leiturasdabiaprado 08/01/2024
Eu comprei o livro no pré-lançamento e aproveitei o incentivo do Passaporte Literário para lê-lo agora em janeiro!
Peguei o livro hoje e li praticamente numa sentada, comecei na hora do almoço e quando cheguei em casa do trabalho já fui logo querendo continuar a leitura!
Eu não sabia o que esperar do livro, comprei pela curiosidade, mas foi uma bela surpresa, foi lindo ver o processo de descobrimento e principalmente de aceitação da sua sexualidade!
O Pedro se desnuda no livro, mostra o autopreconceito, a dor da aceitação e a liberdade da revelação!
Mas, o livro é muito mais do que isso, ele aborda não só superficialmente, ele coloca o dedo na ferida e fala das mazelas que o processo lhe causou, ansiedades, crises de pânico, remédios e quase 27 anos para sair do armário!
Também gostei muito dele abordar a sua relação de advogado e influencer literário, o medo do impacto na sua profissão, a dificuldade de assumir esse hobby para os conhecidos e também de deixar de encará-lo como um simples hobby para encará-lo como uma segunda profissão!
Eu sou do meio jurídico e enquanto Delegada de Polícia não tive esse medo tão claro, mas acho que o mesmo também permeia o meu ser em alguma dose, pois desde o início fiz questão de manter o meu Instagram Literário separado do meu Instagram profissional/pessoal... como se o fato de me permitir ler de tudo fosse incompatível com a seriedade da profissão (o que eu sei é uma grande bobagem)!
Mas, voltando ao Bookster, também gostei muito quando ele tratou da pandemia no livro e da maneira que esse acontecimento mundial se interligou com o seu momento pessoal de aceitação, passando depois pelas dúvidas se deveria ou não expor sua sexualidade publicamente!
E o que eu mais gostei de toda a narrativa é que ele entremeia com citações de livros, dicas e histórias de personagens, mostrando como a literatura é uma fonte rica de conhecimento, de busca e também de entretenimento!
O que fica ao final da leitura, pra mim, é a importância da autoaceitação, do amor próprio e de não ter medo de ser quem se é, de se permitir ter voz e deixar que ela ecoe!
Pedro, obrigada por compartilhar sua história e incentivar que muitos outros e outras se permitam ser quem se é!