Rafa 04/02/2015
Política Societária
O livro é estruturado em um diálogo destes dois filósofos contemporâneos, sobre temas cotidianos relacionados à importância da política no dia a dia das pessoas, sendo todos nós responsáveis pela péssima política que vivemos, nos passando a ideia de que o Estado e nem os governantes deste, fazem política sem sua nação, nós é quem compomos a política e quem a definimos de acordo com a nossa ação ou omissão. Os filósofos dialogam e repercutem, que na Grécia antiga, a inserção na política era o ápice da vida de um ser humano, e hoje quando se fala que é político, é motivo de vergonha. Os autores dialogam relatando que em Atenas se eram feitas inúmeras assembleias por ano, com as pessoas sentindo prazer em participar dos discursos. Questionam também, se naquela época a política não era também ligada a religião, se eles louvaram a algum "Deus" com afinco, para serem bastante participativos, como é hoje com as pessoas indo à missa terça e quinta.
Uma frase que Cortella utiliza e que eu particularmente me identifiquei muito é " Os ausentes nunca tem razão", um dos fatos citados pelo autor, é quando se ausenta em uma reunião de condôminos, e depois quer dar "pitaco" em algum problema resolvido na assembleia. Consigo fazer uma relação com a votações nas urnas de 2014, onde os números votos nulos e brancos foram assustadores. Entendo que exercer política também é se abster, mas a maioria das pessoas mal sabe o preço que se foi pago e quantas pessoas morreram para se pleitear o direito ao voto, e o pior depois querem reclamar da política, mas como Cortella diz "Os ausentes nunca tem razão"
Uma parte que gostei bastante também é quando se é retratado a diferença do cidadão americano e do brasileiro , o que ao meu ver é bastante procedente. O brasileiro quando confrontado com alguém ele pergunta "Você sabe com quem está falando?" o brasileiro se sente beneficiário do Estado, já o americano perguntaria "Who do you think you are"(quem você pensa que é), o americano se vê como cidadão americano, " eu pago imposto".