Resenhas - As montanhas cantam

Paula 12/11/2023

Merece muita divulgação
Estou sem palavras! Esse livro já tinha me pegado pela capa e agora pela belíssima história!
Uma história de superação, amor, perdão, esperança, compaixão e resiliência.

Além de ser histórica de muito aprendizado, nos mostra um lado da guerra que não é contada.
Com certeza é o meu favorito do anooooo

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Lisa 28/11/2023

A sinceridade da voz de uma nação silenciada
No volume II, Tomo III, 2°parte de Guerra e Paz, Tolstoi diz que "A guerra não é uma amabilidade, e sim a coisa mais cruel da vida, e é preciso entender isso e não brincar de guerra. É preciso levar a sério e com rigor essa terrível necessidade... senão a guerra acaba sendo esse entretenimento predileto de pessoas ociosas e levianas... O objetivo da guerra é o assassinato, os instrumentos da guerra são a espionagem, a traição e o seu encorajamento, o extermínio dos habitantes, a pilhagem dos seus bens ou roubo para o abastecimento do exército, a fraude e a mentira, chamadas de astúcias militares;" Tolstoi se refere as guerras de 1812, as invasões napoleônicas a Rússia, entretanto é assim que nos sentimos ao ler este livro.

Em 1858, as tropas de Napoleão realizam a primeira invasão, em 1887 a França impõe sua colonização e cria o que se convencionou a ser chamado de Indochina francesa (atual território do Laos, Camboja e Vietnã), assim permanecendo por todo o período da Primeira e Segunda Guerra Mundial, vindo a dividir esse domínio com o Império Japonês em 1940.

?As montanhas cantam? está longe de ser o meu primeiro contato com a história do Vietnã, mas foi sim, o primeiro em que essa história me foi contada pela voz de quem viveu e padeceu dos horrores da Guerra. Iniciando em meados de 1920, com o nascimento da avó da protagonista, a história de seu país e de suas inúmeras ocupações é narrada, com todos os horrores de guerra que foram tão esmerosamente varridos para baixo dos panos pelas grandes nações. Afinal, a história é com frequência reescrita por aqueles que detém o poder.

Embora sistematicamente dominado, o Vietnã nunca deixou de lutar. Em 1941 nasce o Viet Minh, liga pela sua independência. Os vietnamitas sobreviveram a Grande Fome em 1944, episódio em que mais de 2 milhões de pessoas inocentes foram mortas através das maiores atrocidades de guerra já cometidas na história, pelas mãos dos japoneses, que hoje se recusam a reconhecer e responder por seus crimes, que hoje reescrevem sua história como apenas vítimas do bombardeio estadunidense. Nguyen deixa escorrer de cada linha o sofrimento e terror dessas vidas perdidas. Em 1945, Ho Chi Minh declara o fim da Indochina, em 1954 a conferência de Genebra repetindo a solução salomônica coreana, reparte o Vietnã em Norte e Sul e dá-se inicio a uma nova era de terror. Em 1973, o EUA após vasta atividade bélica se retira finalmente, em 1975 termina oficialmente a longa Guerra do Vietnã, deixando para trás um país quebrado.

Desse modo, enquanto país independente e unificado o Vietnã tem somente 45 anos. Séculos de exploração e colonizações por, citando o Tolstoi no começo, entretenimento de pessoas levianas e ociosas. Ho Chi Minh foi um ditador comunista, responsável pela Reforma Agrária e a perseguição e morte de milhares de vietnamitas inocentes, entretanto, foi também, o homem que até o fim se prostou de pé, fiel ao seu sonho de tornar seu país livre e independente de toda dominação, a muito custo e sem viver para ver esse dia, o conseguiu. Há muita coragem e força na história desse país, é provavelmente a história que mais admiro e a que mais me dói.

Nguyen Phan Quê Mai fez justiça a história de seu povo em uma narrativa dolorida e pura, do local de quem ja viu ?mortes e violência o suficiente para saber que só há uma maneira de falar sobre guerras: com sinceridade. Somente assim podemos aprender sobre a verdade.? E conseguiu, infelizmente a história se repete, as mesmas figuras do tabuleiro permanecem hoje em recusa a aprender.

ericadavila 27/09/2023

Eu amei o livro. A escrita da autora é sensível, poética, a gente consegue sentir o aroma, o gosto das coisas só pela descrição dela. Me emocionei com a história da família da Dieu Lan e da Goiaba. Dieu Lan é uma mulher forte, que lutou pela sua família até o fim, que comeu o pão que o diabo amassou, mas sempre com esperança no futuro e nas pessoas, mesmo em meio ao terror das várias guerras e conflitos que assolaram o Vietnã. Vale a muito a pena a leitura.

