O Continente

O Continente Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Continente - Vol. 1


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bovinoreads 06/07/2023

Incrível
Maravilhoso, uma das melhores coisas que já li, se não a melhor. Extremamente bem escrito, com uma quantidade imensa de personagens, cada um com uma história única que se conecta. Muito legal ir e voltar na árvore genealógica pra compreenderão livro é também revisar as datas no final do livro. Espetacular, de uma sensibilidade de coisa que a gente nem acredita.
Indo pra parte 2.
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Luiz 28/06/2023

Estonteante
O'que dizer? O silêncio é a resposta, incrível!
A saga familiar dos Terra-Cambará, as peripécias de personagens muito bem construídos, a inigualável Ana Terra, o astuto Capitão Rodrigo, a forte Bibiana, tudo, sem palavras, deveras lento em algumas partes, mas em suma, delicioso!
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Crixtina 26/06/2023

Primeiro livro lido
Sem palavras para descrever esta saga !!! Apaixonada pelos personagens! Louca para começar o próximo livro e saber o resto da história
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profa_ana_paula 06/06/2023

Noite de vento, noite dos mortos.
Primeiro livro da saga O tempo e o vento. Situa os primeiros tempos do Continente de São Pedro, apresenta a história de Ana Terra e Pedro Missioneiro e sua descendência.
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Rob Guimarães 04/06/2023

Uma obra de puro fascínio!
A obra mistura ficção e realidade, romance e épico, drama e humor, em uma narrativa envolvente e emocionante.
O autor demonstra um grande domínio da linguagem e da técnica literária, criando personagens memoráveis e cenários vívidos. Ele também mostra uma profunda pesquisa histórica e cultural, retratando com fidelidade e sensibilidade os costumes, as tradições e os conflitos da região sul (minha região) do Brasil. O livro é um testemunho da riqueza e da diversidade da literatura brasileira.
O Continente é um clássico da literatura nacional, que merece ser lido e apreciado por todos os que se interessam pela história e pela cultura do Brasil e dos estados do Sul. É uma obra que transcende o tempo e o espaço, e que revela a alma de um povo. Recomendo!
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Ana Bellot 01/06/2023

Noite de vento, noite de Érico Veríssimo
A primeira obra da série "O Tempo e o Vento" é espetacular. Sem dúvidas um dos melhores romances nacionais de todos os tempos. Extremamente atual, de leitura fácil e muito instigante. Ana Terra, Rodrigo Cambará, Bibiana, Pedro Missioneiro... todos ganham vida nas páginas desse livro.
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Mr. Jonas 22/05/2023

