Resenhas - Auto Da Compadecida

rebeccavs 04/02/2020

Uma Prosa do Malandro Atual
Ariano Suassuna, maravilhoso escritor paraibano, mostra nessa incrível obra a vida de uma população pobre, movida pelo dinheiro - e pelo humor, através das mentiras e enganações de João Grilo -, graças às dificuldades financeiras dos protagonistas.

Em razão disso, "O auto da Compadecida" cumpre sua função como Prosa do Malandro - tendo como o único romance de sua época o romance "Memórias de um sargento de milícias", de Manuel Antônio de Almeida, mostrando a vida de Leonardo Pataca - por relatar as sagacidades de João Grilo e Chicó buscando emergir na sociedade, entretanto suas tentativas são falhas.

Em fim, "O auto da Compadecida" é um de meus livros favoritos e recomendo muito, em virtude não apenas do amor, mas também dos recursos históricos e sociais contextualizados na obra.

Colecionando Planetas 14/07/2022

"Não benzo de jeito nenhum!"
Um dos dois filmes brasileiros que sei decorado!

Sempre admirei Suassuna, sempre amei literatura de cordel, sempre fui fã do filme, pois bem, faltava o contato com o livro e posso dizer que foi incrível! Acabei ouvindo em uma tarde com o audiobook do Skeelo e valeu muito a pena, engraçado que no filme tem um enredo extra que não tem nesse livro.

Em compensação, o livro é bem mais rico em detalhes, nomes e coisas assim (até alguns personagens novos), muito legal ver o tipo de escrita para o teatro e realmente me deixou feliz, eu ia ouvindo e repetindo as falas junto kkkk

Gutenberg Carlos 03/08/2020

Sensacional
Demorei a ler o livro, mas adoro o filme.
Uma obra excelente do mestre Ariano Suassuna.

Uma peça em três atos. Com leitura rápida e fluida.

Impossível não rir em algumas partes.

Em comparação com um filme senti falta de duas ou três partes, mas segue igualmente fantástico. Vale muito a leitura.

Jojo 18/04/2023

Incrível como todos os personagens tem suas personalidades bem definidas. Ao longo da narrativa percebemos as críticas muito bem abordadas em meio aos momentos engraçados.

Marqueen 28/01/2023

Uma obra nostálgica.
Minha experiência com este livro foi muito positiva, foi uma sensação muito gostosa, já que ao decorrer das páginas, me vinha na mente as cenas do filme. Foi uma ótima leitura, super leve, sem contar com a escrita sendo super tranquila de ler sem ficar enjoativo; um livro que eu super recomendo, tanto pelas mensagens e significado a qual ele possui.

Rubya 30/08/2021

Esse livro é sensacional! Uma leitura que flui completamente e nos faz dar altas risadas. Além de nos fazer refletir sobre muitas questões envolvendo religião, classes, ganância de alguns, esperteza de João Grilo para sobreviver na seca do sertão.

Ari Phanie 04/01/2023

"Não sei, só sei que foi assim."


Eu me lembro de quando vi o filme Auto da Compadecida e ter achado DEMAIS! Era uma fábula memorável. E sobre o meu Nordeste, onde eu conseguia reconhecer os símbolos do meu povo e os elementos da nossa cultura. Mas levei um tempo até descobrir que a peça tinha sido transformada em livro. E levei mais algum tempo até perder o receio de ler a obra. Tive medo de que a edição não fizesse jus à história e de que perdesse a essência que é apresentada em filme/peça. Não era preciso me preocupar com isso, descobri assim que comecei a ler.

O texto apresentado é em formato de roteiro, é simples de acompanhar e logo a familiaridade com os personagens e as situações que eles criam nos envolve e diverte. João Grilo e Chicó são os protagonistas, e são a alma da história. Não há como não simpatizar com eles, mesmo que sejam astuciosos e aprontem bastante com as mentiras que contam. A gente rir do começo ao fim com as presepadas que os dois criam. Mas não é só de comédia que o livro trata. Na realidade, o Suassuna usou a veia cômica para falar da simonia, da soberba, da avareza e do racismo que podem corromper até mesmo aqueles homens mais santos. E ele fez isso com a mestria dos grandes contadores de história nordestina.

