Auto da Compadecida

Auto da Compadecida Ariano Suassuna




Resenhas - Auto Da Compadecida


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João Vitor 03/06/2021

O MAIOR ATO DA LITERATURA NACIONAL
Foi meu primeiro contato com Ariano Suassuna e já me encontro sedento para ler tudo desse homem, porque Auto da Compadecida se tornou FAVORITO DA VIDA!!!

É um clássico tanto do teatro como da literatura nacional, tendo sido até adaptado pra minissérie e filme. O filme é um patrimônio nacional e acredito que todo mundo já tenha visto. Eu sempre gostei muito e achava que a experiência com o livro não ia me agregar tanto. Eu não poderia estar mais enganado!!!

Como muito já devem saber, vamos conhecer aqui a história de João Grilo e Chicó, dois amigos inseparáveis que vivem no meio do sertão nordestino. Enquanto o primeiro é conhecido principalmente pela esperteza e malandragem, vivendo pregando peças pela região, o segundo é ingênuo e adora inventar história com seu famoso bordão no final "não sei, só sei que foi assim". Quando a cadela da mulher do padeiro morre, João Grilo e Chicó criam uma enorme confusão primeiro com o padre, depois com o bispo, até todos os personagens entrarem no meio de tudo: O padeiro e sua mulher e Severino - o cangaceiro e seu guarda.

Por conta dessas peripécias todas, o cangaceiro acaba matando todos (exceto Chicó) e morrendo também. E o resto da história vai se desenvolver com o julgamento de todo mundo. Com a figura de Jesus Cristo, Nossa Senhora e o Diabo numa espécie de tribunal final.

Eu ri de ficar com a barriga doendo e com as bochechas doloridas porque esse livro é simplesmente HILÁRIO. Todos os personagens têm umas tiradas SENSACIONAIS, porém a grande estrela é, sem dúvida, João Grilo. Definitivamente se tornou o meu personagem preferido da vida.

É um livro que através de muito humor, passa mensagens sobre a mesquinharia das pessoas, da miséria dos homens, da questão racial e da disputa de poder. Recheado de regionalidade e religiosidade.

Recomendadíssimo pra TODO MUNDO porque, como eu disse, é SUPER engraçado, fluido, além de ser super curtinho. Inclusive, quem tiver oportunidade de pegar o audiobook, faça isso, porque a narração faz a história ficar mil vezes mais engraçada de tão boa que é!!!
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Mari 04/06/2021

um clássico
Pensei até em não fazer a resenha dessa obra, porque na minha cabeça todo mundo já é apaixonado e conhece a história, mas resolvi escrever um pouquinho. Auto da Compadecida, escrito por Ariano Suassuna, é um livro clássico da literatura nacional e roteiro de uma peça de teatro. As críticas claras que ele consegue fazer sobre a sociedade, com muita sagacidade e humor, são as coisas que mais prendem o leitor nessa história. Tudo isso com a dupla do João Grilo e Chicó, representando o homem batalhador do sertão que precisa se revirar em 4 pra ter o seu pão de cada dia.

Acho que é simplesmente impossível enjoar, ele é atemporal, pode ler e reler quantas vezes quiser, além de ter uma escrita fluída e inteligente.

"Não sei, só sei que foi assim".
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Bel 25/03/2022

Leitura obrigatória do grandíssimo Ariano
Ler Auto da Compadecida partiu de uma grande admiração pelo autor Ariano, e ler a obra só aumentou esse carinho que sinto.
Auto da Compadecida faz críticas sociais de um modo divertido, que me permitiu rir e chorar.
João Grilo e Chicó, que nada eram santos, mas vítimas de um sistema controlado por aqueles que detém o poder, agindo de modo que corresponde apenas aos seus próprios interesses.
Que obra!
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rafacastro 15/03/2021

