (em seu fluxo cíclico, pluritemporal e questionador dos registros) que engole derrotas, regurgita traumas e se reinventa através da fabulação. Em sua prosa, o tempo é raramente tratado de forma linear, tanto no sentido do embaralhamento dos presentes diegéticos quanto no da coexistência de temporalidades que se reconhecem e se retroalimentam. Assim, o traçado distintivo entre passado e presente não é absoluto e o tempo, via de regra, manifesta uma dimensão de performatividade que desestabiliza a distância entre memória e vivência, experiência e relato, verdade e elaboração.

Em “Caminhando com os mortos”, Verunschk segue seu projeto de explorar as inúmeras violências que compõem o quadro social brasileiro. Neste romance, a história de um feminicídio provocado pelo fanatismo religioso se desdobra em depoimentos, memórias e relatórios policiais que traçam o risco (aqui em seu duplo sentido) “trajetório” do crescimento do neopentecostalismo e da intolerância contra tudo aquilo que é dissidente, questionador ou não normativo. A canalização desse ódio na figura da mulher possuída — a bruxa, presente tb na “Trilogia infernal” onde encontramos referência ao caso real de Fabiana Maria de Jesus, morta aos 33 anos em Guarujá após ser confundida com uma sequestradora de crianças acusada de rituais macabros — adquire desta vez lugar central na narrativa. Conectando a história de Celeste (a vítima que abre o romance) àquela da perita que encerra a narrativa misturando-se à paisagem (como a jurema da capa), “Caminhando com os mortos” desenterra as raízes de um ódio milenar, ao mesmo tempo que nos lembra, em resposta, que “Se Deus é grande, o mato é maior.”
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Day Malze 17/04/2024

Li para o clube do livro
Mais um que me chegou pelo clube do livro, sinceramente, achei um pouco confuso, parece que os temas se sobrepõem à história e isso pra mim não é legal, quis lacrar em muitos assuntos e se perdeu no meio do caminho. Não recomendo.
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Juh 17/04/2024

"Quando nos deparamos com o abismo damos um passo atrás ou damos um passo adiante."

Um livro que narra a linhagem de medo, sofrimento, dor e insegurança encarada por diferentes mulheres e pessoas marginalizadas.
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@estantedamarcia 16/04/2024

O livro começa falando sobre uma morte. Atearam fogo em uma moça de uma cidade pequena do interior e, durante a passagem do livro que alterna entre o presente e fragmentos do passado, nós vamos vendo como funciona a investigação para saber o que aconteceu lá e os acontecimentos do passado que levaram até aquele ponto onde chegou.
E nessas passagens vamos entendendo as questões que acontecem por dentro das religiões, os fanatismo, os interesses políticos, além dos preconceitos sociais.
Uma história forte sobre luto, a perda de pessoas que amamos, a capacidade que os seres humanos tem de fazer mal a outras pessoas, mesmo sem se dar a menor conta de que estão fazendo isso e, o mais importante, o quanto a vida de mulheres seguem sendo afetadas em todo lugar por conta de fanatismo religioso e de uma boa dose de lavagem cerebral.
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