Um romance para todos os tempos
O Continente foi publicado em 1949, abrindo a trilogia que Erico Verissimo denominou O tempo e o vento. Quando lançou o romance, talvez o escritor não soubesse que seriam necessárias três obras diferentes para dar conta do tema que escolhera, mas, quando termina o primeiro deles, já anuncia sua continuação, O retrato, editado em 1951. Apesar de pertencer ao conjunto completado apenas em 1962, quando aparece o terceiro volume de O arquipélago, O Continente têm unidade própria e pode ser lido como livro independente.
A obra divide-se em sete segmentos, sendo que um deles, ?O Sobrado?, emoldura todos os outros. É também o trecho que se apresenta fragmentado, porque a ação narrada não se oferece toda de uma vez, e sim aos pedaços, à medida que o leitor vai avançando no conhecimento da história da família Cambará. ?O Sobrado? corresponde à parte final dessa história, mas tomamos contato com ela em primeiro lugar, a sequência sendo interrompida para o narrador dar ciência do que se passou antes, desde os tempos mais remotos até a atualidade, representada pelo cerco da casa de Licurgo, assunto da moldura em questão.
Os demais segmentos têm teor retrospectivo: ?A fonte? narra a infância de Pedro, o menino que vive numa das missões jesuíticas e assiste à derrota de seu povo; ?Ana Terra? centra-se na vida dessa personagem, desde o encontro com Pedro, agora adulto, até a fundação de Santa Fé, cidade onde ela se radica; ?Um certo capitão Rodrigo? introduz a figura do soldado aventureiro que, com Bibiana, dá início ao clã Terra Cambará; ?A teiniaguá? é protagonizada por Bolívar, filho de Rodrigo e Bibiana, dividido entre o amor por Luzia, que o fascina e deseja sair de Santa Fé, e a obediência à mãe, que quer retê-lo junto às propriedades recentemente conquistadas; ?A guerra? dá conta da juventude de Licurgo, cuja educação é disputada entre a mãe, agora doente, e a avó, dominadora e autoritária; ?Ismália Caré? consagra Licurgo como chefe de família e político emergente, tomando parte nos movimentos abolicionista e republicano. O retrospecto desemboca na situação retratada em ?O Sobrado?, residência dos Cambará, acossada por ocasião da Revolução Federalista, que confronta liberais e republicanos, e confirma a liderança política de Licurgo.
O Continente funde a história de uma família e a história de uma região, o Rio Grande do Sul.
As ações mais antigas passam-se em 1745, quando os Sete Povos das Missões estão sendo ameaçados pela execução do Tratado de Madri, acordo assinado entre Portugal e Espanha que entrega à Coroa castelhana a região colonizada pelos jesuítas. Estes, liderando os guaranis, a quem tinham catequizado e civilizado, recusam-se a cumprir o acordo, de que resulta a guerra.
Em meio a esses eventos, nasce Pedro, que testemunha, ainda criança, a destruição e genocídio de seu povo. As ações mais recentes desenrolam-se em 1895, quando o Rio Grande reparte-se entre os adeptos de Júlio de Castilhos e os de Gaspar Silveira Martins, ocasionando a Revolução Federalista, vencida pelos primeiros.
Entre uma guerra e outra, faz-se a história do Sul; no mesmo período de tempo, Pedro conhece Ana Terra, tem com ela um filho, cuja filha, Bibiana, desposa Rodrigo Cambará. A família Cambará se constitui, cresce, gera descendência e acaba conquistando o poder político e econômico da região. Combinam-se, ao final, as duas trajetórias, sendo ?O Sobrado? o ponto de chegada, conforme uma exposição que se oferece aos poucos, porque entrecortada pelas tramas intermediárias que revelam o percurso histórico.
O cotejo entre presente e passado não resume a construção integral de O Continente.
Entremeando a passagem dos episódios parciais que compõem ?O Sobrado? e cada uma das tramas que relatam períodos da história dos Cambará, Erico Verissimo introduziu trechos narrativos em que o narrador se afasta de suas personagens e conta os eventos históricos. Esses trechos distinguem-se dos demais não apenas por sua forma narrativa, mas também pela aparência gráfica, pois estão impressos em itálico. Sua função é variada: resumem os principais acontecimentos ocorridos entre um segmento e outro; oportunizam a emergência de uma personagem coletiva, que reage, às vezes lírica, às vezes dramaticamente, aos fatos mais importantes, não calando perante os efeitos devastadores das inúmeras guerras e conflitos armados por que passou a Província e que vitimaram sua população; e narram a trajetória de uma outra família, a dos Carés, que responde pelo ângulo popular da formação social do Rio Grande do Sul e que, assim como detém papel periférico na luta pelo poder, ocupa um lugar até certo ponto marginal na estrutura do romance.
O Continente constrói-se a partir da costura de todas essas linhas, segundo um desenho altamente elaborado. Sua estrutura refinada não impede, contudo, a compreensão dos fatos narrados, porque o escritor nunca perde o controle sobre a composição do romance. Graças à maestria com que o elabora, possibilita maneiras diversificadas de entendê-lo, multiplicando as possibilidades de dialogar com ele e apreciá-lo.