Gostei
Bom eu não sou muito fã desse tipo de história mas eu adoro o formato que foi escrito em estilo teatral e como aborda assuntos muito importantes, como a fome no nordeste, de uma maneira bem leve e fácil de compreender, o jeito que coloca o cristianismo de uma maneira bem leve e sem passar pano para diversas coisas que a igreja faz é incrível.
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Juh_crismel 03/03/2022

Esse livro é maravilhoso!!
Com uma linguagem super fácil e engraçada, sem contar que ele é curtinho então dá p ler rapidinho!
Se você for ler, pode ter certeza de que vai rir, e muito!
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Emanuel.Müller 24/10/2022

Ótimo obra para começar na literatura brasileira
Se alguém, porventura, me pedisse uma recomendação de leitura para iniciar seus passos na literatura brasileira, ou até mesmo em peças teatrais, indicaria de coração esta obra que aqui resenho, o Auto da Compadecida de Ariano Suassuna. Não indicaria pelo fato desta obra ser conhecida pelo filme ou pela minissérie, mas sim, porque ela é uma peça, cuja leitura flui e é muito acessível.

Se o leitor aqui, de minha resenha, conhece ou não o livro, não tem problema! Aos que conhecem, notarão que a obra tem sim semelhanças, mas diferenças especiais que só a peça pode oferecer. E aos que não conhecem, é uma ótima obra para começar.
Pode ser que haja alguém que já viu o filme e profira as seguintes palavras: “para que lerei esta pessoa, cujo enredo já enredo já conheço? Não tem graça ler algo que conheço da cabeça aos pés”. O pensamento hodierno sobre “spoilers”, na minha opinião, só é válido quando a obra é nossa, mas não vale para os clássicos. Explico: quantos de vocês conhecem o fato da Paixão de Cristo? Creio que a grande maioria, e aposto que vocês já viram inúmeras versões cinematográficas da Paixão do Senhor. Para quê se já conhecem a história? Isto se dá pelo fato de que todos nós desejamos conhecer a versão trabalhada nos filmes. O modo como se reproduz o fato da Paixão difere muito de um filme para outro, embora o fato seja o mesmo. Mas aqui comentei sobre a representação de um fato concreto, e o que dizer de um clássico literário como o Auto da Compadecida?

É verdade que o cineasta correspondeu de forma muito parecida com a obra literária, mas também tem as suas diferenças. Vejamos que na obra de Ariano, há a existência do Frade e do Sacristão, mas não há a existência da filha do Major, tal como no filme. Não vejo como problema, porque o cineasta quis por a sua impressão digital sobre o filme, mas para quem ler a peça teatral de Ariano, notará nuances engraçadas e reflexivas que não estão presentes no filme.

Um exemplo: compartilho aqui duas das falas iniciais do Palhaço, que é a própria representação do autor:

“Auto da Compadecida! O julgamento de alguns canalhas, entre os quais um sacristão, um padre e um bispo para exercício de moralidade.
[...] Ao escrever esta peça, onde combate o mundanismo, praga de sua igreja, o autor quis ser representado por um palhaço, para indicar que sabe, mais do que ninguém, que sua alma é um velho catre, cheio de insensatez e de solércia. Ele não tinha o direito de tocar nesse tema, mas ousou fazê-lo, baseado no espírito popular de sua gente, porque acredita que esse povo sofre e tem direito a certas intimidades” (SUASSUNA, 2014, p. 17.18).

O combate que Ariano Suassuna faz nesta peça é a hipocrisia no geral. O farisaísmo de uns (lembremo-nos de uma das falas de Nossa Senhor, que é a Compadecida, ‘como todo o fariseu, o diabo é muito apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado’ (SUASSUNA, 2014, p. 146)) e a traição dos próprios princípios morais, éticos e religiosos por certos interesses.