Joyce Helena 13/10/2023

Livro anticomunista, de uma autora pequeno-burguesa compradora, que destila mais ódio contra os comunistas do que contra os americanos, responsáveis por uma das maiores violências que a humanidade já assistiu.

Milena 19/03/2024

Perfeito?
Esse livro é simplesmente perfeito, a narrativa demonstra claramente o quão uma guerra é prejudicial para todos independente do lado que está ou se são civis ou não. O livro me permitiu aprender mais sobre o Vietnã, e me encheu de lágrimas em alguns momentos. Simplesmente uma leitura necessária. Gostaria de compartilhar a frase do livro que mais mexeu comigo: ?De alguma forma, tinha certeza de que, se as pessoas estivessem dispostas a ler umas às outras e ver a luz de outras culturas, não haveria guerra.? - Nguyen Phan
Queria agradecer a escritora por compartilhar sua história e também engrandecer a mulher que ela é e a força de toda a sua família.

Lucas990 05/09/2023

Um dos melhores livros que eu já recebi da Tag.
Fui engolido por essa história do começo ao fim. Os personagens, as histórias, o enredo, o contexto histórico, o plot (que me pegou MUITO de surpresa), enfim, tudo nesse livro livro grita 5 estrelas, impossível dar menos que isso. Sem contar a sensibilidade da escrita da autora que é um show a parte.
Triste que devorei esse livro tão rápido. Se tornou um daqueles que eu queria esquecer de tudo para poder ler pela primeira vez.

Mari 04/10/2023

Maravilhoso!!
Que história envolvente, sofrida e importante esta do Vietnã. Este livro devia ser obrigatório no enem. Aborda toda a história de um povo que sofreu com muitos fatos históricos durante a narrativa. Foi um livro de muita aprendizagem. Quando a gente pensava que a história teria um fôlego, a gente levava um soco no meio do estômago. O livro de tornou o melhor do ano.

Ana Livia 23/09/2023

As Montanhas Cantam
Eu adorei o livro, apesar da temática de guerra e violência.
É interessante ver a guerra por outra perspectiva, pela família de pessoas inocentes.
A família Trân tem uma vida cheia de obstáculos, sofrida. Vovó Diêu Lan é um ícone, passou por muitas coisas e não desistiu, é o centro da família e da narrativa.
Com muita história para ser contada, este livro me prendeu do começo ao fim.

nina.micheletti 18/09/2023

Tragédia Familiar
Imagina tudo de ruim que pode acontecer, então isso acontece com a família de Huong e Dieu Lan. Huong a neta que era uma criança durante os bombardeios, a guerra do Vietnã e teve muitos parentes que lutaram na guerra. Dieu Lan, sua vó, que além de ter que dar seus filhos para o exército para lutar na guerra, ela sofreu muito durante a Reforma Agrária.

Apesar de uma considerável parte de propaganda, o livro se mantém a história do Vietnã entre 1935 e 2017.

esther.crisrocha 07/09/2023

Emocionante
As montanhas cantam foi um dos livros mais emocionantes que já li, e por isso ele acabou se tornando um dos meus livros favoritos da vida.
O livro traz a história da família Trần, com o pano de fundo a história do Vietnã. Vemos essa família passar por vários períodos difíceis, como a guerra do Vietnã, a grande fome. Mesmo assim ele se reguem e continuam lutando para poder sobreviver, apesar dos desastres que os cercam.
A autora soube muito bem trazer a cultura Vietnamita, ainda mais porque a autora nasceu lá. Então ela não só traz momentos difíceis que o país passou, mas também os momentos alegre, a cultura e sobre ter esperança em momentos difíceis. O que mais gostei foi que autora contou a história através de um criança/adolescente, sendo a Huong, que nos mostra a esperança de tudo acabará bem, às vezes com um visão bem inocente.
A tag acertou muito trazendo esse livro para o Brasil, foi um livro que aprendi mais sobre a cultura de um país que não tenho muito contato. Além de mostrar as várias facetas de uma guerra e o que ela pode fazer com uma família. Então quem tem oportunidade de ler esse livro leia, mas fique atento aos gatilhos, porque tem muitos.