Uma primeira maneira diz respeito à abordagem da história do Rio Grande do Sul. Guerras abrem e fecham a obra, narrando as façanhas da conquista do Sul, bem como o processo de ocupação do território e de instalação de uma sociedade civil. As guerras supõem heróis, indivíduos capazes de se sobrepor aos demais e de lutar por causas coletivas. O primeiro deles é Sepé Tiaraju, admirado pelo pequeno Pedro; o último é Licurgo, que resiste à investida dos federalistas e impõe a nova ordem republicana em Santa Fé, cidade onde é prefeito. Entre esses dois pontos, aparecem outras figuras de grande nobreza, como o capitão Rodrigo Cambará, militar audacioso e campeão da causa dos mais fracos.
O Continente, porém, não é obra belicista. Pelo contrário, sublinha o que essas lutas tiveram de sacrifício, de que é sintomática a vida breve de quase todas as figuras masculinas, tais como Sepé Tiaraju, Pedro Missioneiro, Rodrigo e Bolívar Cambará. O teor pacifista da obra manifesta-se a cada passo, seja por mostrar, em ?A fonte?, o genocídio dos guaranis, seja por apresentar conflitos como a Revolução Farroupilha, a guerra contra o Paraguai ou a Revolução Federalista sob o prisma das mulheres, que perderam maridos e filhos, e viram abortar sua felicidade familiar.
Entendendo a história como uma sequência de lutas, Erico Verissimo deseja a paz, mas compreende seu preço. Por isso, o livro conclui com a vitória de Licurgo sobre os adversários, mas o sucesso custa caro, por trazer consigo as perdas contabilizadas nas últimas páginas do romance.
Uma segunda maneira de entender O Continente diz respeito à formação da classe dominante no Rio Grande do Sul. Erico Verissimo atribui-lhe uma origem entre os primeiros habitantes da região, os índios guaranis dos quais descende Pedro, o antepassado mítico capaz de visões premonitórias e que diz conversar com Nossa Senhora; atribui-lhe igualmente um começo histórico, situado em experiência anterior à ocupação portuguesa: os Sete Povos das Missões, pela qual nutre simpatia, dado o caráter cultural e civilizatório dos objetivos catequéticos dos jesuítas.
E fixa para ela um percurso, vinculado primeiramente a atividades nômades e guerreiras, de que são exemplo as ações de Rodrigo Cambará, depois associadas à apropriação da terra, como mostra a história de Bolívar, culminando na tomada do governo, representada pelo trajeto de Licurgo.
Em O Continente, acompanha-se, assim, a ascensão de uma camada social que se formou durante o período colonial, definiu suas atividades econômicas principais durante o período monárquico, mas chegou ao poder somente com a substituição do regime político, que quis republicano. Nas partes iniciais do livro, os seres humanos que constituirão a camada social retratada pertencem aos grupos dominados; mas triunfam no final, ao derrotarem seus opositores e firmarem-se no comando do Estado.
Tal como ocorrera em relação à representação da guerra, Erico Verissimo não se rejubila com essa conquista. Pelo contrário, à medida que os Terra Cambará avançam politicamente, regridem afetivamente. O capitão Rodrigo é o romântico conquistador, que seduz não apenas a jovem Bibiana, mas também o leitor que acompanha suas aventuras; Licurgo, seu neto, é o realista que não comove nem se perturba, caracterizando-se pela frieza das emoções, a mesma que recebe de seu público. Habilmente, Erico Verissimo não criminaliza a personagem, porque seus heróis são conquistadores; mas congela a simpatia, evitando que o leitor se identifique com Licurgo e abrace seus ideais.
As duas histórias que embasam a trama de O Continente são lideradas por homens que lutam nas guerras e combatem o poder até se tornarem parte dele. Suas ações, contudo, não detêm o comando sobre o enredo do livro, dominado pelas mulheres, destacando-se três delas: Ana Terra, Bibiana Cambará e Luzia Silva. Por trás dessas senhoras estão várias outras, enlutadas por efeito das guerras que devastam a região e devoram seus homens, sendo que as vozes delas se manifestam principalmente nos trechos intermediários.
Já se afirmou várias vezes que, em O Continente, a perspectiva dominante é a das mulheres.
Todos os que fizeram essa observação estão provavelmente corretos: não se trata apenas de fortalecer a voz feminina, mas de narrar um romance de conquistas e instalação de uma sociedade machista do ângulo dos perdedores, as mulheres que veem seus filhos e maridos partirem para a luta que os consumirá; que se dobram aos desígnios dos mais fortes; que, apesar de fracas, resistem e garantem a subsistência e o futuro de seus descendentes. Ana e Bibiana simbolizam a persistência feminina, razão por que se convertem não apenas em ícones da história narrada, mas também em alegoria da visão de mundo adotada por Erico Verissimo.
Pacifista e desiludido diante da trajetória dos grupos dominantes que fizeram a história do Rio Grande do Sul e do Brasil, o escritor confere às mulheres a função de representar seu posicionamento. Por ter sido capaz de traduzir a perspectiva da alteridade, que toma forma feminina, Erico criou um romance que ultrapassa o contexto histórico que retrata, mantendo-se permanentemente vivo na imaginação de quem o lê.
PREFÁCIO:
Regina Zilberman
Doutora em Letras pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Iza 16/05/2023