Não se trata de uma peça anticlerical, como alguns acusam, e o próprio Ariano Suassuna se defende da seguinte forma:
“Eu critiquei os padres e bispos maus. Eu sou católico de verdade. E em RESPEITO aos padres e bispos bons, eu critico aqueles que são maus”” (SUASSUNA, Ariano. apud. FIEL CATÓLICO. Sobre as críticas aos desmandos do clero. Disponível em Acesso em 23 out. 2022).
Torna-se ainda mais nítido e claro tal questão, quando vemos que o frade (personagem que não está presente no filme), humilhado várias vezes pelo prepotente bispo – que o chamava de “débil mental”, na verdade, era o homem mais santo dos personagens desta peça. Tanto é que foi o único que se dispôs a querer confessar os personagens antes deles morrerem, mas como Severino queria mata-los o mais rápido possível, o frade deu-lhes a absolvição geral, sob risco de morte dos confessados (cf. SUASSUNA, 2014, p. 97).

O frade não morre e é poupado por Severino. De acordo com a acusação de Encourado para cima do bispo, o Encourado, que é o próprio Satanás, afirma o seguinte:
“ENCOURADO: Arrogância e falta de humildade no desempenho de suas funções: esse bispo, falando com um pequeno, tinha um orgulho só comparável à subserviência que usava para tratar com os grandes. Isto sem se falar no fato de que vivia com um santo homem, tratando-o sempre com o maior desprezo.
BISPO: Como um santo homem, eu?
ENCOURADO: Sim, o frade.
BISPO: Só aquele imbecil mesmo pode ser chamado de santo homem!
ENCOURADO: O processo de santificação dele está encaminhando por aí. Ele acaba de pedir para ser missionário e vai ser martirizado. Pra mim isso não passa de uma tolice, mas aí para Manuel você está se desgraçando.
BISPO: Mas é possível que aquele frade...
MANUEL [Nosso Senhor Jesus Cristo]: É perfeitamente possível” (SUASSUNA, 2014, p. 131s).


Vejamos que este frade foi escolhido pelo bispo anterior, que de acordo com João Grilo, o anterior era um bispo santo (cf. SUASSUNA, 2014, p. 55s).

Logo, afirmar que Ariano estava sendo anticlerical, é um erro danado. Além do mais, a obra é cheia de princípios doutrinários cristãos católicos. Tais princípios correspondem verdadeiramente a defesa de Ariano, “Eu sou católico de verdade. E em RESPEITO aos padres e bispos bons, eu critico aqueles que são maus”. Com isso, o nobre autor nos brinda com o exemplo de santidade e de amor ao próximo no personagem do frade, que na hora que todos eram para morrer, se dispôs a absolver os pecados deles, para que eles sejam salvos pela graça do Altíssimo.


Esta obra pode muito bem ser usada PRUDENTEMENTE por catequista, a fim de ensinar sobre as realidades eternas e sobre a escatologia. Tal como bem ensina o Cardeal Angelo Amato, é FUNDAMENTAL que hoje se ensine sobre o fim último das coisas, sobre a morte e sobre a vida eterna (cf. AMATO, Angelo. O que é o paraíso? Tradução de: Mário José dos Santos. Lisboa, Portugal: Paulus, 2014. p. 57). Porque a morte, como bem diz Chicó, “Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre!” (SUASSUNA, 2014, p. 45). O conhecimento da morte e da vida eterna faz com que vivamos a vida bem, e evitemos a todo o custo o mal, assim como o conhecimento da vida eterna nos dá a esperança, a esperança da ressurreição, pois o Cristo Ressuscitado é a nossa esperança e a nossa garantia de que a morte não é o fim. E a obra de Suassuna pode ser uma obra bem catequética para nos ensinar de que a morte não é onde tudo acaba, mas é o começo, o começo de uma nova vida e uma nova qualidade de existência que está por vir.

Recomendo a todos a leitura desta preciosa obra de nossa literatura brasileira!
Ale 24/10/2022minha estante
Excelente resenha! Adicionei a obra na minha lista de desejos.




