thaila.sp 21/01/2024
Cômico, de fato
Li esse livro por recomendação do menino Pedro - vulgo, pessoa apaixonada pelo teatro e que anseia por uma encenação dessa peça em nossa oficina de teatro do colégio. E eu devo concordar que "Auto da Compadecida", se encaixa no nosso "perfil" hehehe! É cômica, brinca com elementos da religião (sem ser ofensiva), e tem personagens muito distintos entre si (uma bandeja cheia para os atores).
Agora, sobre a história em si (lembrei que é uma resenha), eu tinha uma vaga noção do João Grilo e do Chicó, por ter lembranças do filme de grande sucesso, baseado no auto. Mas isso não me impediu de achar a maior graça das situações descritas no livro; em outras palavras, rachei o bico enquanto lia, várias vezes. Adorei os elementos culturais do nordeste que foram aplicados no livro - pois, além de enriquecerem a leitura, eu pude conhecer um pouco mais sobre a cultura desse povo arretado. Em particular, a cena do julgamento me tomou de surpresa! Primeiro pela forma com que as personagens foram retratadas (de um jeito bem humano), e como a situação toda foi muito satirizada (principalmente para o lado do encourado).
Achei a leitura bem fluída e super rápida; em cada dia eu lia um arco, em menos de uma hora. Então super recomendo para quem deseja ler algo leve, mas que vai arrancar risadas sinceras. Aliás, recomendo também para quem trabalha (ou, de alguma forma, tem contato) com o teatro. Isso porque, o livro todo traz instruções sobre como se dirigiria a peça, o que pode servir de inspiração para a organização de outras peças.