leyannebooks 12/07/2023
Corre, ratinha
Okay, vamos lá. A continuação de Assombrando Adeline é, inegavelmente forte, recheada de cenas pesadíssimas (do tipo pesadíssimas mesmo, não ignore os gatilhos) e até mesmo de algumas que você lê e pensa: mais que porr@ tá acontecendo aqui, alôôô, terra chamando juízo?
Acompanhar a trajetória da Addie é algo deliciosamente intrigante pela forma como a autora decide moldá-la a partir de todos os acontecimentos que se seguem a partir do seu rapto, ver sua chama se apegando para depois reacender de uma maneira completamente diferente é uma obra-prima. A construção de alguns personagens foi bem feita, mas no final: apenas alguns, a maioria passou batido ou teve um fechamento extremamente corrido.
Falando em correria, já aviso de antemão que é o que mais acontecesse a partir de certo ponto da narrativa, ao olhar a quantidade de páginas criamos uma pequena ilusão de que "Meu Deus, quanta coisa vai acontecer" e até certo momento realmente acontece, mas acontece que depois de uns 20% da leitura temos um monte de coisas até certo ponto importantes puladas para nunca mais serem citadas (como o destino de Max, por mais que saibamos a conclusão, a narrativa dos acontecimento não foi finalizada como a maioria de nós gostaríamos), ou grandes janelas temporárias em que seria interessante trabalhar para maior conexão do leitor (por mais doloroso que fosse), mas na verdade foram só pulados, onde líamos um capítulo em alguma data e o próximo já nos apresentaria a narrativa meses depois. Isso tudo para quê? Para podermos ter a maior quantidade possível de hot’s seguidos no reencontro de Zade e Adeline, se tornou até cansativo.
Vamos deixar baixo as situações irreais de extrema ação onde se explode o crlh do lugar, mas nada acontece, nada é divulgado. Simplesmente rapte um cara num lugar cheio de gente e mate a segurança e nada acontecerá. Não me importo com essas coisas, mas aconteceram com tanta frequência que me fizeram parar para pensar. Conclusão? Zade realmente é um Deus.
As cenas de ação, por mais que sempre tivessem uma resolução fácil e não me deixassem receosa de verdade, conseguem gerar um êxtase por nos entregar o doce sabor da vingança.
Se estiver lendo para matar a curiosidade do primeiro livro, siga em frente, vai valer a pena, mas não espere que ele seja melhor em construção do que o primeiro, porque não vai superar o maioral.
Aliás, a Sibby é, com toda a certeza desse mundo ferrado, a melhor personagem de todas.