Foi uma looonga jornada pra terminar esse livro mas ao terminar fica aquela sensação de conhecer tão bem os personagens, o lugar, a história... A escrita é sensacional! O modo como o autor passa os sentimentos e pensamentos das pessoas cria uma aproximação no leitor. Uma das coisas mais legais é a maneira tão clara como conhecemos a história da formação do Rio Grande do Sul, como se fosse uma aula de história bem interessante. Posso dizer que essa é uma das obras que reafirma o gênero de ficção histórica como meu favorito!
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dudis 09/05/2023

Noite dos ventos.. noite dos mortos
Leitura muito tensa e pesada!! Mas é maravilhoso entender a guerra do meu povo chamado Viamão. O final fiquei um pouco sem entender quem é fandango e aquela mulher que glorifica o bento.
Ana Terra eu te amo mulher!!
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Bi 01/05/2023

Muito bom, vou ler os próximos. Érico meu autor brasileiro favorito.Bastante personagens, mas leitura fácil
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Vini 29/04/2023

O Continente Vol 1
Por que nunca li Erico Verissimo antes?? Comecei a me perguntar isso já em meio à leitura desse capítulo marcante de ?O Tempo e o Vento?, principal obra desse autor tão renomado. As histórias presentes nesse livro fizeram parte da minha educação literária, de forma que foi uma agradável surpresa retornar à essa ambientação.
Adorei acompanhar as histórias de personagens tão marcantes como Ana Terra, Capitão Rodrigo e Bibiana. Ansioso por acompanhar a história completa dos Terra Cambará por todos os tomos dessa deliciosa trajetória.
Livro favorito da vida, com certeza!
Cadmo 29/04/2023minha estante
Maravilhoso demais e como ja comentei contigo tbm um favorito da vida????




Gio 24/04/2023

Emocionante
A escrita de Erico Veríssimo é avassaladora, te prende do início ao fim. Que maneira incrível de conhecer a história de uma região do Brasil, com sua colonização, povoamento, revoltas e guerras!
Quanta riqueza, tristeza, beleza em 400 páginas de história!
Ana Terra é talvez uma das maiores personagens femininas da literatura brasileira. Uma mulher que sofreu o pior da vida, mas que lutou pra sobreviver e criar o filho. A história da Ana foi a que mais me emocionou.
Gostei muito também de como o livro intercala entre passado e "presente", você fica ansioso pra saber o que vai acontecer com as pessoas do Sobrado ao mesmo tempo que quer entender o passado dessa família.
Ansiosa pra pegar o próximo volume.
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Anna Paixão 22/04/2023

Há algum tempo desejei fazer a leitura dessa saga brasileira. E o dia de iniciá-la finalmente chegou.
Eu esperava gostar da narrativa mas não imaginei que seria tanto! As personagens femininas são maravilhosas em suas trajetórias , Ana Terra e Bibiana ganharam meu coração.
A obra foi muito bem escrita, com riqueza de detalhes históricos, personagens bem construídos e nem de longe rasos. Estou ansiosa pela continuação.

?Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando?.
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Yandra.Ribeiro 21/04/2023

Amor ? Sofrimento
Todo mundo desse livro que se apaixona sofre, não é possível, se dá certo o cara morre ou acontece alguma coisa. A história da Ana Terra é muito triste de vdd, muito sofrida, quase chorei. Esse livro curou minha ressaca literária, por mais que eu tenha reclamado para ler.
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Andreia.Britez 21/04/2023

Emocionante do início ao fim
Quando criança lembro de ver pelas chamadas da TV a história de "Um certo Capitão Rodrigo" mas depois cresci e nunca havia pensado em ler a saga de Érico Veríssimo.

Para minha alegria, meu caminho cruzou com o da @falafernanda e, por sua curadoria, fui levada para esse universo fabuloso.

A primeira parte do Continente é absolutamente emocionante e não vejo a hora de continuar essa história.

Leitura obrigatória ??????????
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