É impossível ler e não enxergar e amar a criatividade e genialidade do grande Suassuna. Sem dúvidas, é um grande clássico brasileiro. Ainda que eu ame mais a adaptação para o cinema, o livro simplesmente precisa ser lido. Foi a melhor leitura que eu poderia escolher para começar o ano. Recomendadíssimo.

rivanda.santos. 27/12/2020

"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável..."
Ariano Suassuna é diversão garantida. Comprei esse livro para presentear um amigo estrangeiro e acabei comprando uma edição para mim também porque eu conhecia a história apenas pelo filme. Mas nada como se deliciar com as aventuras de João Grilo e Chicó também no papel, nessa linguagem rápida, direta e engraçada de Ariano. E para completar, a edição é super caprichada, com layout de cordel.

ferbrito__ 29/07/2023

Um livro maravilhoso demais, me acabei de rir. Eu adorava o filme mas nunca tinha lido o livro e amei muito, tanto quanto amo o filme

reginae 03/09/2022

Auto da Compadecida
Mesmo não tendo a parte da narração dos sentimentos e ações explícitas dos personagens, esse é um livro ótimo de ler.

João Grilo rouba toda a atenção para ele durante as cenas de forma cômica e inteligente. Sempre arrumando uma desculpa para se livrar de encrencas, a forma como o cérebro dele reage para criar histórias mirabolantes é incrível.

Após essa leitura, eu realmente queria ver a peça de Auto da Compadecida e ver o filme também.

Luiza.Carmo 31/01/2022

Livro mt divertido e gostoso de ler, vc fica envolvida com as trapalhadas de João Grilo e Chicó, querendo saber como vão escapar da próxima.

Lelê 24/02/2023

Li para literatura da escola, e confesso que provavelmente não seria um livro que eu começaria a ler livremente. Mas gostei bastante!! Uma leitura super rápida, fácil, fluída e engraçada.

eusouwalrus 14/08/2021

o auto da compadecida
o livro é sensacional, a minha versão é em forma de teatro, grande parte dele é só com fala (leitor só curte mesmo os diálogos) o que fez do livro perfeito. tem umas narrações do palhaço mas é tudo muito bem construído. gostei demais, dei umas risadas, quem diria, hein?

marih_ 26/07/2023

Um clássico nada tradicional!
Acompanhei pelo Audio Book por conta da leitura coletiva do GF. Eu já gostava muito do filme e adorei o livro. Um tom leve, divertido, reflexivo, é um grande clássico sem ser chato.

Paulo Silas 18/09/2020

Uma obra maravilhosa que faz jus ao acolhimento e sucesso que teve, com repercussão nacional e internacional. Primor da literatura brasileira, a peça de Ariano Suassuna faz contracenar algo que supera os personagens que a compõem. Para além daqueles tantos nomes característicos, mundanos e de um mundo outro, questões que dizem respeito ao agir humano, aos sentimentos que permeiam homens e mulheres, às vicissitudes tantas e diversas e até às grandes questões da humanidade, como é o caso do senso ou noção de justiça, aparecem de modo próprio ou característico como presentes nas falas entre as cenas e em todo o desenrolar da história. É um teatro que cativa o leitor/espectador do início ao fim, divertindo e ensinando no melhor estilo de Suassuna.

"Auto da Compadecida" traz uma empolgante história que gira em torno de João Grilo e Chicó. A dupla de amigos possui um traço em comum que ao mesmo tempos os difere ao considerar as razões dessa característica: são contadores de histórias. É justamente por conta disso que todos os desdobramentos da peça ocorrem, tendo início com a dupla visitando o padre para pedir que o cachorro da mulher do padeiro fosse benzido, pois estava muito doente e prestes a morrer. Como o pedido é considerado absurdo, João Grilo passa a se utilizar de várias artimanhas com invencionices para convencer os outros a fazer aquilo que entende ser necessário. A partir de então, os eventos que disso decorrem são vários, reunindo os personagens da peça numa série de situações peculiares que culminam na morte da maioria. A coisa, porém, não para por aí, pois a história prossegue num outro plano - onde todos serão julgados por suas ações na terra, cujas sentenças possíveis são o céu, o inferno ou o purgatório.

Como muito bem arremata Henrique Oscar no prefácio dessa edição da obra, "o leitor concluirá que é um programa da humanidade, com suas misérias, suas fraquezas, mas também suas razões de consolo e esperança, que "Auto da Compadecida" evoca". É aí que reside o mérito da obra e de seu autor. Inobstante todo o divertimento que a peça toda proporciona, o elemento dos julgamentos na última parte do livro pode ser apontado como o âmago de todo o brilhantismo da história. Com O Encourado (o Diabo) fazendo a acusação, Manuel (Nosso Senhor Jesus Cristo) como juiz e A Compadecida (Nossa Senhora) como defensora, o palco do julgamento questiona e faz refletir diversos pontos do agir humano. Uma obra digna que merece ser lida, relida e interpretada tantas e tantas vezes.