KelenDZ 07/09/2023

Que livro...
A história é muito triste, comovente e dramática, cheia de injustiças, recomeços, mas também muita perseverança.
Gostei muito de saber um pouco sobre o Vietnã, cuja história sofrida de seu povo eu não tinha nenhum conhecimento.
Se eu tiver metade da garra que a vó de Huong teve, estou satisfeita.

Carlinha 16/05/2024

Interessante
É um romance histórico gostosinho que relata momentos ocorridos na guerra do Vietnã. É um retrato poético, mas fiel das mazelas que qualquer guerra traz. Gostei dos personagens, é uma história bem crível e poderia ter acontecido na vida real.

A narrativa é leve e sensível mas ao mesmo tempo crua e visceral. Os personagens são cativantes e o plot, pra mim, foi inesperado.

Recomendo!

Luana 12/09/2023

Durante todo o livro eu sempre ficava esperando mais tragédia, me sentindo nervosa em talvez a vovó morrer e a Goiaba ficar sozinha passando necessidades.

Com certeza o livro é bem perturbador, pois sabemos que essa é a verdade por trás das guerras, conflitos e etc.

E sabemos que tudo isso realmente aconteceu, mesmo sendo um livro, quantas famílias não passaram por essas mesmas tragédias ou até piores.

No começo achei que não ia gostar, pois não sou fã de leituras sobre guerras ou até mesmo densas e complicadas. Mas me surpreendi em ter gostado bastante dessa leitura, que sei muito bem, que se não assinasse a TAG nunca teria comprado ou até mesmo conhecido.

O final me deixou triste, pois eles não tiveram a resposta que o pai dela morreu oficialmente, mesmo a gente sabendo que sim ele morreu. Porém o resto ficou bem amarradinho e sem pontas soltas.

Marta 12/09/2023

“Se as pessoas estivessem dispostas a ler umas às outras e ver a luz de outras culturas, não haveria guerras.”
Atrevo-me a começar essa resenha escrevendo que esse foi com certeza um dos livros mais tristes que li na minha vida, em alguns momentos cheguei a pensar em abandonar a leitura, mas a vontade de ver as coisas mudarem para melhor me fez prosseguir. É muito difícil uma história que fala de guerras e fome ser uma leitura feliz e o pior saber que embora seja um livro de ficção aquilo tudo realmente aconteceu com um povo, povo esse inclusive que conheci em uma de minhas viagens de voluntariado, mas não é um livro somente sobre guerra é também sobre perdão, solidariedade, pertencimento e reconciliação. No livro acompanhamos as vivências de quatro gerações da família Trân, que foi muito próspera, em eventos históricos que marcaram o país asiático no último século. O livro é narrado majoritariamente por Hu’o’ng, apelidada de Goiaba por sua avó Diêu Lan. A matriarca é a figura central na história e tem parte em vários capítulos. Entre idas e vindas durante o século, as datas iniciais dos capítulos ajudam na localização e no contexto histórico. A riqueza dos detalhes vem das experiências da autora, que nasceu em 1973 no norte do Vietña, comandado pelo governo comunista. O estranho é que a maioria de nós efetivamente desconhece o que aconteceu no Vietña, só temos conhecimento da famosa guerra do Vietña mostrada pelos filmes americanos, mas o Vietña passou muitas coisas tais como: domínio colonial francês, ascensão do nacionalismo, invasão japonesa, grande fome, primeira guerra da Indochina, divisão do país e a guerra do Vietña, por tudo isso dá para imaginar o tanto de sofrimento de seu povo. Embora o livro seja bem triste, recomendo sua leitura firmemente principalmente para quem gosta de dramas históricos, literatura asiática e tramas familiares.

Jose 13/09/2023

Um livro sobre sofrimento e perdão
Esse é um livro que conta a história de sofrimentos e pequenas alegrias de uma família em meio ao caos das guerras no Vietnã. Com personagens incríveis, muito bem construídos, uma pesquisa incrível sobre o ocorrido na guerra, com muitas tristezas e quase nenhuma reviravolta.

Super recomendo esse livro, vale a pena cada palavra lida.