Vitória 05/05/2023
Essa foi a terceira vez que tentei ler esse livro e agora, finalmente, eu consegui terminar. Na primeira vez, que foi logo após o lançamento, eu li apenas um capítulo e senti a leitura completamente travada, então achei melhor deixar pra outro momento. A segunda foi um pouco antes do lançamento de empate, e eu cheguei até os 6%, mas continuei sentindo a mesma coisa, a história simplesmente não fluía. Agora eu consegui concluir o livro, mas tenho que dizer que o sentimento permaneceu o mesmo: algo aqui me travou, algo aqui dificultou a minha trajetória com essa história. Não costumo começar as resenhas reclamando, mas essa vai ter que ser diferente, porque eu simplesmente não tenho nada além disso pra falar mal do livro, e sei que o que estou apontando aqui sequer tem a ver com algo que não foi bem desenvolvido pelas autoras, já que eu não consigo falar um erro que elas cometeram aqui, foi só algo que eu senti, e acho que a minha nota tem que corresponder à minha experiência de leitura.
Agora eu preciso aplaudir Nathami por terem feito um new adult que se passa numa universidade brasileira e retrata fielmente a realidade dos estudantes daqui. Muitas vezes eu me cansei de ver autoras nacionais ambientando os new adults delas no exterior sabe-se lá por qual motivo quando a gente tem tanto material pra ser aproveitado por aqui, e as manas conseguiram aproveitar isso demais em revanche. Eu estudo na federal da Paraíba, algo bem distante tanto física quanto estruturalmente da UFRJ, mas foi impossível não me identificar ao ver as meninas pegando o circular da universidade, almoçando no ru ou aproveitando alguma calourada. Obviamente existem diferenças, afinal nenhuma faculdade é igual à outra, mas só esse fato já ajudou demais no meu processo de identificação com a história e com os personagens.
Jade e Lucas são protagonistas incríveis, apesar de não terem entrado pro meu Hall de favoritos das autoras. No início do livro eu cheguei a ficar abismada com o quão parecida com a Jade eu sou. A mana chega na ufrj querendo mesmo farrar e pegar todo mundo, e ela tá certíssima. Acho que justamente por isso o que acontece com ela mais pro final da história bateu tão forte em mim. Nunca sofri esse tipo de abuso, não da forma como ela sofre aqui, mas foi impossível não me colocar no lugar dela. Aqui eu vou bater palma mais uma vez pras autoras por terem tratado esse assunto com tanta sensibilidade. Em certos momentos eu fiquei com medo do problema ser resolvido na esfera jurídica de uma forma quase que automática, quando eu, que estou me formando mês que vem no curso de direito, sei que essa não é a realidade, mas felizmente elas não foram por esse caminho. Não existe solução mágica e instantânea pro problema da Jade aqui, porque isso não acontece na vida real. Ela enfrenta um processo quase que de morte da antiga Jade e de nascimento de uma nova, porque ninguém volta a ser a mesma pessoa depois de algo assim. Eu já estou chorando só de lembrar de tudo isso mas, pra fechar, queria dizer que o fato de os ícones dos capítulos dela mudarem nesses momentos foi simplesmente genial. Só aclamação pra Nathami.
O Lucas é um gostoso, e acho que é impossível não gostar desse homem. O camarada tem uma pegada de milhões, e isso só faz com que as cenas hot entre ele e a Jade, que é uma grande safada, sejam incríveis. O hot com raiva me deixou abalada por minutos. Também gostei da abordagem que temos sobre ele quando o plot da Jade acontece. Como era de se esperar, ele não sabe bem como agir com ela, como protegê-la, ou sequer se ela se sente confortável ao seu lado depois de tudo. Sendo assim, é lindo vê-lo pedindo ajuda à Aurora ou ao Felipe nem que seja só pra ter notícias de como a Jade está, ou sendo um grande de um teimoso e indo encontrar ela de qualquer forma. E foi bem aqui que eu fiquei de quatro por ele de verdade. Agora vamos aos meus secundários favoritos da vida: Aurora e Felipe. Assim como aconteceu na editora werberg, onde eu me apaixonei por Léo e Oli, protagonistas do segundo livro, logo em invisível, se repetiu aqui. Eu gritava em qualquer cena mínima dos dois juntos, e queria bater na cara das autoras cada vez que um deles ia soltar algo sobre os dois e qualquer coisa os interrompia. Acho que empate tem potencial pra ser tudo o que revanche não foi pra mim.
Aliás, algo que eu esqueci de falar antes, mas tem que ser citado: eu amei o fato do título ser sobre a Jade, e tudo o que ele carrega por trás. Quando a Jade encontrou o site o choro veio instantâneo, e não parou até o final desse livro. Agora as considerações finais: Mosca, seu gostoso, amor da minha vida, se o terceiro livro não for sobre você, as autoras que se cuidem, porque até lá já vou estar com a minha carteirinha da OAB em mãos, e o processo vai vir com força nelas. Logo mais volto aqui pra falar dos meus amorzinhos Au e Lipe, porque não vou conseguir passar tanto tempo sem saber a história desses dois.