Karini.Couto 14/06/2024Por Ka e Patty (@alempaginas @paginas_queinspiram)
Pode o amor romper com as barreiras da rivalidade?
"A vulnerabilidade é uma força que a maioria de nós teme."
Iris Winnow é uma jovem de 18 anos que ama sua família, ela busca com afinco se tornar colunista no jornal Gazeta de Oath, para assim ficar por dentro de tudo que acontece na guerra e ter notícias de seu irmão que foi convocado para defender a divindades Dacre e Enva, o primeiro um deus cruel e manipulador, a outra a deusa bondosa que contemplava a beleza na música.
Roman Kitt jovem de 19 anos vindo de uma família promissora, é presunçoso, insensível e observador, sem contar o charme e elegância que ele exala com seu ar misterioso dentro da Gazeta. O problema é que Roman ou melhor Kitt, também está interessado na vaga de colunista e não irá facilitar para Íris em relação a essa vaga.
Temos dois jornalistas com talento de sobra que encanta todos com seus artigos e a busca incessante pela vaga os torna rivais, com uma troca incansável de críticas, farpas e diálogos sarcásticos temos um enredo instigante e que nos faz querer mais a cada virada de páginas.
Um enemies to lovers para ninguém por defeito. Em meio a uma guerra, um amor. Será que esses dois rivais vão conseguir ultrapassar a devastação causada pela guerra encontrando um caminho de amor?
Para lidar com uma perda irreparável e a ausência do irmão, Iris vai de encontro com uma guerra desencadeada pelos deuses, onde os homens lutam pela vitória e honra de seus deuses, colocando sua vida em risco. Porém o que fala mais alto é o amor fraternal e a esperança de encontar-lo vivo.
O que será que espera por Íris nos campos de concentração em meio às trincheiras da guerra?
"Acho que todos usamos armaduras. Acredito que quem não as usa é um tolo e arrisca a dor de se ferir nas pontas afiadas do mundo inúmeras vezes."
Iris busca aliviar suas preocupações por meio das cartas que escreve ao seu irmão, mesmo sabendo que essas podem não chegar ao destino. Devido a uma tradição que tinha com sua avó, ela coloca a carta dentro do guarda-roupa e a mesma desaparece como num passe de mágica. Magia?
De forma inexplicável uma pessoa misteriosa recebe as cartas que era para Forest e assim Iris começa a trocar cartas com um homem que em um primeiro momento a compreende, dá atenção sem julgamentos ou cobranças. Isso desperta a curiosidade e os sentimentos de Íris. Uma conexão inexplicável.
"É preciso coragem para tirar a armadura, para permitir que as pessoas boa vejam como somos... Talvez comece com uma pessoa. Alguém em quem você confia. Você tira um pedaço da armadura para ela e deixa a luz entrar, mesmo que isso faça você se encolher. Talvez seja assim que aprendamos a ser suaves, mas fortes, mesmo com medo e insegurança."
Divinos Rivais é o primeiro livro de uma duologia que vai conquistar seu coração com a maestria da construção desse universo fantástico e seus personagens críveise cativantes. Além de uma ambientação perfeita em um enredo que nos motiva a continuar virando às páginas. A obra explora bem os sentimentos dos personagens tornando tudo palpável e real, onde nas entrelinhas vemos o amor como uma força ou uma arma poderosa para romper conflitos e grilhões.
Aquela leitura envolvente com capítulos curtos, onde cada final atrai ainda mais a atenção do leitor. Agora precisamos enaltecer a perfeição que foram as primeiras edições do livro, o corte com detalhes e pintura são tão delicados que dá vontade de ficar por horas só admirando.
Uma leitura viciante.
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