Jéssica Duarte 27/10/2022

Só quem morre completamente é pobre!
A peça retrata o povo nordestino e a opressão que lhes são impostas pelos coronéis, pela igreja, pelos donos de terras e pelos cangaceiros, mas apesar disso, uma peça trabalhada com leveza e bom humor do povo. João Grilo, apesar de uma pessoa humilde e pobre, encontra saída para tudo com a sua esperteza, isso me fez pensar como a obra segue sendo tão atual, apesar da inteligência e astúcia do personagem ele não consegue subir na vida (nem com suas trapaças e nem quando tenta ser honesto). Pretendo ver o filme e ler a obra novamente. Além disso, o livro apresenta ao público aquela percepção brasileira (manipulativa de massas) de o pobre que é mais feliz que o rico apesar de não ter nada.

"Eu às vezes chego a pensar que só quem morre completamente é pobre, porque com os ricos a confusão continua por tanto tempo depois da morte que chega a parecer que ou eles não morrem direito, ou a morte deles é outra". - Chicó.
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Maria Freitas 09/03/2022

Esse livro é muito rápido de ler, no começo pra mim foi meio confuso, mas após ler mais foi super tranquilo e muito rápido.
Ler um livro de diferentes regiões e costumes é muito legal pois vemos como os nossos costumes e modo de falar são diferentes.
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Elyene 18/10/2020

Só sei que foi assim
Mais um audiolivro maravilhoso! Depois da obra prima que foi o audiobook de "Meu Pé de Laranja Lima", encontro este que veio para arrancar gargalhadas e suspiros com sua beleza! Consigo perceber também como foi maravilhosa a representação do julgamento no filme, que até hoje se eu assistir, choro. E ainda tem como extra uma análise sobre a obra e sobre a origem das ideias do autor, vindas de fontes populares. Adorei, uma experiência rápida, mas de uma qualidade ímpar!
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Carine 13/03/2022

Peça incrível
Uma peça simples, bem caricata e ao mesmo tempo envolvente.
Primeira vez lendo essa grande obra do nosso Brasil (só tinha assistido a série/filme) e amei a experiência.
Um livro curto, em formato de peça mesmo, que mexe com o leitor.
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Thauany 02/09/2021

Lá vem a compadecida
O texto teatralizado de Suassuna é tão culturalmente bem feito que não tem como não se apaixonar por esta história.
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joão 02/04/2022

eu acho que o que torna um livro tão marcante na vida de uma pessoa, é o contexto na qual ele foi lido. auto da compadecida foi um desses livros. o meu professor de literatura fez uma LC em sala de aula, e depois de lido, encenamos essa peça, tendo longas horas de ensaios, confecção dos figurinos e muitas risadas. transpor o que Suassuna escreveu para a vida real, juntamente com pessoas que eu amo, foi sem dúvidas um marco enorme na minha vida.
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Welber 14/11/2022

Perfeito.
O melhor filme brasileiro agora vai se tornar um dos meus melhores livros que já li, li o livro imaginado cada fala, cada cena e cada expressão. É de aplaudir de pé o Ariano por essa obra maravilhosa ????????
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Wilza.Mary 28/09/2021

Para rachar de rir
João de grilo e seu fiel escudeiro Chicó. Dois trapaceiros que tentam ganhar alguns trocados enganando as pessoas numa pequena cidade do sertão da Paraíba.
Cheio de regionalismo e religiosidade, o Auto da compadecida equilibra tradição popular e elaboração literária numa história encantadora.
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Karol 21/03/2021

Uma história que eu já conhecia, pois sou grande fã do filme e da série. Aproveitei que estava ajudando meu aluno a ler esse livro para a escola e resolvi ler também. Uma história muito original e com personagens com características marcantes: o esperto João Grilo, Chicó com medo de tudo, o pessoal da igreja mudando de opinião por interesse no dinheiro, o cangaceiro que mata todo mundo... É um livro curto, mas que possui uma história que só poderia ter sido pensada por um gênio.
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